O que é Maconha

Maconha é o nome popular atribuído à planta alucinógena — e com função terapêutica — que compõe o gênero Cannabis. Entretanto, há três espécies diferentes de maconha, mas a que se popularizou pelos efeitos entorpecentes mais fortes foi a sativa.

Há algumas décadas, a maconha era de uso livre, mas foi proibida devido à comprovação científica dos males que causava ao organismo, quando utilizada com função recreativa. Na época, a Cannabis era produzida para uso medicamentoso, contudo, o seu cultivo passou a ser considerado ilegal, por causa da popularização do consumo para outros fins.

Sintomas da Dependência a Maconha

Os sintomas do vício em maconha podem variar de acordo com a frequência do uso e também do estado de saúde do dependente químico.

Sintomas psíquicos

De maneira geral, os sinais mais evidentes que sugerem a necessidade de buscar tratamento de dependência à maconha são:

  • apatia;
  • ansiedade;
  • mudanças no apetite;
  • rápida perda de peso;
  • tendência ao isolamento social;
  • variação no humor e irritabilidade;
  • fadiga, insônia e agitação noturna;
  • afastamento dos amigos e de familiares próximos;
  • crises de pânico e agressividade sem motivo aparente;
  • desinteresse pelas atividades acadêmicas ou profissionais.

Sintomas físicos

Neste tópico, vamos esclarecer como a maconha costuma agir no corpo. No entanto, esses são aspectos gerais, já que os efeitos podem ser adversos conforme os hábitos de consumo e o perfil do dependente químico. Vamos conferir?

Induz ao estado de amotivação

A amotivação é um dos efeitos crônicos resultantes da ação da maconha nas áreas cerebrais. Isso porque o consumo continuado da droga interfere bastante na capacidade de concentração e aprendizagem. Por conseguinte, a pessoa pode ser induzida a um estado de amotivação: letargia, desânimo e desinteresse por atividades antes consideradas importantes.

Por isso, esse quadro resulta de um efeito crônico do THC conhecido por síndrome amotivacional. Geralmente, nesse estágio já existe dependência da substância, comprometimento das funções mentais e graves prejuízos às funções fisiológicas. A amotivação é um sintoma que exige submissão ao tratamento de dependência à maconha.

Eleva os riscos de câncer de pulmão

Os efeitos fisiológicos da maconha são igualmente preocupantes. O uso contínuo dessa substância provoca danos aos órgãos mais importantes do corpo. Os pulmões são um deles, já que a fumaça tóxica inalada causa um efeito irritante sobre os alvéolos pulmonares e compromete a sua função.

Tal irritação frequente induz o desenvolvimento de alergias e bronquites. Assim como no cigarro comum, a fumaça de maconha apresenta um alto teor de alcatrão. Porém, como os cigarros de maconha são feitos artesanalmente, eles não têm filtro, o que favorece a ação de um agente potencialmente cancerígeno: o benzopireno.

Reduz a fertilidade masculina

Nos homens, o consumo de maconha diminui o número de espermatozoides e enfraquece a ação da testosterona, um importante hormônio que controla as características masculinas. O tom mais grave na voz, o desenvolvimento muscular, o surgimento de pelos, o desejo sexual e a fabricação de espermatozoides ocorrem devido à testosterona.

Um estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), em parceira com a Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, fez importantes revelações: as substâncias presentes na maconha diminuem de 50% a 60% o nível de testosterona circulante. Uma das consequências dessa alteração hormonal é a redução da fertilidade.

Existe relação entre maconha e esquizofrenia?

Atenção: requer um diagnóstico de médico psiquiatra

Sim. Há uma intrínseca relação entre esquizofrenia e o vício em maconha. A hipótese é que os esquizofrênicos sejam mais vulneráveis à dependência de THC, quando aplicada como tentativa de minimizar os efeitos negativos da doença. Também existem suspeitas de que a Cannabis contribua para intensificar a esquizofrenia, conforme pesquisas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

No primeiro caso, os indícios são de que as substâncias presentes na maconha estimulem sensações que os esquizofrênicos não conseguem dominar, o que justificaria a enorme dependência. Tais hipóteses podem auxiliar para a melhor compreensão dos efeitos da maconha nos distúrbios mentais.

Porém, os estudos para comprovação dessas possibilidades ainda não foram totalmente concluídos. Entretanto, se há o vício, o mais correto é encaminhar — urgentemente — o portador de esquizofrenia para tratamento de dependência à maconha, antes que o quadro evolua para situações de maior gravidade.

Diagnóstico

  • Exame de urina

Um exame de urina consegue detectar THC por vários dias ou semanas depois de ela ter sido usada, mesmo nos usuários casuais. Nos usuários regulares, o exame pode detectar a droga em um período ainda maior, enquanto a droga é lentamente liberada pela gordura corporal. O exame de urina é uma maneira eficaz de identificar o uso da maconha, mas um resultado positivo significa apenas que a pessoa usou maconha. O exame de urina não prova que o usuário está incapacitado no momento (intoxicado).

Tratamento da Dependência a Maconha

Atenção: requer um diagnóstico de médico psiquiatra

Para pessoas que querem parar de usar maconha, a psicoterapia, a modificação do comportamento e programas de tratamento contra droga podem ser úteis. Contudo, o êxito baseia-se principalmente na motivação em parar de usar e, para alguns usuários, na vontade de se desassociar de seu círculo social de usuários regulares.

Tratamento Médico e Terapias

Listamos as nossas metodologias terapêuticas mais eficazes para o controle dos impactos da maconha sobre o organismo. Veja quais são!

Terapia psicológica

O estado emocional do dependente de maconha exige atenção e cuidados especiais. Nesse sentido, o suporte psicológico oferecido pela instituição é essencial ao fortalecimento mental do paciente para a prevenção de recaídas. O tratamento de dependência à maconha requer a combinação de diversas intervenções, das quais o acompanhamento psicoterapêutico é primordial.

 

Medicamentos

Tratamento farmacológico

Uma das etapas mais relevantes do tratamento contra a dependência química é o controle das crises de abstinência. Isso torna crucial o uso de remédios específicos para auxiliar no processo de desintoxicação do organismo e na superação dos efeitos causados pela falta da droga.

Internação para Dependência a Maconha

Nos casos mais sérios, a internação hospitalar pode ser de grande valia, já que o paciente é acompanhado em tempo integral pela nossa equipe multidisciplinar. Além do mais, a internação traz importantes benefícios como o afastamento de outros consumidores de drogas e de locais que fornecem tais substâncias.

O Hospital Santa Mônica aposta em metodologias terapêuticas inovadoras e em propostas mais assertivas para a promoção da saúde mental e física. Os tratamentos utilizados seguem uma dinâmica diferenciada, na qual as equipes focam estratégias de terapias combinadas, com a finalidade de obter os melhores resultados.

Internação voluntária - com consentimento paciente

Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.

Internação compulsória - contra a vontade do paciente

§ Internação involuntária: de acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.

§ Internação compulsória: neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.

Sobre o Hospital Santa Mônica

O Hospital Santa Mônica zela pela saúde mental de crianças, a partir dos 8 anos, jovens e adultos, além de tratar dependência química. Em 2019, completa 50 anos que atua como referência de hospital psiquiátrico, auxiliando também pacientes com depressão, em todos os seus estágios. Possui dúvidas sobre esse conteúdo? Para saber mais, entre em contato conosco preenchendo nosso formulário de atendimento.