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Dependência Química

O que é e o que fazer durante uma overdose?

O que é e o que fazer durante uma overdose?

O abuso de drogas provoca alterações no corpo e na mente de uma pessoa. As recreativas — aquelas usadas apenas com a finalidade de obter a sensação de prazer — geralmente atuam no sistema nervoso do indivíduo, e o consumo em excesso pode levar a óbito. Neste post, vamos esclarecer o que é overdose e explicar como ajudar pessoas nessa situação.

Antes de começarmos essa matéria, que contou com a orientação da dra. Luciana Mancini Bari, médica com foco em saúde mental, é preciso ter em mente que um dependente químico se encontra em condição de vulnerabilidade emocional ou social.

Ou seja, apenas inibir o consumo de drogas não será eficaz para promover uma recuperação definitiva. É preciso compreender o contexto em que vive o paciente e a existência de problemas camuflados pelo uso de drogas (transtornos mentais, por exemplo), a fim de buscar o tratamento adequado.

Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

O que é overdose?

Essa palavra vem do inglês e é usada para designar a exposição do organismo a uma dose excessiva de qualquer substância, seja ela uma droga recreativa ou não. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o consumo de drogas mata 200 mil pessoas por ano. A overdose de narcóticos ilegais é uma das principais causas desses óbitos.

Quando uma overdose ocorre, ela pode causar sintomas aparentes. Porém, as mais agressivas são capazes de provocar a falência de órgãos vitais — como coração e pulmão —, sendo essa a principal razão por trás das mortes entre dependentes químicos.

É importante dizer que, ao ser ingerida ou ministrada, uma substância química será decomposta pelo organismo até ser completamente metabolizada. Na maioria das vezes, o corpo tende a eliminar naturalmente o que sobrou dessa substância após absorver os seus nutrientes.

O problema é que o consumo excessivo de drogas causa uma sobrecarga ao corpo humano, fazendo com que ele não consiga processar esses compostos. Assim, as substâncias danosas chegam a regiões mais sensíveis do organismo com maior potencial para causar danos.

Quais são os sinais de que o nível de substâncias está no limite?

O uso de substâncias — para fins recreativos ou por motivos de saúde — está sempre sujeito a um limiar. Isso significa que, quando utilizadas em excesso, elas causam mais riscos do que benefícios.

Inicialmente, é fundamental frisar que o uso de substâncias, mesmo as recreativas, deve ser acompanhado por um médico. “Atualmente, contamos com uma medicina centrada no paciente, que evita julgamentos e busca adequar o tratamento ao estilo de vida individual”, afirma Dra. Luciana.

Por isso, muitos médicos já são treinados no que chamamos de redução de danos. Esse conceito se baseia na compreensão dos motivos que levam as pessoas a utilizar substâncias, visto que muitas não conseguem ou até mesmo não querem parar de consumir certas drogas.

A redução de danos, portanto, tem como objetivo reduzir os riscos relacionados ao uso de compostos considerados prejudiciais, de modo a evitar o desenvolvimento de doenças e minimizar impactos. Com essa abordagem, o indivíduo tem mais segurança e o devido suporte.

Alguns sinais, no entanto, indicam que o uso de substâncias já está no limite e que a busca por um profissional da área da saúde deve ser mais urgente. Entre eles, podemos citar:

  • redução da capacidade de realizar atividades do cotidiano;
  • perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
  • conflitos interpessoais com família, amigos e colegas;
  • tentativas frustradas de interromper o uso da substância;
  • necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito;
  • perda de apetite;
  • alterações no sono;
  • agitação ou irritabilidade crescentes ou fora do comum.

Como evitar uma overdose?

Os sinais que mencionamos servem de alerta para compreender que o uso de drogas pode estar no limite. Ao ultrapassá-lo, os riscos de uma overdose aumentam — daí a importância de ficar atento às mudanças comportamentais quando se usa qualquer substância.

