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Tratamento Psiquiátrico Infantojuvenil

Os transtornos mentais infantojuvenis representam uma diversificada de condições que afetam o desenvolvimento emocional, cognitivo e comportamental de crianças e adolescentes. Essas condições podem variar desde transtornos do humor até distúrbios de ansiedade e neurodesenvolvimento. Compreender esses transtornos e sua gestão é crucial para promover o bem-estar e a saúde mental nessa fase crucial da vida.

Saúde Mental Psiquiatria Crianças Adolecentes

Visão geral dos transtornos mentais infantojuvenis

Os transtornos mentais infantojuvenis são bastante prevalentes, afetando uma parcela significativa da população jovem. Eles podem se manifestar de várias formas, influenciando a capacidade da criança ou adolescente de funcionar em casa, na escola e em outras áreas da vida. Fatores genéticos, biológicos, ambientais e sociais desempenham papéis complexos no desenvolvimento desses transtornos, tornando sua compreensão e manejo ainda mais desafiadores.

A infância e a adolescência representam fases críticas da vida para a saúde mental e o bem-estar. São períodos em que os jovens desenvolvem habilidades de autocontrole, interação social e aprendizagem. Experiências adversas, seja em casa devido a conflitos familiares ou na escola devido ao bullying, por exemplo, exercem um impacto prejudicial no desenvolvimento dessas habilidades cognitivas e emocionais essenciais. As condições socioeconômicas em que as crianças são criadas também podem moldar suas escolhas e oportunidades durante a adolescência e a idade adulta.

A exposição a fatores de risco durante os primeiros anos de vida pode ter repercussões significativas no bem-estar mental anos, e até mesmo décadas, mais tarde. As consequências dessa exposição são evidentes nas taxas crescentes de problemas de saúde mental e comportamental em toda a população.

Os transtornos de depressão e ansiedade estão entre as cinco principais causas de carga geral de doenças entre crianças e adolescentes. O suicídio é a principal causa de morte entre os jovens de 10 a 19 anos em países de baixa e média renda, sendo a segunda causa em países de alta renda.

Uma paternidade de apoio, um ambiente familiar seguro e uma atmosfera de aprendizado positiva na escola são fatores-chave na construção e proteção do bem-estar mental, ou capital mental, durante a infância e adolescência.

A saúde mental desempenha um papel crucial na saúde geral das crianças e dos adultos. Para muitos adultos com transtornos mentais, os sintomas estavam presentes na infância e adolescência, embora frequentemente não fossem reconhecidos ou tratados. Para jovens com sintomas de transtorno mental, iniciar o tratamento o mais cedo possível pode ser mais eficaz. O tratamento precoce pode ajudar a prevenir problemas mais graves e duradouros à medida que a criança cresce.

Na nossa sociedade, deparamo-nos com uma diversidade de estigmas e equívocos ligados aos transtornos mentais na juventude, o que naturalmente dificulta a abordagem dessas questões. No entanto, para promover a recuperação da saúde mental, é imperativo buscar informação e assistência de profissionais capacitados na área da psiquiatria.

Saber quando procurar tratamento para transtornos de saúde mental é importante e muitas vezes a família ou os amigos são os primeiros a suspeitar.

Sintomas dos transtornos mentais infantojuvenis

Os sintomas dos transtornos mentais infantojuvenis podem variar amplamente de acordo com a condição específica, mas geralmente incluem mudanças no humor, comportamento e funcionamento cognitivo. Por exemplo, crianças e adolescentes com transtornos do humor podem apresentar tristeza persistente, irritabilidade ou desinteresse em atividades que antes desfrutavam. Transtornos de ansiedade podem se manifestar através de preocupações excessivas, medos irracionais e sintomas físicos como dores de cabeça ou problemas gastrointestinais. Distúrbios do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), podem se caracterizar por dificuldade em prestar atenção, hiperatividade e impulsividade.

