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F.oMO – Fear of missing out: você conhece essa fobia que tem levado jovens à depressão?

F.oMO

A evolução tecnológica trouxe benefícios significativos para todas as esferas da vida humana. Entretanto, observou-se o aumento dos riscos do surgimento de diferentes desordens emocionais associadas ao mau uso das redes sociais. Uma delas é o F.oMO (fear of missing out) que, em português, pode ser entendido como o “medo de perder”.

Vamos falar sobre essa fobia, que tem atingido jovens pelo medo de “perder algo”, sobretudo, quando relacionado ao uso intenso da internet. Veja o que é o F.oMO e como ele surgiu. Confira, também, as principais causas dessa fobia e como minimizar os impactos gerados às emoções e ao convívio social desse grupo.

Aproveite a leitura!

O que é F.oMo?

Além da relação com o medo de perder, F.oMO é uma sigla que, traduzida para a língua portuguesa, também pode significar algo como “medo de ficar de fora”. Esse transtorno é mais comum na geração de millennials, pois eles são mais propensos ao maior uso da internet.

No entanto, querer saber sempre o que as outras pessoas estão fazendo pode trazer graves prejuízos à saúde emocional. A inveja provocada pelas postagens de amigos e colegas pode causar um forte impacto no estado psicológico do usuário. Isso gera sentimentos de inferioridade quando ele visualiza algo que gostaria de ter ou de fazer.

Ainda que os conteúdos postados em redes sociais, como Facebook e Instagram, nem sempre representem a realidade, a comparação pode gerar tristeza, baixa autoestima e pode até levar à depressão. Alguns desses aplicativos não mais disponibilizam o número de curtidas, exatamente para reduzir as publicações de quem se concentra na busca de “aprovação”.

O F.oMO também pode ser caracterizado pelo medo que a pessoa tem de de perder alguma atualização ou evento. Isso faz com que ela se sinta obrigada a permanecer antenada o tempo todo. Com isso, ela passa a verificar as atualizações de seus contatos no trabalho, na escola, no trânsito, no meio da noite e durante as refeições.

Portanto, essa síndrome gera muita curiosidade em saber o que os contatos estão fazendo, vestindo, ouvindo, comendo, os lugares que estão frequentando e, até mesmo, o que estão sentindo. Isso gera muito sofrimento porque, para se sentir igual ou melhor que os demais, o indivíduo não consegue sair da “roda do hamster digital”.

Quais são suas principais causas?

Uma pesquisa publicada pelo site Scielo revela que a origem do F.oMo está intrinsecamente associada aos níveis de engajamento social online e ao uso problemático da tecnologia. Devido às características comportamentais e os males que gera, essa angústia social se tornou um problema que atinge uma grande parcela da população.

Pessoas com F.oMO — fear of missing out — apresentam forte tendência a sentimentos ambivalentes em relação às redes sociais. Ao passo que gostam de visualizar conteúdos para se espelhar, também apreciam postar tudo o que fazem em tempo integral. A ideia é chamar a atenção para si por meio de uma realidade que está longe de ser verdadeira.

Essa desordem pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum na faixa etária de 16 a 26 anos, os maiores adictos das redes sociais. Isso acontece por diversas razões decorrentes de conflitos familiares, questões de autoestima e crises de identidade. Afinal, muitos usuários ainda mantêm uma relação muito nova e imatura com a tecnologia.

A imaturidade na utilização das redes sociais — e de outros aplicativos de vídeos, memes e piadas — prejudica a rotina do usuário. Perde-se um tempo precioso com conteúdos que nada acrescentam e que ainda colocam em xeque a saúde mental e física e a qualidade dos relacionamentos familiares, sociais e afetivos.

Quais são as consequências do F.oMO em jovens?

Os níveis de saúde mental e emocional dos adolescentes e jovens entre 10 e 19 anos são responsáveis por 16% da carga global de doenças sofrida por eles. Os dados são da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que reafirma a importância de dar atenção às consequências geradas por condições como o fear of missing out.

Grande parte das consequências desse distúrbio estão associadas à relação problemática das pessoas com a tecnologia. Como é muito difícil acompanhar as inovações que surgem no meio digital, muitos usuários são mais propensos ao uso excessivo do celular e da internet.

Em alguns casos, o portador de F.oMO não percebe a sua dependência e passa a vê-la como normal, mesmo que afete sua saúde, rotina e relações sociais. Quem não se sente bem consigo mesmo e verifica as redes sociais para dar uma espiadinha na vida alheia, acaba se sentindo ainda pior.

Tendo isso em vista, destacamos algumas consequências mais comuns na vida dessas pessoas:

  • transtornos de ansiedade;
  • crises depressivas constantes;
  • insônia ou outros distúrbios do sono;
  • maior propensão à dependência química;
  • frustração gerada pelo sentimento de inferioridade;
  • dificuldade para estudar ou para se manter no emprego;
  • falta de controle do uso do celular e vício em redes sociais.

Como tratar F.oMO?

As intervenções nesse sentido são de extrema relevância, já que as consequências de não abordar os problemas associados à saúde mental dos adolescentes podem perdurar até a fase adulta. Quando isso acontece, os prejuízos psicológicos podem evoluir para quadros mais graves e limitar futuras oportunidades.

Nesse cenário de hiperconectividade, é preciso saber driblar as complicações resultantes do mau uso dos recursos digitais. Tendo isso em vista, listamos os as opções de tratamento mais eficazes para auxiliar pacientes na redução dos sintomas de F.oMO. Veja:

  • suporte multidisciplinar com equipe profissional especializada;
  • intervenções terapêuticas com psicólogos;
  • tratamento psiquiátrico;
  • medicações;
  • internação.

Como você viu, é possível controlar os efeitos que o F.oMO provoca na rotina e na saúde das pessoas. No Hospital Santa Mônica, os tratamentos são focados na promoção da saúde mental e na recuperação da qualidade de vida e do bem-estar de crianças, adolescentes, jovens e adultos que necessitam de suporte especializado para superar esse desafio.

E você, precisa de ajuda nesse sentido? Se quiser mais informações sobre os tratamentos oferecidos pelo Hospital Santa Mônica é simples: entre em contato conosco e fale com os nossos colaboradores!

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