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Psicose

A psicose é um distúrbio mental grave que afeta a capacidade de uma pessoa de perceber a realidade de maneira precisa e coerente. É caracterizada por uma desconexão da realidade, o que pode levar a pensamentos, emoções e comportamentos desorganizados ou incoerentes. Conheça o tratamento e quando a internação psiquiátrica é necessária.

Psicose Sintomas e Tratamento

Visão geral da psicose

A psicose é uma condição que afeta a maneira como o cérebro processa as informações, levando a uma perda do contato com a realidade. Indivíduos que estão passando por psicose podem experimentar alucinações, delírios e uma relação prejudicada com a realidade. Essa condição é um sintoma de transtornos mentais graves e pode ser desencadeada por doenças mentais ou físicas, abuso de substâncias, estresse extremo ou trauma.

Alucinações são experiências sensoriais que ocorrem na ausência de um estímulo real. Por exemplo, uma pessoa que está passando por uma alucinação auditiva pode ouvir vozes quando ninguém está presente. Da mesma forma, alguém que tem uma alucinação visual pode ver objetos ou pessoas que não estão realmente lá.

Delírios são pensamentos que não se alinham com as evidências ou a realidade. Esses pensamentos podem incluir crenças fixas e falsas, como paranoia ou grandiosidade. Além disso, as pessoas que sofrem de psicose podem experimentar perda de motivação e isolamento social.

Essas experiências podem ser assustadoras e podem levar a comportamentos prejudiciais a si mesmas ou aos outros. Portanto, é fundamental buscar ajuda médica imediata se alguém estiver apresentando sintomas de psicose, seja para si mesmo ou para alguém que você conhece.

Cada caso de psicose é diferente e a causa exata nem sempre é clara. No entanto, existem certas doenças que causam psicose. Existem também fatores desencadeadores como o uso de drogas, falta de sono e outros fatores ambientais. Além disso, certas situações podem levar ao desenvolvimento de tipos específicos de psicose.

Alguns tipos de psicose são provocados por condições ou circunstâncias específicas que incluem o seguinte:

O transtorno psicótico breve, às vezes chamado de psicose reativa breve, pode ocorrer durante períodos de estresse pessoal extremo, como a morte de um membro da família. Alguém com psicose reativa breve geralmente se recupera em alguns dias a algumas semanas, dependendo da origem do estresse.

A psicose pode ser desencadeada pelo uso de álcool ou drogas, incluindo estimulantes como metanfetamina e cocaína. Drogas alucinógenas como o LSD costumam fazer com que os usuários vejam coisas que realmente não existem, mas esse efeito é temporário. Alguns medicamentos prescritos, como esteróides e estimulantes, também podem causar sintomas de psicose.

Pessoas que adicionam álcool ou certas drogas podem apresentar sintomas psicóticos se pararem repentinamente de beber ou tomar essas drogas.

Um traumatismo craniano ou uma doença ou infecção que afeta o cérebro pode causar sintomas de psicose.

Os transtornos psicóticos podem ser desencadeados por estresse, uso de drogas ou álcool, lesões ou doenças. Eles também podem aparecer por conta própria. Os seguintes tipos de distúrbios podem ter sintomas psicóticos:

Quando alguém tem transtorno bipolar, seu humor varia de muito alto a muito baixo. Quando seu humor está alto e positivo, eles podem apresentar sintomas de psicose. Eles podem se sentir extremamente bem e acreditar que têm poderes especiais.

Quando seu humor está deprimido, o indivíduo pode apresentar sintomas psicóticos que o fazem sentir raiva, tristeza ou medo. Esses sintomas incluem pensar que alguém está tentando prejudicá-los.

Uma pessoa com transtorno delirante acredita fortemente em coisas que não são reais.

Esta é uma depressão grave com sintomas psicóticos.

A esquizofrenia é uma doença vitalícia geralmente acompanhada de sintomas psicóticos.

