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Psiquiatria Saúde Mental

5 razões que provam por que todo mundo deveria fazer terapia

Buscar ajuda psicológica é algo temido por muitos, que a consideram uma escolha de “gente maluca”. Na verdade, é bem pelo contrário: a terapia auxilia qualquer um que deseja ter uma relação mais saudável consigo mesmo e com outras pessoas ao seu redor.

A terapia é uma prática que tem ganhado cada vez mais destaque na sociedade contemporânea. Em um mundo acelerado, com diversas mudanças ao longo dos anos, muitas pessoas se sentem frustradas, ansiosas ou, até mesmo, depressivas. 

Neste artigo, o psicólogo do Hospital Santa Mônica, Alef Ferreira, irá abordar cinco razões que demonstram por que todo mundo deveria considerar fazer terapia, destacando os diversos benefícios que essa prática pode proporcionar. Acompanhe a leitura!

O que é a terapia?

Terapia é como popularmente chamamos a psicoterapia psico (mente) + terapia (curar).

Esse cuidado consiste em um conjunto de práticas terapêuticas, dentre elas a Terapia Cognitivo Comportamental, entre um paciente e psicólogo, com a intenção de diminuir sofrimentos, ao interpretar os eventos e acontecimentos da vida de uma pessoa.

Ao contrário do que se pode pensar, a terapia é recomendada para qualquer pessoa que deseja melhorar aspectos emocionais em sua vida, e não somente para quem tem algum tipo de transtorno mental. O terapeuta tem a função de auxiliar o paciente na busca por respostas, fazendo-o entender o porquê do surgimento de certos pensamentos e atitudes.

Muitas pessoas esperam chegar em uma situação limite para buscar ajuda. Contudo, é possível diminuir muito sofrimento psicológico, como tristeza e angústia, ao buscar ajuda com um profissional qualificado. O psicoterapeuta pode auxiliar na promoção de saúde mental, independentemente do grau de adoecimento psíquico, idade, classe social e outras características. 

Logo, o papel do psicólogo é criar uma facilitação para que a pessoa verbalize e tenha mais autoconsciência. Vale lembrar que sua função não é a de dar conselhos e, sim, percepções e caminhos de acordo com a situação.

A importância da terapia

Fazer psicoterapia possibilita o autoconhecimento, a solução de conflitos e a melhora da saúde mental. É nela que o paciente tem a oportunidade de olhar para si mesmo e pensar nas razões que levam a determinados pensamentos ou atitudes em relação a uma área de sua vida. A partir de conversas e abordagens, a terapia torna possível a conscientização do passado de uma pessoa, o que geralmente influencia em quem ela é hoje.

Segundo a psicóloga especializada em saúde mental, Danielle Bevilaqua: 

“Vejo que mais que uma abordagem psicanalítica ou comportamental, por exemplo, é fundamental que o paciente tenha um vínculo terapêutico de confiança com o profissional. Isso poderá determinar o grau de sucesso do tratamento. Quanta confiança precisamos para dividir nossas intimidades e despir nossa alma diante de uma pessoa. Não é, mesmo? Pois bem, quando isto acontece, podemos vincular o paciente a sua própria história e ajudar para que ele possa escrevê-la de forma mais saudável, satisfatória e adequada à sua realidade.”

A psicoterapia também concretiza a autoaceitação da situação do paciente. Assim, com o autoconhecimento, pode tomar atitudes e ter comportamentos mais assertivos, possibilitando uma maior qualidade de vida.

Conheça 5 razões para fazer terapia!

Seja para lidar com emoções, traumas passados ​​ou simplesmente buscar o autoconhecimento, a terapia oferece um espaço seguro e acolhedor para o desenvolvimento pessoal e emocional.

Confira, a seguir, 5 motivos pelos quais fazer terapia pode ajudar muito a lidar com várias questões internas!

1. Mais autoconhecimento, autoconfiança e desenvolvimento pessoal

A terapia proporciona uma oportunidade única de autoexploração e autoconhecimento. Ao trabalhar com um profissional qualificado, os indivíduos podem compreender melhor suas emoções, padrões de pensamento e comportamento.

Por meio dessa consciência, torna-se possível identificar aspectos que precisam ser aprimorados ou transformados, gerados em um desenvolvimento pessoal mais significativo. Tudo isso é muito importante para a construção do amor-próprio e da autovalorização.

Para amenizar essas sensações e aumentar a confiança, o processo terapêutico entra como um trabalho que envolve diversos fatores para transformar os sentimentos negativos em positivos. Nesse caso, é claro, sempre considerando os limites e o ritmo do paciente.

