Visão geral da maconha
A maconha, uma das drogas mais consumidas globalmente, tem sido cada vez mais estudada por seus efeitos sobre a saúde mental e o potencial de vício. Embora muitos acreditem que a maconha seja menos prejudicial do que outras drogas, como o álcool ou a cocaína, ela ainda pode levar à dependência e causar impactos significativos na vida dos usuários.
Maconha é o nome popular atribuído à planta alucinógena – e com função terapêutica – que compõe o gênero Cannabis. Entretanto, há três espécies diferentes de maconha, mas a que se popularizou pelos efeitos entorpecentes mais fortes foi a sativa. Há algumas décadas, a maconha era de uso livre, mas foi proibida devido à comprovação científica dos males que causava ao organismo, quando utilizada com função recreativa. Na época, a Cannabis era produzida para uso medicamentoso, contudo, o seu cultivo passou a ser considerado ilegal, por causa da popularização do consumo para outros fins.
Devido às pressões sociais, a maconha pode ser uma das substâncias mais difíceis de abandonar. A crescente aceitação social da maconha contribui para isso da mesma forma que contribui para os alcoólatras não quererem parar. A maioria das pessoas com um vício não sente que tem um problema.
Sintomas da dependência de maconha
Os sintomas da dependência de maconha podem variar de leves a graves e podem incluir irritabilidade, ansiedade, depressão, mudanças de humor, insônia, perda de apetite, dificuldade de concentração, diminuição da motivação, problemas de memória e dificuldade em cumprir as responsabilidades diárias. Os usuários também podem experimentar sintomas físicos, como suores noturnos, tremores e dores de cabeça.
Tolerância aumentada
Além da necessidade de doses cada vez maiores para alcançar os mesmos efeitos desejados, a tolerância aumentada à maconha pode levar a um ciclo de consumo crescente que pode prejudicar a saúde física a longo prazo.
Sintomas de abstinência
Junto com os sintomas mencionados, os usuários dependentes de maconha também podem experimentar insônia, sudorese excessiva, tremores nas mãos, perda de peso e dores musculares como parte dos sintomas de abstinência.
Problemas respiratórios
Além das condições respiratórias mencionadas, o fumo de maconha pode aumentar o risco de doenças pulmonares crônicas e danificar os pulmões de forma semelhante ao tabagismo.
Mudanças de humor
As flutuações de humor podem ser graves, levando a explosões de raiva, frustração intensa ou episódios de tristeza profunda.
Diminuição da motivação
Os indivíduos podem se tornar desinteressados em suas metas pessoais ou profissionais, perdendo o impulso para buscar educação, emprego ou avançar em suas carreiras.
Ansiedade e paranoia
A ansiedade e a paranoia podem ser debilitantes, com os usuários sentindo-se constantemente nervosos, preocupados com pensamentos negativos ou temendo situações sociais.
Isolamento social
O isolamento pode se manifestar como evitar atividades sociais, retirar-se da família e dos amigos e preferir passar tempo sozinho em vez de interagir com os outros.
Problemas no trabalho ou na escola
Os usuários dependentes podem enfrentar dificuldades para manter empregos ou manter um bom desempenho acadêmico, devido à falta de concentração, esquecimento de tarefas e incapacidade de se concentrar por longos períodos.
Continuação do uso apesar das consequências negativas
Mesmo quando confrontados com problemas legais, financeiros ou de relacionamento, os dependentes podem continuar a usar maconha como uma forma de lidar com o estresse ou escapar da realidade, ignorando os danos que isso causa em suas vidas.
Diagnóstico da dependência a maconha
O diagnóstico da dependência de maconha geralmente envolve uma avaliação detalhada dos sintomas e do padrão de uso da droga por um profissional de saúde qualificado. Critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) são frequentemente usados para diagnosticar transtornos relacionados ao uso de substâncias, incluindo a dependência de maconha. Um exame de urina consegue detectar THC por vários dias ou semanas depois de ela ter sido usada, mesmo nos usuários casuais. Nos usuários regulares, o exame pode detectar a droga em um período ainda maior, enquanto a droga é lentamente liberada pela gordura corporal. O exame de urina é uma maneira eficaz de identificar o uso da maconha, mas um resultado positivo significa apenas que a pessoa usou maconha. O exame de urina não prova que o usuário está incapacitado no momento (intoxicado).