  • Distúrbios do sono, como insônia ou hipersonia.
  • Dores de cabeça frequentes ou inexplicáveis.
  • Problemas gastrointestinais, como dores abdominais ou náuseas.
  • Fadiga crônica ou falta de energia.
  • Mudanças no apetite, resultando em perda ou ganho de peso significativo.
  • Queixas somáticas recorrentes sem causa médica identificável.

  • Tristeza persistente ou humor deprimido.
  • Irritabilidade excessiva, especialmente em resposta a pequenos estímulos.
  • Ansiedade intensa, preocupações excessivas ou ataques de pânico.
  • Sentimentos de desesperança, desamparo ou desesperança.
  • Dificuldade em concentrar-se ou tomar decisões.
  • Baixa autoestima ou autoimagem negativa.
  • Pensamentos suicidas ou autolesivos.

  • Isolamento social ou retirada de atividades e hobbies anteriormente apreciados.
  • Comportamento agressivo ou explosões de raiva desproporcionais.
  • Dificuldade em interagir com os outros, incluindo problemas de comunicação.
  • Evitação escolar ou dificuldade em frequentar as aulas.
  • Comportamento de oposição ou desafio às figuras de autoridade.
  • Alterações nos padrões de sono ou alimentação.
  • Comportamento obsessivo-compulsivo, como rituais repetitivos.

É importante notar que a presença de um ou mais desses sintomas não necessariamente indica a presença de um transtorno mental específico. O diagnóstico adequado requer uma avaliação completa por profissionais de saúde mental, levando em consideração o contexto individual e os padrões de sintomas apresentados pela criança ou adolescente.

Diagnóstico dos transtornos mentais infantojuvenis

O diagnóstico preciso dos transtornos mentais infantojuvenis é fundamental para garantir uma intervenção adequada e oportuna. Geralmente, envolve uma avaliação abrangente que inclui entrevistas com a criança ou adolescente, observação do seu comportamento, coleta de informações junto aos pais, professores e outros profissionais envolvidos, além de, às vezes, testes psicológicos específicos. Os critérios diagnósticos estabelecidos nos manuais de classificação, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), são frequentemente utilizados como referência pelos profissionais de saúde mental.

Entrevista clínica

O profissional de saúde mental realiza uma entrevista clínica detalhada com a criança ou adolescente e, quando apropriado, com os pais ou responsáveis. Durante essa entrevista, são explorados os sintomas relatados, a história do desenvolvimento, o ambiente familiar, o desempenho escolar e outros aspectos relevantes.

Questionários padronizados

São utilizados questionários e escalas padronizadas para avaliar sintomas específicos e fornecer uma medida objetiva do funcionamento psicológico da criança ou adolescente. Isso pode incluir questionários de avaliação de depressão, ansiedade, TDAH e outros transtornos comuns na infância e adolescência.

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5

Os profissionais de saúde mental usam os critérios estabelecidos no DSM-5 para diagnosticar transtornos mentais. Este manual fornece uma lista de critérios específicos para cada transtorno, incluindo a duração e gravidade dos sintomas necessários para o diagnóstico.

Classificação Internacional de Doenças – CID-10

Em alguns casos, especialmente em contextos internacionais, a CID-10 é utilizada para fins de diagnóstico. Este sistema de classificação também fornece critérios específicos para diagnóstico de transtornos mentais.

Exclusão de causas médicas

Em alguns casos, especialmente quando os sintomas são incomuns ou graves, exames médicos podem ser realizados para descartar causas médicas subjacentes dos sintomas. Isso pode incluir exames de sangue, exames neurológicos, ou exames de imagem, dependendo dos sintomas apresentados.

Avaliação do funcionamento global

O profissional de saúde mental avalia o impacto dos sintomas na vida cotidiana da criança ou adolescente, incluindo o desempenho escolar, relacionamentos interpessoais, atividades extracurriculares e funcionamento familiar.

Observação do comportamento

Além das informações relatadas durante a entrevista, o profissional também pode observar o comportamento da criança ou adolescente em diferentes ambientes para obter uma compreensão mais completa de seus desafios.