De acordo com a Dra. Luciana, “a melhor maneira de evitar uma overdose é fazer um acompanhamento adequado com um médico capacitado na área, pois ele saberá indicar as dosagens seguras das substâncias e quais cuidados tomar.”

Se você ou alguém próximo já se encontra em um estado de risco para a overdose, o melhor a fazer é procurar ajuda. Lembre-se de que essa condição pode trazer sequelas irreversíveis e até mesmo ser letal. No caso da dependência química, é sempre melhor prevenir do que remediar.

Casos de uso regular de drogas exigem atenção porque eventuais pausas no consumo podem diminuir a tolerância do organismo em relação à substância. Nesse cenário, a chance de chegar a uma overdose, mesmo com pequenas porções do produto, aumenta.

Quais são os principais sintomas de uma overdose?

Problemas respiratórios e perda da consciência são os principais sintomas de uma overdose. No entanto, eles variam de acordo com o tipo de substância ingerida, a quantidade, a procedência da droga e a própria reação do organismo. Veja outros possíveis sinais de alerta:

  • excesso de sono;
  • confusão mental;
  • falta de força;
  • respiração acelerada;
  • sensação de sufocamento;
  • náusea e vômitos;
  • diminuição dos batimentos cardíacos;
  • lábios e extremidades com cor azulada;
  • roncos ou respiração com borbulhas;
  • desmaios;
  • pele fria.

O ideal diante desse quadro é procurar apoio médico especializado o mais rápido possível. Também é essencial evitar a ingestão de outras substâncias para combater os sintomas ou para fazer com que o organismo elimine a droga por meio de vômitos ou evacuação.

Lembre-se sempre: o tratamento adequado salva vidas e promove uma recuperação muito mais eficaz. É por isso que pessoas que fazem uso de qualquer substância também precisam buscar informações detalhadas sobre os possíveis efeitos e as consequências do consumo de drogas.

O que fazer ao identificar uma overdose?

Caso você ache que está tendo uma overdose, é fundamental procurar imediatamente um serviço de urgência e emergência. No Brasil, o mais utilizado para esse fim é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O número para discagem é o 192, e ele funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Dependendo da substância utilizada, é preferível aguardar a chegada da ambulância a procurar por conta própria um pronto atendimento. Lembre-se de que algumas drogas aumentam o risco de quedas, as quais pioram o quadro e levam a maiores complicações. Siga sempre as orientações do informante do telefone do SAMU.

Caso esteja presenciando uma overdose de outra pessoa, o protocolo é exatamente o mesmo: busque ajuda especializada e acione imediatamente o serviço de urgência e emergência. Se você não for um profissional da saúde ou não for treinado para primeiros socorros, evite mobilizar a vítima e siga atentamente os passos do informante ao telefone.

Enquanto aguarda auxílio, você pode tomar alguns cuidados para facilitar o trabalho dos profissionais assim que eles chegarem ao local. São eles: chamar a vítima pelo nome para tentar mantê-la acordada, bem como verificar se ela está consciente e respirando.

Jamais forneça bebidas e alimentos ou induza o vômito. Apenas mantenha a pessoa em uma posição confortável e acompanhe todos os sinais do corpo enquanto a equipe de socorro estiver a caminho. Aliás, se a droga estiver presente no local, você também deve apresentá-la aos profissionais da saúde para que eles saibam como proceder.

Quais são os impactos de sofrer uma overdose?

É importante frisar que a overdose não se apresenta de maneira única para todas as pessoas, tanto que as consequências podem ser diferentes em cada situação. “Geralmente, os sintomas e os impactos variam conforme a resposta do organismo e, principalmente, a substância utilizada”, completa Dra. Luciana.

No mundo, uma das principais causas de overdose é o uso de opioides, como a heroína ou a morfina. Seus sintomas incluem depressão cardiorrespiratória, que pode levar à redução da oxigenação dos tecidos e, consequentemente, à morte.

Aqui, embora os índices de uso dessas substâncias sejam muito menores, o risco ainda existe. Alguns medicamentos, especialmente aqueles indicados para o controle da dor, também pertencem ao grupo dos opioides.