São utilizados questionários padronizados e testes psicológicos para avaliar a gravidade da dependência, como o teste AUDIT (para álcool), DAST (para drogas) e outros instrumentos específicos.
O diagnóstico é baseado nos critérios estabelecidos em manuais diagnósticos, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que incluem sintomas comportamentais, físicos e psicológicos associados à dependência química.
Podem ser realizados exames físicos e laboratoriais para avaliar o estado de saúde geral do paciente, identificar possíveis complicações físicas relacionadas ao uso de substâncias e descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas.
O profissional avalia como o uso de substâncias está afetando as diversas áreas da vida do paciente, como relacionamentos, trabalho, finanças e saúde mental.
É importante avaliar a disposição do paciente para buscar ajuda e fazer mudanças em seu comportamento relacionado ao uso de substâncias.
Tratamento da dependência de maconha
O tratamento da dependência de maconha pode incluir uma variedade de abordagens, dependendo das necessidades individuais do paciente. Isso pode incluir terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia motivacional, terapia de grupo, programas de prevenção de recaída e, em alguns casos, medicamentos para ajudar a gerenciar os sintomas de abstinência e outros problemas de saúde mental associados ao uso da droga.
A abordagem do tratamento para a Depressão e o Transtorno Depressivo Maior começa com a busca por ajuda de um psiquiatra, o profissional especializado em realizar o diagnóstico preciso dessas condições e em desenvolver um plano de tratamento personalizado para cada indivíduo.
Em muitos casos a internação psiquiátrica, voluntária ou involuntária, é necessária para resgatar e desintoxicar o indivíduo e assim ajudá-lo a alcançar a sua harmonia e restaurar sua autoestima rumo a uma vida autônoma e livre de vícios. Há situações que a perturbação mental coloca a pessoa com dependência química de tal forma alterada, que passa a representar uma ameaça a si própria ou para outras pessoas.
Grupo de apoio
Um fórum para terapia e troca de experiências entre pessoas com uma condição ou objetivo similar, como a depressão, ansiedade ou esquizofrenia.
Psicoeducação
Aprendizado sobre saúde mental que também serve para apoiar, valorizar e dar autonomia aos pacientes, de forma que possam conviver com a depressão.
Terapia familiar
Aconselhamento psicológico que permite que as famílias resolvam, juntas, seus problemas e aprendam a lidar com a situação difícil pela qual o paciente depressivo passa.
Terapia cognitiva comportamental
Analisa interpretações distorcidas da realidade que levam a falsas crenças, pensamentos distorcidos que levam-no paciente ao sofrimento psíquico.
Terapia de grupo
Tipo de psicoterapia na qual o terapeuta trabalha com clientes em grupo, em vez de sessões individuais. Pode ser uma boa alternativa para desabar sobre as dores de quem lida diariamente com a depressão.
Antidepressivos
Reduzem ou melhoram quaisquer sintomas ligados à tristeza profunda.
Ansiolíticos
Reduzem os efeitos da ansiedade e ajudam o paciente a lidar com preocupações excessivas devido ao diagnóstico depressivo.
Antipsicóticos
Ajudam a controlar tremores e a evitar psicoses.
Internação para dependência de maconha
A internação em um hospital ou clínica de reabilitação pode ser necessária para aqueles que lutam contra uma dependência severa de maconha e não conseguem parar de usar a droga por conta própria. Durante a internação, os pacientes podem receber tratamento intensivo, suporte 24 horas por dia e acesso a uma variedade de recursos para ajudá-los a superar a dependência e aprender habilidades de enfrentamento saudáveis para evitar a recaída.
Em resumo, a dependência de maconha é um problema sério que requer atenção e intervenção adequadas. Com o tratamento adequado e apoio, muitos indivíduos podem se recuperar e levar vidas saudáveis e livres do vício.
Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.
De acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.
Neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.
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