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Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Transtorno Obsessivo-compulsivo, conhecido popularmente pela sigla TOC

É um distúrbio psiquiátrico de ansiedade descrito na quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, o DSM-V (no termo em inglês) e na décima edição da CID (Classificação Internacional de Doenças). Sua principal característica é a presença de crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e em alguns casos comportamentos compulsivos e repetitivos.

Analogicamente falando, uma pessoa com TOC é como um disco riscado, que repete sempre o mesmo ponto daquilo que está gravado. Pacientes com este transtorno sofrem com imagens e pensamentos que os invadem insistentemente e, muitas vezes, sem que consiga controlá-los ou bloqueá-los.
Para essas pessoas, a única forma de controlar esses pensamentos e aliviar ansiedade que eles provocam é por meio de rituais repetitivos, que podem muitas vezes ocupar o dia inteiro e trazer consequências negativas na vida social, profissional e pessoal. Esse ritual é chamado de compulsão, um tipo de comportamento irracional e repetitivo que segue um padrão de regras e etapas extremamente rígido, geralmente pré-estabelecido pela própria pessoa.

É muito comum que pacientes com TOC acreditem que, se deixarem de cumprir o ritual, algo terrível poderá acontecer. Esse comportamento tende a agravar-se à medida em que a doença não é tratada ou diante de algum evento estressante ou traumático. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoces são muito importantes e essenciais para a recuperação.

Estudos epidemiológicos coordenados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1 a 2% da população mundial tenha TOC. No Brasil, são cerca de quatro milhões de pessoas sofrendo com este distúrbio psiquiátrico.

Tipos

Existem dois tipos de TOC: o transtorno obsessivo-compulsivo no qual predominam os pensamentos obsessivos, mas a pessoa sem necessariamente ter comportamentos compulsivos e o transtorno obsessivo-compulsivo, caracterizado pelas obsessões e rituais que se repetem com frequência, cuja ansiedade só pode ser aliviada e controlada por meio dos rituais, que são repetidos compulsivamente e que chegam a atrapalhar diretamente na vida de quem sofre com a doença e de pessoas próximas.

Causas

Os médicos ainda não são capazes de entender completamente o que está por trás do transtorno obsessivo-compulsivo, mas as principais teorias que cercam as causas da doença dizem respeito a três fatores: a biologia, a genética e o meio ambiente.

Alguns pesquisadores acreditam que o TOC pode ser resultado de alterações ocorridas no corpo ou no cérebro da pessoa. Outros estudos apontam o distúrbio para uma pré-disposição genética – muito embora os genes que estariam eventualmente envolvidos não tenham sido identificados até agora.

Fatores ambientais, como infecções, também parecem estar envolvidos. Pesquisas adicionais, no entanto, ainda precisam ser realizadas para corroborar essa hipótese.

O que já se sabe é que esta doença se manifesta por um conjunto de fatores sendo eles desde hereditários até o fatores relacionados ao estilo de vida, situações de estresse, estrutura familiar frágil.

Fatores de risco

Os principais fatores capazes de aumentar o risco de uma pessoa desenvolver o transtorno obsessivo-compulsiva incluem histórico familiar, como ter algum membro próximo da família com diagnóstico positivo de TOC ou outras doenças psiquiátricas, e acontecimentos traumáticos e estressantes que tenham ocorrido na vida da pessoa, como a morte de um ente querido ou um acidente grave.

TOC atinge a mulheres e homens na mesma proporção e, na maioria dos casos. A doença surge durante a infância ou nos primeiros anos da adolescência, mas também pode iniciar na vida adulta.

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