Lidar com um dependente químico é uma questão que gera insegurança, especialmente para quem nunca teve contato com pessoas com esse tipo de problema. No entanto, existem algumas maneiras de identificar a dependência e facilitar a interação. O mais importante, porém, é o desejo genuíno de ajudar.
Uma pessoa que tem um vício toma atitudes por vezes irracionais. Assim, é necessário paciência e compreensão para evitar o atrito, principalmente em momentos críticos.
A seguir, veremos algumas das formas pelas quais é possível identificar um dependente químico e iniciar uma aproximação, de modo a facilitar o tratamento e afastá-lo do vício.
Vale lembrar que buscar ajuda médica é muito importante, pois só com um diagnóstico preciso será possível fazer o tratamento adequado. E quanto mais rápida for essa detecção, mais eficiente será a recuperação.
Identifique a dependência química
Mudanças de comportamento repentinas, agressividade, introspecção ou mesmo sinais físicos podem ser um indicativo de dependência química.
É preciso observar o comportamento da pessoa e compreender se há alguma situação que serve como gatilho: pode ser alguma decepção ou insatisfação pessoal, profissional ou emocional.
Além disso, também é preciso manter-se aberto ao diálogo. Uma pessoa que tem um vício geralmente enfrenta problemas emocionais.
Ela precisa saber que está segura e pode ficar à vontade para compartilhar suas dores. Momentos de irritação e de embate podem piorar ainda mais a situação.
Deixe clara a sua intenção de ajudar a pessoa e sua preocupação com seu bem-estar. É mais fácil tratar de um vício quando o dependente se mostra aberto à conversa. Essa abertura só pode ser conquistada por meio do diálogo.
Crie um plano de ação
Observação é fundamental para saber o que se passa com uma pessoa. Muitas vezes, a dependência química pode ser apenas um reflexo externo de um problema maior.
Saber o que, de fato, está afligindo a pessoa é essencial para buscar o tratamento adequado e evitar o sofrimento de uma ação equivocada para combater o problema.
Confusão mental, fala arrastada, olhos caídos ou brilhantes, marcas pelo corpo e sede podem ser alguns dos sinais dessa dependência. Mas apontar e condenar esse comportamento são atitudes que só fazem agravar o problema.
Procure saber os momentos em que a pessoa se encontra sob efeitos de substâncias químicas e compare seu comportamento com outros em que, aparentemente, ela está lúcida.
Acompanhe a rotina da pessoa, observe seus horários de saída e chegada e busque compreender padrões. Assim, será possível saber com mais precisão quais situações servem como gatilhos para a dependência.
Seja firme em seu posicionamento
Mostre para a pessoa que você está aberto ao diálogo e que quer ajudá-la. Aos poucos, busque convencê-la da importância de se tratar e eliminar o vício para ter uma vida mais saudável e plena.
Deixe clara a sua intenção de ajudar a pessoa e a sua preocupação com o seu bem-estar. É mais fácil tratar de um vício quando o dependente se mostra aberto à conversa. Essa abertura, só pode ser conquistada por meio do diálogo.
Discuta e imponha limites, mas sem ser agressivo. Essa é uma estratégia para dar um exemplo de como um dependente químico pode fazer o mesmo em relação às suas questões.
Esteja preparado para situações mais extremas, como a internação, por exemplo. Mas sempre mostre amor e empatia para não agravar o problema. Faça a pessoa entender sua preocupação e a importância de abandonar o vício para ter uma vida melhor.
Não se esqueça de buscar ajuda profissional para ter a solução mais efetiva para o problema. Um diagnóstico adequado permite agir de forma rápida e eficiente para ajudar um dependente químico a se libertar de seu vício. Fale com o Hospital Santa Mônica e busque ajuda!