Exploração da disposição para o tratamento

Durante a entrevista clínica, o profissional avalia a disposição da criança ou adolescente para participar do tratamento e fazer mudanças em sua vida. Isso pode ajudar a determinar a abordagem mais apropriada para o tratamento, levando em consideração a colaboração do paciente.

Em resumo, o diagnóstico de transtornos mentais infantojuvenis envolve uma avaliação holística que considera uma variedade de informações, incluindo sintomas relatados, critérios diagnósticos, exames médicos, impacto funcional e disposição para o tratamento. Essa abordagem abrangente ajuda a garantir um diagnóstico preciso e o desenvolvimento de um plano de tratamento eficaz e individualizado.

Tratamento para os transtornos mentais infantojuvenis

O tratamento dos transtornos mentais infantojuvenis é multifacetado e geralmente envolve uma abordagem combinada que pode incluir psicoterapia, medicamentos, apoio educacional e intervenções familiares. A psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), pode ajudar a criança ou adolescente a desenvolver habilidades para lidar com seus sintomas e enfrentar desafios emocionais. Em alguns casos, medicamentos, como antidepressivos ou estabilizadores de humor, podem ser prescritos para auxiliar no controle dos sintomas. O apoio educacional, incluindo planos de intervenção individualizados, é muitas vezes necessário para garantir que a criança ou adolescente tenha sucesso acadêmico, apesar dos desafios que enfrentam.

Avaliação inicial

O tratamento geralmente começa com uma avaliação detalhada realizada por um médico psiquiatra especializado em saúde mental infantojuvenil. Durante essa avaliação, o médico coleta informações sobre os sintomas, histórico médico e familiar, e contexto social da criança ou adolescente.

Desenvolvimento do plano de tratamento

Com base na avaliação inicial, o psiquiatra trabalha em conjunto com o paciente e sua família para desenvolver um plano de tratamento personalizado. Isso pode incluir terapia individual ou familiar, medicação e outras intervenções necessárias.

Monitoramento contínuo

O médico psiquiatra acompanha o progresso do paciente ao longo do tempo, ajustando o plano de tratamento conforme necessário para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.

Indicação

Em casos graves onde há risco iminente para a segurança do paciente ou de outras pessoas, a internação psiquiátrica pode ser necessária. Isso é geralmente reservado para crises agudas que exigem tratamento intensivo e monitoramento 24 horas por dia.

Estabilização

Durante a internação, o paciente recebe cuidados médicos e terapêuticos para estabilizar sua condição e garantir sua segurança. Isso pode incluir medicação, terapia individual ou em grupo, e outras intervenções conforme necessário.

Planejamento de alta

Uma vez que o paciente esteja estável e seguro, o psiquiatra e a equipe de saúde mental trabalham em conjunto com a família para desenvolver um plano de alta que inclui continuidade do tratamento e apoio para a transição de volta ao ambiente doméstico e escolar.

Terapia cognitivo-comportamental – TCC

Esta forma de terapia ajuda a criança ou adolescente a identificar e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos prejudiciais.

Terapia familiar

Envolvendo a família no processo terapêutico pode ajudar a melhorar a comunicação, resolver conflitos e fortalecer o apoio emocional.

Terapia de grupo

Participar de grupos terapêuticos com outros jovens que enfrentam desafios semelhantes pode fornecer suporte social e oportunidades para aprender habilidades de enfrentamento.

Terapias expressivas

Isso pode incluir arteterapia, musicoterapia ou terapia de jogo, que permitem que a criança ou adolescente se expressem de forma não verbal.

Prescrição por um médico

Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para ajudar a gerenciar os sintomas. A prescrição desses medicamentos é feita pelo médico psiquiatra, que monitora de perto os efeitos colaterais e a eficácia do tratamento.

Ajuste e monitoramento

O médico psiquiatra ajusta a dosagem e o tipo de medicamento conforme necessário, com base na resposta do paciente e na tolerância aos medicamentos. O monitoramento contínuo é essencial para garantir a segurança e eficácia do tratamento medicamentoso.

O tratamento para transtornos mentais infantojuvenis requer uma abordagem personalizada e colaborativa, envolvendo a participação ativa da criança ou adolescente, sua família e uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde mental.