2. Gerenciamento de emoções, estresse, superar traumas e experiências dolorosas

O dia a dia, muitas vezes, pode contar com várias fontes de ansiedade e estresse. A terapia oferece técnicas eficazes para o gerenciamento das emoções. Por meio do aprendizado de habilidades de enfrentamento e da compreensão das origens desses conteúdos emocionais, os indivíduos podem encontrar meios mais saudáveis ​​de lidar com os desafios diários, aumentando sua resiliência emocional.

Traumas passados ​​podem ter um impacto significativo na vida de uma pessoa, afetando sua saúde mental e emocional. A terapia oferece um ambiente estimulador para processar essas experiências dolorosas, proporcionando a cicatrização emocional e a superação dos efeitos negativos do trauma. Com o apoio adequado, é possível retomar a vida com mais força e resiliência.

3. Conviver com o medo

O medo do novo pode levar muitas pessoas a terem uma certa dificuldade de se adaptar a novas situações. Uma mudança de cidade ou trabalho, por exemplo, pode gerar grandes inseguranças, que são capazes de se transformarem em angústias, ansiedades e sofrimento.

Inteligência e maturidade emocional são consequências positivas que algumas sessões de terapia podem trazer para uma pessoa. Alguém que convive com muitos medos e não sabe bem como lidar com situações do passado pode sofrer com isso, talvez sem notar.

Bevilaqua complementa que:

“O medo pode ser utilizado para sermos mais cautelosos, porém, à medida que ele limita a qualidade de vida de uma pessoa, podemos ter um adoecimento. É fundamental podermos nos aproximar deste limitador e pensarmos: qual o papel que ele ocupa na minha vida? Para então sabermos como mudar.”

4. Livrar-se de dependências

Um dos motivos mais importantes para justificar o porquê de fazer terapia são os transtornos mentais, como muitas pessoas já conhecem. A prática é altamente indicada para tratar tipos diversos de patologias clínicas, como a dependência química, depressão ou esquizofrenia.

A psicoterapia tem o papel de auxiliar na recuperação desse tipo de sofrimento mental permanente ou temporário. Muitas vezes, os psicólogos, responsáveis pelas interações terapêuticas, trabalham em conjunto com psiquiatras, que podem receitar medicamentos, se for necessário.

5. Melhora nos relacionamentos e lidar com os sentimentos

Os relacionamentos são fundamentais para o bem-estar emocional de uma pessoa. A terapia proporciona um espaço seguro para explorar questões interpessoais, ensinando habilidades de comunicação e empatia. Ao compreender melhor a si mesmo e aos outros, os indivíduos podem estabelecer relações mais saudáveis ​​e fortes, seja no âmbito familiar, amoroso ou profissional.

Situações relacionadas ao luto e às separações, por exemplo, são bastante delicadas, principalmente pelo fato de deixarem marcas emocionais em alguém que vivenciou alguma delas. Perder uma pessoa querida ou se separar de alguém após muitos anos é, geralmente, muito doloroso. No entanto, o processo terapêutico pode ajudar a lidar com essas questões.

Muitas pessoas não conseguem superar esse momento sozinhas. Logo, um profissional terapêutico pode ajudá-las a seguir com suas vidas, as mudanças que virão a surgir, as mágoas que podem aparecer e os demais sentimentos desse período.

Quando procurar por ajuda?

Não é preciso ter um motivo bem definido para fazer terapia. Se alguém deseja se relacionar melhor consigo mesmo ou com os outros, isso já é razão suficiente para fazê-la.

Muitas pessoas são inseguras em certas áreas da vida, outras são tímidas e carregam um sentimento de culpa sem motivo aparente. Com a terapia, é possível se tornar consciente de que o aprendizado é constante em relação à autoaceitação, autocrescimento e ao desenvolvimento geral como ser humano.

Ainda segundo a psicóloga Danielle Bevilaqua, 

“A psicologia tem um nicho que estuda as habilidades sociais. Podemos ver claramente quais são as habilidades aprendidas, como falar, andar e correr, e quais podemos treinar para que possam nos apoiar em relações mais saudáveis. Chamamos de Treinamento de Habilidades Sociais, atrelado ao processo de psicoterapia,. Sempre que se faz necessário, utilizo este recurso com meus pacientes”.

No momento em que uma pessoa, com o auxílio de um psicólogo, começa a fazer terapia, ela cria novas atitudes e comportamentos. Consequentemente, esses novos padrões ajudam a desenvolver a felicidade, confiança em si mesma, controle sobre as relações próximas e seus pensamentos.