Sintomas da psicose

Os sintomas da psicose são variados e podem incluir alucinações, delírios, pensamento desorganizado, comportamento bizarro e prejuízo funcional. As alucinações podem envolver percepções sensoriais falsas, como ouvir vozes, ver coisas que não estão presentes ou sentir sensações táteis inexistentes. Os delírios são crenças fixas e irracionais que não são compartilhadas pela maioria das pessoas e podem incluir ideias de perseguição, grandeza ou controle externo. O pensamento desorganizado pode se manifestar na fala ou na escrita confusa e incoerente, enquanto o comportamento bizarro pode envolver ações incomuns ou sem propósito aparente. Esses sintomas podem causar um prejuízo significativo no funcionamento diário e podem ser acompanhados por uma desconexão da realidade.

Distúrbios do sono

Indivíduos com psicose podem experimentar distúrbios do sono, como insônia ou hipersonia, devido à ansiedade, agitação ou preocupações relacionadas aos sintomas psicóticos.

Alterações na aparência

Em alguns casos, a psicose pode levar a mudanças na aparência física, como negligência pessoal ou higiene inadequada, devido à desconexão da realidade e à falta de motivação para cuidar de si mesmo.

Alucinações

Alucinações auditivas, visuais, táteis, gustativas ou olfativas são comuns na psicose, onde os indivíduos percebem sensações que não têm base na realidade.

Delírios

Pensamentos fixos e irracionais que não se alinham com a realidade, como paranoia, grandeza ou referência, são frequentes em pessoas com psicose.

Desorganização do pensamento

O pensamento desorganizado pode se manifestar na fala ou na escrita, resultando em discurso incoerente, desconexo ou sem sentido.

Discurso desorganizado

Fala tangencial, desorganizada ou com mudanças abruptas de tópico são características do pensamento desorganizado associado à psicose.

Comportamento bizarro

Indivíduos com psicose podem exibir comportamentos incomuns, como movimentos repetitivos, risos inapropriados, gestos estranhos ou expressões faciais atípicas.

Isolamento social

O isolamento social é comum em pessoas com psicose, que podem se afastar de amigos, familiares e atividades sociais devido ao medo, desconfiança ou desconforto causado pelos sintomas psicóticos.

Agitação ou apatia

Alguns indivíduos podem alternar entre períodos de agitação extrema e apatia, onde podem parecer excessivamente ativos e agitados ou, ao contrário, apresentar uma falta de interesse ou motivação para participar de atividades.

Autolesão ou comportamento autolesivo

Em casos graves, a psicose pode levar a comportamentos autolesivos, como cortes, queimaduras ou outros tipos de autoagressão, muitas vezes como uma tentativa de lidar com os sintomas psicóticos ou aliviar o sofrimento emocional.

Esses sintomas podem variar em intensidade e frequência, dependendo da gravidade da psicose e de outros fatores individuais. É importante reconhecer os sinais precoces da psicose e buscar ajuda profissional adequada para avaliação, diagnóstico e tratamento.

Diagnóstico da psicose

A psicose é diagnosticada por meio de uma avaliação psiquiátrica. Isso significa que o médico observará o comportamento da pessoa e fará perguntas sobre o que ela está experimentando. Exames médicos e raios-X podem ser usados ​​para determinar se há uma doença subjacente que está causando os sintomas.

Muitos dos sintomas de psicose em adultos não são sintomas de psicose em jovens. Por exemplo, crianças pequenas costumam ter amigos imaginários com quem conversam. Isso representa apenas brincadeiras imaginativas, o que é completamente normal para crianças. Mas se você está preocupado com psicose em uma criança ou adolescente, descreva o comportamento dela a um médico.

Entrevista clínica

O processo diagnóstico geralmente começa com uma entrevista clínica detalhada realizada por um profissional de saúde mental. Durante essa entrevista, o paciente pode ser questionado sobre seus sintomas, história médica, história familiar de transtornos mentais e eventos estressantes recentes.

Questionários padronizados

Além da entrevista clínica, podem ser administrados questionários padronizados para avaliar a gravidade dos sintomas psicóticos e outros aspectos da saúde mental do paciente.

O diagnóstico da psicose é baseado em critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) da American Psychiatric Association. Para ser diagnosticado com um transtorno psicótico, o paciente deve atender a critérios específicos de sintomas, duração e impacto funcional.

Exclusão de causas médicas

Antes de confirmar o diagnóstico de psicose, é importante descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas do paciente. Isso pode envolver exames físicos, exames laboratoriais e testes de imagem para identificar possíveis causas orgânicas dos sintomas psicóticos.