No Brasil, as principais intoxicações estão relacionadas ao uso de álcool, cocaína e benzodiazepínicos, como o clonazepam (ou mais de uma substância). O álcool pode levar, em última instância, ao quadro conhecido como coma alcoólico, em que a pessoa perde a consciência e corre o risco de apresentar vômitos e convulsões. A overdose de benzodiazepínicos é similar, com redução do nível de consciência e sonolência excessiva.

A cocaína é ainda mais perigosa: por ser um estimulante, ela tende a causar um aumento na demanda do coração e da pressão arterial. Nos casos extremos, isso leva a uma parada cardíaca ou a lesões devido à hipertensão, como derrames cerebrais ou hemorragias.

Também é importante mencionar que a overdose, independentemente da droga utilizada, é uma causa frequente de hospitalizações. Estas, por si só, são fatores de risco para infecções hospitalares, intubações, necessidade de procedimentos e outros riscos. Em alguns casos (como na falta de oxigenação cerebral por muito tempo), pode haver sequelas irreversíveis.

O que fazer para abandonar a dependência das drogas?

Precisamos esclarecer que o tratamento de uma pessoa que abusa de substâncias químicas não é fácil. É necessário tempo para desintoxicar o corpo e deixar que ele elimine esses compostos. Também não é raro esse tipo de tratamento exigir acompanhamento psicológico.

O primeiro passo para abandonar a dependência das drogas é o reconhecimento do problema. Ou seja, a pessoa que sofre da condição precisa aceitar que existe um dano a ser combatido. Essa consciência é crucial para que outras etapas importantes sejam executadas: a busca por apoio e suporte especializado.

É importante dizer que, quanto mais o paciente espera para procurar um tratamento, mais difícil e longo tende a ser o seu processo de recuperação. Dependendo do estágio da dependência química, é necessário fazer a desintoxicação do organismo e até recorrer à internação para evitar maiores danos, incluindo a overdose.

Qual é a importância do tratamento e da desintoxicação de drogas?

É fundamental que quem faz uso de qualquer substância saiba que existe tratamento para a dependência química — e que existem locais especializados, prontos para oferecer suporte.

Nos centros especializados em tratamento e desintoxicação de drogas, diversas técnicas são utilizadas para livrar o indivíduo da dependência. Entre elas estão o uso de medicamentos, as terapias individuais e as práticas em grupo. Além disso, é nesses locais que você garante que terá o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.

Se você estiver passando por um período de dependência de substâncias, é fundamental procurar um profissional capacitado e evitar um desfecho que pode ser fatal. Quando se trata de riscos como a overdose, todo cuidado é bem-vindo para recuperar a saúde e buscar mais qualidade de vida.

Como o Hospital Santa Mônica pode ajudar?

O Hospital Santa Mônica dispõe de uma equipe especializada em saúde mental com foco em dependência química. Atuando há mais de 55 anos, nossa instituição mantém um histórico de excelência no tratamento de transtornos psiquiátricos e está localizada a apenas 10 km de São Paulo.

Como dito, o primeiro passo para abandonar a dependência é a própria pessoa reconhecer o seu problema. Depois, com muito cuidado, paciência e diálogo aberto, é possível combinar abordagens de diversos profissionais para ajudar o dependente químico e promover uma recuperação eficaz.

Em nosso hospital, você encontrará médicos de todas as áreas para obter diagnósticos precisos, a partir de avaliações cuidadosas que consideram diferentes aspectos. Entre as etapas desse processo, podemos destacar:

  • aplicação de testes e questionários;
  • elaboração de critérios diagnósticos;
  • realização de exames físicos e laboratoriais;
  • análise do impacto funcional;
  • avaliação da disposição para mudança.

O Hospital Santa Mônica conta com diversos programas de tratamento e recuperação para auxiliar pessoas em caso de abuso de substâncias. Eles ocorrem em regime de internação ou ambulatório e se baseiam no tipo de componente que causou a dependência química.