Saiba identificar os principais sinais que indicam a necessidade ou a vontade de fazer terapia!

Depressão

A depressão provoca profunda tristeza de modo prolongado e perda de interesse nos prazeres diários. Essa doença é considerada um transtorno de humor que afeta como uma pessoa se sente, pensa e se comporta, o que pode levar a vários problemas emocionais e físicos.

Muito longe de ser um sinônimo de fraqueza ou frescura, compreender a depressão e dar atenção aos novos sintomas fazem toda a diferença. Todo esse processo pode ser facilitado com a terapia, que é realizada de acordo com as necessidades de cada pessoa.

Ansiedade

A vida acelerada e corrida pode estimular a ansiedade em seus vários momentos, e essa é uma reação emocional natural. No entanto, quando essas respostas começam a se intensificar, o processo normal pode se tornar um transtorno, e até levar à síndrome do pânico.

A ansiedade pode ser o problema central de um paciente, mas pode ser mais um sintoma dentro de seu processo de adoecimento. Esse é o caso, por exemplo, do aumento de um surto na esquizofrenia, das mudanças decorrentes da demência e do Alzheimer, de estresse pós-traumático, entre outros. 

Na psicoterapia, é possível reconhecer os diferentes tipos de ansiedade e como esses sentimentos, em alta intensidade, levam ao adoecimento psicológico. O terapeuta vai ajudar a prevenir a automedicação e a camuflagem dos sintomas, da mesma maneira que vai ensinar a não naturalizar esses sentimentos.

Afinal, reconhecer a presença da ansiedade é necessário para lidar, especialmente, com a causa desses sintomas na nossa vida. Com isso, é possível encontrar uma combinação de práticas que ajudam no tratamento, como terapia, exercícios físicos, meditação, massagens, acupuntura e, se necessário, medicação prescrita por um psiquiatra.

Transtornos de humor

Existem também vários tipos de transtornos de humor, que incluem os depressivos e bipolares. Geralmente, as pessoas com esses distúrbios apresentam muita variação no que estão sentindo, tornando-se eufóricas ou depressivas em pouco tempo.

Com isso, o paciente pode se afastar de pessoas queridas ou se sentir facilmente distraído. Em casos mais extremos, em momentos de impulsividade, pode tomar decisões que afetam negativamente a vida pessoal, profissional, emocional, social e financeira.

Por isso, a terapia entra como um fator de controle desse sinal. A prática é eficaz para modificar pensamentos negativos e estimular os positivos. Ao mesmo tempo, pode ajudar a praticar o autocontrole e a busca pelo equilíbrio do humor.

Distúrbios alimentares

Os distúrbios alimentares geralmente trazem consequências sérias para o organismo e para a saúde mental. Transtornos como a bulimia e a anorexia nervosa são consideradas doenças biopsicossociais. Isso significa que envolvem diversos fatores que podem ocasionar o seu desenvolvimento, como biológicos, psicológicos e ambientais.

A terapia entra como um tratamento de reeducação e transformação, de modo a reduzir comportamentos compulsivos. A psicoterapia e a terapia familiar também são importantes, variando de acordo com o quadro clínico de cada pessoa.

Ao longo do processo terapêutico, é possível compreender também as causas que induziram o surgimento do distúrbio alimentar. Além disso, o psicólogo pode ajudar a ressignificar a relação do paciente com a comida e com o próprio corpo, diminuindo os riscos de novas crises.

Dependência química

Um dos maiores erros que as pessoas cometem é encarar a dependência química como um mau hábito, e não como uma doença, de fato. Essa mentalidade pode vir do próprio paciente ou com os seus familiares.

No entanto, é fundamental ressaltar que a dependência química é um processo patológico, no qual a resposta do sistema nervoso a alguns estímulos é consideravelmente alterada. Sendo assim, é necessário tratamento para garantir a recuperação e o bem-estar da pessoa com essa condição.

A psicoterapia é um dos recursos essenciais para o tratamento eficiente da dependência química. Desse modo, ao notar dificuldade de lidar com impulsos, pensamentos obsessivos em torno de uma droga e falta de autocontrole, é muito importante buscar a ajuda de um psicólogo.

Medos e fobias

É natural ter medo de uma coisa ou outra. Entretanto, em algumas pessoas, esse sentimento é bastante extremo diante de uma situação, e controlar as emoções se torna quase impossível.

