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Teleofobia: entenda o que é e como pode afetar a sua vida

Você alguma vez já sentiu medo do futuro? Já se sentiu esmagado pela incerteza do amanhã e ficou completamente paralisado ao tentar planejar alguns objetivos para a sua vida? Esses receios podem ser comuns até certo ponto, mas, em alguns casos, são indícios de um distúrbio emocional — a teleofobia.

Neste post, você vai conhecer de forma mais aprofundada o que é a teleofobia, como ela impacta a vida das pessoas e o que pode ser feito para tratar o paciente com esse diagnóstico. Vamos lá? Fique atento e aproveite a leitura!

O que é teleofobia?

A teleofobia pode ser descrita como o medo que algumas pessoas sentem de fazer planos para o futuro. Não se trata de uma doença, propriamente dita, mas de uma característica, um traço da personalidade que pode tomar proporções exageradas em decorrência da ansiedade.

É normal que algumas pessoas se sintam inseguras ao planejar acontecimentos grandiosos para o futuro, especialmente em tempos incertos, como o período pós-pandemia. Até certo ponto, a preocupação é algo normal e até saudável, afinal, é o que nos faz ficar atentos aos detalhes e nos prepararmos para os imprevistos.

No entanto, alguns indivíduos se tornam incapazes de estabelecer qualquer objetivo, com medo do fracasso e da frustração caso ele não seja atingido. A consequência é que quem sofre de teleofobia acaba não fazendo nada, não participando de nada, simplesmente para não correr o risco de dar errado.

O grande problema é que, ao mesmo tempo em que se protegem do fracasso, esses indivíduos também deixam de viver muitas coisas em função do receio. Isso mina sua vida profissional, seus relacionamentos e até mesmo o seu bem-estar.

Os teleofóbicos costumam ser reconhecidos pela constante reafirmação de que preferem viver o presente em vez de panejar o futuro, o que geralmente vem acompanhado da tentativa desenfreada de não assumir absolutamente nenhum compromisso que não possa ser cumprido imediatamente.

Como a teleofobia pode impactar a vida de uma pessoa?

O medo de fazer planos para o futuro pode acabar prejudicando a vida de uma pessoa em diferentes aspectos, tanto em âmbito pessoal quanto profissional. A pessoa que sofre desse mal não consegue planejar ou mesmo estabelecer sonhos, metas e objetivos para cumprir, estacionando na vida e não assumindo razões para buscar algo diferente daquilo que já vive.

Um teleofóbico não consegue planejar um filho, porque o futuro é incerto demais para “colocar outra criança no mundo”; não consegue planejar uma mudança de cidade, porque está focado em tudo que pode acontecer de errado, como não conseguir uma casa, um emprego e assim por diante; não consegue planejar um evento porque a possibilidade de ocorrerem diversas catástrofes fica orbitando a sua mente e gerando ansiedade.

Qualquer pequeno planejamento pode gerar uma sensação enorme de ansiedade e até pânico de que aquilo não aconteça. Logo, para impedir que a situação fracasse, os teleofóbicos encontram alguma desculpa, alguma justificativa para não cumprirem com um compromisso e, assim, “evitar” um desastre maior (geralmente imaginário e pouco provável).

Em alguns casos, essa situação também pode afetar a qualidade das relações do teleofóbico com a sua família ou mesmo com parceiros, que podem perceber dissonância na hora de definir planos em conjunto. Nesses casos, não há outra saída se não procurar ajuda especializada para aprender a lidar com o medo.

Há relação entre teleofobia e depressão?

A teleofobia pode estar relacionada a outros distúrbios emocionais e, frequentemente, está presente em pacientes que sofrem de depressão, por exemplo. Seja pelo excesso de pessimismo ou pela falta de perspectiva, o indivíduo acaba se afastando de situações sociais, como festas, encontros e aniversários, além de evitar a todo custo outros planos mais significativos, tais como:

  • trocar de emprego;
  • morar em outra cidade ou país;
  • adotar pets;
  • ter filhos.

Com a dificuldade de assumir certos compromissos futuros e as responsabilidades que vêm com eles, é muito provável que ocorra uma espécie de afastamento do convívio social, o que pode comprometer ainda mais os quadros depressivos. Por isso, é fundamental o acompanhamento da família e dos amigos mais próximos, para que a teleofobia seja tratada por um especialista o quanto antes.

A ansiedade é outro fator muito comum para os teleofóbicos. Em uma sociedade que enche suas agendas de compromissos e exige que você se organize minuciosamente para cumprir com tudo, sentir o esgotamento em forma de pânico de que as coisas não deem certo é algo até compreensível. É por isso que a ansiedade, a depressão e a teleofobia podem andar bem próximas.

A diferença, nesse caso, é que um depressivo rejeita todos os convites e planos por falta de energia e disposição para participar de eventos sociais. O teleofóbico o faz em decorrência da extrema sensação de ansiedade gerada pela ideia de planejar um acontecimento futuro.

Quais são os possíveis tratamentos?

O diagnóstico médico é um passo imprescindível para reconhecer a incidência de teleofobia. Por isso, agendar uma consulta é o primeiro passo para começar o tratamento do paciente com essa condição.

Além disso, a terapia é altamente indicada nesses quadros, afinal, ajuda o paciente a identificar e reconhecer a causa dos seus medos e o que está o impedindo de estabelecer planos para o futuro, seja ele de médio ou longo prazo. Nos casos em que a teleofobia está associada a outros transtornos mentais, pode ser necessária a intervenção medicamentosa.

Como você viu, o medo do futuro é algo natural para todos nós, especialmente quando estamos diante de cenários incertos. Porém, quando isso impede alguém de assumir compromissos futuros ou de dar passos importantes na vida, isso pode ser considerado um traço de personalidade a ser tratado.

Toda reação exacerbada a determinada situação é digna de uma observação mais aprofundada e da busca pelo autoconhecimento para entender o que desencadeou tal comportamento. Por isso, mantenha-se atento às sensações de pavor e ansiedade extrema quando estiverem atreladas à tentativa de planejar algo para o seu futuro.

Se você se identificou com os traços da teleofobia ou conhece alguém que está sofrendo com as consequências desse transtorno, converse com a gente e deixe-nos ajudar!

2 comentários sobre “Teleofobia: entenda o que é e como pode afetar a sua vida

  1. Então me chamo Luciane e vivo com o meu filho de 19 anos e tudo q li sob teleofobia o descreve sendo q tento q ele procure um profissional psicólogo algo desse tipo mas ele recusa diz q não vai resolver me sinto sem saber. O q fazer pra ajuda ló queria umas solução

    1. Olá Luciane, quando a doença está afetando seriamente a saúde da pessoa e ela não quer ajuda, você pode avaliar uma internação involuntária para realizar o tratamento, lógico que o médico irá avaliar se realmente é caso para internação, saiba mais em https://hospitalsantamonica.com.br/internacao-involuntaria-quando-e-o-momento-certo/ ou entre em contato consoco (011) 99667-7454 / (011) 99534-4287

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