O consumo regular de uma droga, sozinho, já causa danos à saúde. Frequentemente, além disso, o aumento da tolerância do usuário a ela e a necessidade de atingir as sensações proporcionadas, sejam de euforia, sono ou alucinação, por exemplo, faz com que muitas pessoas passem a recorrer também a outras drogas. Assim, então, se inicia a dependência cruzada.
Um caso comum é o provocado pelo consumo de álcool. No Brasil, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, 36% da população declara beber álcool regularmente, mais de uma vez durante a semana. A partir dele, há usuários que, motivados pelo próprio ambiente, procurem também experimentar anfetaminas, heroína, maconha…
A dependência cruzada, como toda aquela relacionada a drogas, é extremamente prejudicial para a saúde e para a vida do paciente. Continue a leitura de nosso artigo abaixo e entenda quais são alguns dos riscos que ela acarreta.
Afastamento social
A dependência química tem a capacidade destrutiva de alterar os sentimentos e as ações dos dependentes, fazendo com que se afastem ou sejam afastados daqueles de seu convívio.
Em um ambiente familiar, por exemplo, comportamentos violentos e depressivos podem resultar em brigas que tornem o contexto ainda mais delicado. Na situação de dependência cruzada, os problemas são potencializados, já que agem os efeitos colaterais de duas ou mais drogas.
Depressão
O uso de drogas combinadas promove alterações danosas no sistema nervoso que podem tanto piorar quanto contribuir para o desenvolvimento de um quadro depressivo, especialmente em pessoas que já tenham predisposição genética.
Maconha, LSD, cocaína e álcool têm a capacidade de influenciar receptores de neurotransmissor de serotonina do cérebro. Assim, o corpo é levado a graves transtornos de humor, como a depressão.
Problemas no trabalho
O uso frequente de entorpecentes, combinados, além do afastamento social citado, afeta a produtividade e gera uma grande dificuldade de o indivíduo se concentrar em suas tarefas.
Assim, uma simples atividade da rotina de trabalho se torna uma tarefa complexa, na qual há grandes chances de falha. As drogas, afinal, levam a sintomas como confusão, desinteresse, irritabilidade e ansiedade.
Risco de overdose
Misturar entorpecentes faz com que o organismo receba uma alta quantidade de ingredientes maléficos a seu funcionamento. Hoje, por exemplo, o crack tem sido uma das drogas mais comuns em casos de dependência cruzada.
Barata e perigosa, a fórmula reúne cocaína, bicarbonato de sódio e amônia, em quantidades variáveis, além de outras substâncias adicionadas para aumentar seu volume que podem comprometer a capacidade órgãos como pulmão e rins, levando a uma overdose em pouco tempo.
A dependência cruzada, enfim, seja para suprir a abstinência de outra droga ou para amenizar efeitos colaterais da resistência desenvolvida por aquela de que o usuário já faz uso, é perigosa, mas pode ser tratada. Para isso, uma instituição psiquiátrica especializada, como o Hospital Santa Mônica, trabalha com equipe multidisciplinar apta a reabilitar o dependente químico e proporcionar a ele renovação de bem-estar.
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