Avaliação de condições coexistentes

Além disso, o profissional de saúde mental pode avaliar se há presença de outras condições médicas ou transtornos mentais que possam estar presentes junto com a psicose.

A avaliação do impacto funcional da psicose é crucial para compreender como os sintomas afetam a vida diária do paciente. Isso pode incluir uma avaliação da capacidade do paciente para manter atividades diárias, trabalhar, estudar, manter relacionamentos e cuidar de si mesmo.

A motivação para a mudança é um aspecto importante a ser considerado no processo diagnóstico da psicose. Avaliar a disposição do paciente para participar do tratamento e implementar mudanças no estilo de vida é essencial para desenvolver um plano de tratamento eficaz e sustentável.

Em resumo, o diagnóstico da psicose é um processo abrangente que envolve uma avaliação cuidadosa dos sintomas, critérios diagnósticos, exclusão de outras condições médicas, avaliação do impacto funcional e consideração da motivação para mudança do paciente. Um diagnóstico preciso é fundamental para garantir que o paciente receba o tratamento adequado e o apoio necessário para gerenciar os sintomas e melhorar sua qualidade de vida.

Tratamentos para psicose

O tratamento para psicose geralmente é multidisciplinar e pode envolver uma combinação de intervenções médicas, psicoterapêuticas e de suporte. O uso de medicamentos antipsicóticos é comum para ajudar a controlar os sintomas psicóticos, como alucinações e delírios. Além disso, a psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), pode ser útil para ajudar o paciente a entender e lidar com seus sintomas, desenvolver habilidades de enfrentamento e melhorar o funcionamento social. O apoio da família e de grupos de apoio também desempenha um papel importante no tratamento, fornecendo suporte emocional, educacional e prático para o paciente e seus entes queridos. Em casos graves ou emergenciais, a internação psiquiátrica pode ser necessária para garantir a segurança do paciente e fornecer cuidados intensivos até que os sintomas se estabilizem.

Um médico psiquiatra desempenha um papel fundamental no tratamento da psicose. Ele realiza uma avaliação detalhada do paciente para determinar o diagnóstico correto, avaliar a gravidade dos sintomas e desenvolver um plano de tratamento personalizado. O psiquiatra pode prescrever medicamentos antipsicóticos para ajudar a controlar os sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, além de monitorar de perto a resposta do paciente aos medicamentos e fazer ajustes na dosagem conforme necessário.

Em casos de psicose grave, emergências psiquiátricas ou risco iminente para a segurança do paciente ou de outros, a internação psiquiátrica pode ser necessária. Durante a internação, o paciente recebe cuidados intensivos, monitoramento 24 horas por dia, intervenções terapêuticas e medicamentos sob supervisão médica. A internação psiquiátrica pode fornecer um ambiente seguro e estruturado para estabilizar os sintomas agudos e iniciar o tratamento adequado.

Diferentes modalidades de terapia podem ser úteis no tratamento da psicose:

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A TCC pode ajudar o paciente a identificar e desafiar pensamentos distorcidos associados à psicose, desenvolver estratégias de enfrentamento e aprender habilidades para gerenciar sintomas.

Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)

A ACT enfoca a aceitação dos pensamentos e sentimentos perturbadores associados à psicose, enquanto ajuda o paciente a se comprometer com mudanças comportamentais positivas e a viver uma vida significativa.

Terapia Familiar

Envolve a participação da família no tratamento para fornecer apoio emocional, melhorar a comunicação e aprender a lidar com os desafios associados à psicose.

Os medicamentos antipsicóticos são frequentemente prescritos para controlar os sintomas da psicose. Existem duas classes principais de antipsicóticos: típicos e atípicos.

Antipsicóticos típicos

Os antipsicóticos típicos, como a haloperidol, tendem a tratar os sintomas positivos da psicose, como alucinações e delírios.

Antipsicóticos Atípicos

Os antipsicóticos atípicos, como a olanzapina e a risperidona, podem ser mais eficazes no tratamento dos sintomas negativos, como falta de motivação e socialização.