O mesmo ocorre no caso das fobias, que são uma mistura de medo e ansiedade irracionais diante de um determinado estímulo. Como resposta, o corpo e a mente podem despertar sinais de repulsa, angústia, pavor e negação.

Só pela descrição, é possível identificar como esses medos e fobias são sentimentos complexos. Para lidar com eles, nada melhor que ter a ajuda de profissionais especializados.

Na psicoterapia, é possível buscar as possíveis origens desses medos e fobias, como traumas, crenças e construções mentais, e começar a trabalhar a superação desses sentimentos. O psicólogo pode indicar o melhor método para aprender a lidar melhor com as emoções intensas e neutralizá-las, mesmo em contextos bastante desafiadores.

Autoconhecimento

É claro que saber quem você é pode trazer uma série de vantagens. Não é à toa que muitas pessoas procuram a psicoterapia apenas para intensificar um processo muito importante do desenvolvimento pessoal: o autoconhecimento.

Saber quais foram os episódios mais importantes da sua vida, que construíram uma parte de quem você é hoje, conhecer suas habilidades mais relevantes, entender como é o processamento emocional e vários outros conhecimentos podem ser obtidos na psicoterapia. O importante mesmo é ter o apoio profissional nesse processo.

Essa jornada de autoconhecimento pode ser estimulada na terapia, principalmente, pelo fato de que, durante as sessões, o foco é totalmente em você. Assim, é possível parar e observar aspectos do seu eu, tanto por meio reflexivo quanto por meio dos relatos da sua fala.

O psicólogo também consegue trazer insights relevantes para pensar sobre quem você é, o que gosta e o que deseja. Essa construção traz uma forte influência para o crescimento pessoal, as escolhas profissionais, a formação de vínculos e afetos, além da noção de identidade.

Como procurar terapia?

A saúde mental é responsável pelos resultados daquilo que uma pessoa vive. Se existe uma ou mais áreas da vida que não vão bem, é bem provável que existam fatores internos que precisam ser repensados, pois podem desencadear diversos sentimentos negativos, como mudanças repentinas de humor, ansiedade e até distúrbios alimentares.

Para dar o primeiro passo para procurar terapia, é fundamental ir em busca de um profissional qualificado. O ideal é que o psicólogo tenha boas referências e abordagem terapêutica alinhada ao que você busca.

Mas, afinal, como saber tudo isso logo na primeira experiência? A melhor forma de descobrir se um psicólogo combina com você é passando por uma sessão de terapia. Explique, nesse momento, quais são os seus objetivos e veja como se sente ao conversar com o profissional.

Se o psicólogo explicou tudo o que você precisa para dar sequência às sessões, é um bom sinal. No entanto, se você não sentiu abertura para tirar dúvidas ou falar sobre o que gostaria, vale a pena tentar uma outra sessão com um novo profissional.

O importante mesmo é ter em mente que a terapia é um processo contínuo. Sendo assim, é fundamental estar com o coração aberto para aprender mais sobre si, encarar desafios, encontrar soluções e desenvolver muitas habilidades relevantes para o crescimento pessoal.

Que tal dar o primeiro passo? Entre em contato conosco e agende a sua consulta de psicoterapia!

10 Comentários em “5 razões que provam por que todo mundo deveria fazer terapia”

  • eliza

    diz:

    muito bom

    Responder

  • sirlene

    diz:

    Excelente esclarecimento

    Responder

  • Bety

    diz:

    Olá,
    Acho fundamental se buscar ajuda psicológica para o tratamento da depressão e dos distúrbios do comportamento. Busquei essa ajuda no momento mais difícil da minha vida, com a perda de dois entes queridos, em um período muito curto. Sofri muito, e até hoje me mantenho na terapia, buscando meu conhecimento interior, e cicatrizando minhas feridas.
    Obrigada!

    Responder

    • Marlene

      diz:

      Achei essas informações excelentes e bastante exclareceforas de certa forma me despertou o desejo de fazer esse curso pois existem muitas pessoas ao nosso redor sofrendo muito.

      Responder

  • João Benites Sobrinho

    diz:

    Matéria espetacular com muita clareza . Percebe-se um campo muito vastos, entretanto a maior parte da sociedade média-baixa ou as pessoas que vivem nas regiões periféricas das grandes cidades tem um conhecimento muito raso a respeito da ” Terapia”; infelizmente, muitos problemas poderiam ser solucionados. Deus te abençoe, parabéns pela matéria.

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá obrigada, fique bem!

      Responder

  • Deise

    diz:

    Estou fazendo com uma Neuropsicologa, e confesso; deveria ter procurado antes!

    Responder

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