Internação para pessoas com transtornos mentais

Em situações graves, em que a segurança da criança ou adolescente está em risco iminente ou quando os sintomas são tão debilitantes que interferem significativamente em sua capacidade de funcionar, a internação em um hospital psiquiátrico pode ser considerada. A internação geralmente é reservada para casos de crise aguda e é destinada a estabilizar a condição do paciente e fornecer um ambiente seguro e estruturado para avaliação e tratamento intensivos. No entanto, a internação é geralmente considerada como um último recurso e é preferível que o tratamento seja realizado no contexto ambulatorial sempre que possível, para promover a continuidade do cuidado e minimizar o impacto disruptivo na vida da criança ou adolescente.

Em suma, os transtornos mentais infantojuvenis são condições complexas que exigem uma abordagem holística e colaborativa que envolva profissionais de saúde mental, educadores, pais e cuidadores. Com uma intervenção adequada e oportuna, é possível ajudar crianças e adolescentes a enfrentar os desafios associados a esses transtornos e a desenvolver habilidades para uma vida saudável e produtiva.

Fale com o Hospital Santa Mônica

O Hospital Santa Mônica oferece todos os recursos da psiquiatria moderna aliada a uma equipe multidisciplinar preparada para tratar pacientes e promover o bem-estar. Somos o primeiro hospital psiquiátrico privado de São Paulo com Certificação ONA 3 – Acreditado com Excelência Ouro – que atesta os padrões da qualidade assistencial, a segurança do paciente e a excelência em gestão.

Terapias e atividades que complementam o tratamento psiquiátrico hospitalar

Terapia em grupo

Atuação de psicólogos e um grupo pacientes para trabalhar questões que envolvem a depressão, crise de ansiedade, transtorno do pânico, dependência de substâncias, dentre outras questões.

Hidroginástica

Supervisionada pela equipe de fisioterapeutas utiliza as propriedades da água como complemento das terapias convencionais. Os exercícios físicos são indicados como auxílio no tratamento de doenças mentais.

Alongamento e Yoga

Eficaz ao combinar exercícios de fisioterapia, específicos no tratamento de dores, em idosos e pessoas com déficits neurológicos como os causados por derrames.

Musicoterapia

Utiliza a música e os instrumentos musicais para reabilitação da saúde mental e física. Promove o relaxamento, melhora a comunicação, auxilia na expressão e integra os pensamentos, sentidos e emoções.

Dançaterapia

Atividade terapêutica muito utilizada para a reabilitação de pacientes. Explora, com bastante habilidade técnica, o uso da dança e a execução de movimentos como complemento das intervenções clínicas.

Terapia com cães

A terapia com cães têm sido amplamente utilizada como ponto de apoio emocional para melhorar a saúde e o bem-estar de pacientes, sobretudo de indivíduos que têm constantes crises depressivas ou de ansiedade.

Futebol, vôlei e basquete

Esportes beneficiam a mente e agem no cérebro das pessoas. Melhora o humor, aumenta a concentração, reduz o estresse e a depressão, melhora o sono, desenvolve a auto-confiança e liderança.

Pintura e artesanato

A pintura e artesanato potencializam e valorizam as formas singulares do processo de livre criação, elevação da autoestima, melhora do equilíbrio emocional e minimização dos efeitos negativos da doença mental.

Espiritualidade e emoções

A espiritualidade e controle emocional pode reduzir o estresse psicológico que provoca dor. Gera esperança, otimismo e resiliência. Pode ser grande aliada na manutenção da saúde mental e emocional.

Leitura

A pratica da leitura pode gerar benefícios cognitivos entre aqueles que mantém o hábito de ler regularmente. Ajuda a entender melhor o sentimento e emoções de outras pessoas e também melhora a capacidade de mudança no dia a dia.

Grupo de apoio familiar

Espaço onde os familiares de pacientes podem se reunir para compartilhar suas experiências de uma maneira que ajude a reduzir o isolamento e a solidão. Tem como objetivo esclarecer dúvidas sobre transtornos mentais.

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