É importante ressaltar que o tratamento da psicose deve ser individualizado e adaptado às necessidades específicas de cada paciente, levando em consideração fatores como gravidade dos sintomas, história médica e preferências pessoais. A colaboração entre médicos, psicoterapeutas, familiares e outros profissionais de saúde mental é essencial para garantir um tratamento eficaz e abrangente.

Internação para pessoa com psicose

Em casos graves em que a segurança do paciente ou de outros está em risco, ou quando os sintomas psicóticos são graves o suficiente para impedir o funcionamento diário, a internação psiquiátrica pode ser necessária. Durante a internação, o paciente recebe monitoramento intensivo, tratamento medicamentoso e terapêutico, e apoio para estabilizar os sintomas e promover a recuperação.

internação voluntária (com autorização do paciente) ou internação involuntária (contra a vontade do paciente) são meios de resgatar o indivíduo que geralmente não tem mais controle dos seus pensamentos e atitudes, que perdeu sua capacidade de autodeterminação ou a capacidade de se autogerir.

Em resumo, a psicose é uma condição mental desafiadora que requer uma abordagem cuidadosa e abrangente para o tratamento e gerenciamento dos sintomas. Com intervenção precoce e suporte adequado, muitas pessoas com psicose podem experimentar uma melhoria significativa em sua qualidade de vida e funcionamento geral.

Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.

De acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.

Neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.

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O Hospital Santa Mônica oferece todos os recursos da psiquiatria moderna aliada a uma equipe multidisciplinar preparada para tratar pacientes e promover o bem-estar. Somos o primeiro hospital psiquiátrico privado de São Paulo com Certificação ONA 3 – Acreditado com Excelência Ouro – que atesta os padrões da qualidade assistencial, a segurança do paciente e a excelência em gestão.

Terapias e atividades que complementam o tratamento psiquiátrico hospitalar

Terapia em grupo

Atuação de psicólogos e um grupo pacientes para trabalhar questões que envolvem a depressão, crise de ansiedade, transtorno do pânico, dependência de substâncias, dentre outras questões.

Hidroginástica

Supervisionada pela equipe de fisioterapeutas utiliza as propriedades da água como complemento das terapias convencionais. Os exercícios físicos são indicados como auxílio no tratamento de doenças mentais.

Pilates e alongamento

Eficaz ao combinar exercícios de fisioterapia, técnicas da ioga, aparelhos e acessórios específicos no tratamento de dores, em idosos e pessoas com déficits neurológicos como os causados por derrames.

Musicoterapia

Utiliza a música e os instrumentos musicais para reabilitação da saúde mental e física. Promove o relaxamento, melhora a comunicação, auxilia na expressão e integra os pensamentos, sentidos e emoções.

Dançaterapia

Atividade terapêutica muito utilizada para a reabilitação de pacientes. Explora, com bastante habilidade técnica, o uso da dança e a execução de movimentos como complemento das intervenções clínicas.

Terapia com cães

A terapia com cães têm sido amplamente utilizada como ponto de apoio emocional para melhorar a saúde e o bem-estar de pacientes, sobretudo de indivíduos que têm constantes crises depressivas ou de ansiedade.

Futebol, vôlei e basquete

Esportes beneficiam a mente e agem no cérebro das pessoas. Melhora o humor, aumenta a concentração, reduz o estresse e a depressão, melhora o sono, desenvolve a auto-confiança e liderança.

Pintura e artesanato

A pintura e artesanato potencializam e valorizam as formas singulares do processo de livre criação, elevação da autoestima, melhora do equilíbrio emocional e minimização dos efeitos negativos da doença mental.

Espiritualidade e emoções

A espiritualidade e controle emocional pode reduzir o estresse psicológico que provoca dor. Gera esperança, otimismo e resiliência. Pode ser grande aliada na manutenção da saúde mental e emocional.

Leitura

A pratica da leitura pode gerar benefícios cognitivos entre aqueles que mantém o hábito de ler regularmente. Ajuda a entender melhor o sentimento e emoções de outras pessoas e também melhora a capacidade de mudança no dia a dia.

Grupo de apoio familiar

Espaço onde os familiares de pacientes podem se reunir para compartilhar suas experiências de uma maneira que ajude a reduzir o isolamento e a solidão. Tem como objetivo esclarecer dúvidas sobre transtornos mentais.

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