Nossas abordagens englobam tratamento com médico psiquiatra, internação (voluntária ou involuntária), terapias e uso de medicamentos. As terapias incluem grupos de apoio e a presença de familiares, para que o paciente saiba que estará sempre rodeado de pessoas que se importam com o seu bem-estar.

Gostou deste conteúdo? Se você tem qualquer dúvida sobre overdose ou está buscando tratamento, não perca tempo: entre em contato conosco e marque uma consulta com um dos hospitais de maior referência no assunto! Estamos prontos para acolher cada caso da melhor maneira possível.

14 Comentários em “O que é e o que fazer durante uma overdose?”

  • Silvia Borin

    diz:

    Está no começo do vício.
    Preciso urgente de ajuda

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá Silvia, você está fazendo tratamento? o ideal é procurar um psiquiatra especializado em dependência química e seguir o tratamento, ficamos à disposição, abraço

      Responder

  • preciso de ajuda urgente tô tendo uma overdose já mais de 20 minutos muito estranha sintomas foi 1 grama de escama de 94% de pureza usada em duas vezes em intervalo de 15 minutos de uma dose pra outra e já usei muito mais de uma vez e nunca aconteceu igual

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá Dexter overdose, você precisa ir para um hospital geral na hora para tirá-lo do quadro e depois ser internado em um hospital psiquiátrico para tratamento da dependência química. Ficamos à disposição 11 99534-4287

      Responder

  • Tatiane

    diz:

    Se eu estou presenciando uma overdose e sou da área da saúde. Como devo proceder?

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá Tatiane, liga para o SAMU urgente, eles te orientam no telefone

      Responder

  • Carmem

    diz:

    Olá boa noite. tenho um filho usuário de drogas…. gostaria de saber se esse hospital Santa Monica é gratuito? Ou só para ricos?….

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá Carmen, atendemos particular e convênio, mas não somos credenciados ao SUS, se pudermos ajudar, seguem nossos contatos (011) 98657-4262
      (011) 99534-4287

      Responder

  • Juliana

    diz:

    Meu filho fez uso de alguma substância que o deixou alterado, já faz mais de quatro horas que não para de falar e maltratar as pessoas em especial eu que sou mãe, ele não dorme, o que eu posso fazer ?

    Responder

    • Mônica

      diz:

      olá Juliana, diante da crise, a melhor condução é chamar uma ambulância especializada e transferí-lo para um hospital psiquiátrico, seguem os nossos contatos (011) 99667-7454/(011) 99534-4287

      Responder

  • Vinyshelby

    diz:

    Tive um começo de overdose essa madrugada sentir o coração acelerado no máximo como nunca havia sentido antes de uma falta de ar mas não me deixei ir, eu orei muito a Deus e acreditei que já havia sido curado e estou aqui agora a noite falando sobre isso e com uma única certeza droga nenhuma faz nenhum bem, acreditem nisso.

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá Vinyshelby, o ideal seria você se internar para uma desintoxicação antes que o pior aconteça, seguem nossos contatos (011) 99667-7454
      (011) 99534-4287

      Responder

  • Gabriel

    diz:

    Tive uma overdose a quase um ano atrás, mais foi de Maconha bom o médico disse que tive overdose fiquei meio pensativo pois n pensava que poderia ter overdose de maconha os sintomas foram, alucinações, falta de ar, batimentos cardíacos acelerados, eu bebia água e a vontade n passava junto com boca seca, pânico e muito mais, e depois de 1 ano quase eu ainda tenho sequelas como perdi um pouco da minha sensibilidade a dor em alguns lugares específicos como coluna e etc, queria saber se tem algum remédio ou tratamento para isso, ou isso se recuperar com um tempo?

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá Gabriel, o ideal seria passar por uma avaliação com um psiquiatra especializado em dependência química que ele irá indicar qual é o melhor tratamento e entender se mesmo depois do que você passou se ainda está consumindo a droga.. abraço

      Responder

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