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Saúde Mental

Esquizofrenia: quando o paciente deve ser internado?

Em diferentes cenários de transtornos mentais, é preciso contar com o suporte adequado. A internação na esquizofrenia pode ser uma boa alternativa para pacientes em casos mais graves, que podem até causar episódios de violência contra si mesmo e os outros.

Esse conhecimento é especialmente importante devido à quantidade de casos de esquizofrenia presente no Brasil e no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são 21 milhões de pessoas com essa condição ao redor do globo. Só no Brasil, são dois milhões de pacientes.

Então, como amenizar essa condição? O primeiro passo é saber que, apesar de não ter cura, a internação para pessoas com esquizofrenia pode trazer mais qualidade de vida. Por isso, o psiquiatra Dr. Guilherme Shirakawa, coordenador de práticas médicas do Hospital Santa Mônica, irá explicar melhor como isso acontece. Continue lendo!

O que é a esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno mental que gera uma desconexão com a realidade. Ou seja, a pessoa passa a ter pensamentos e experiências que não estão presentes, tendo sua capacidade de pensar, comportar-se e sentir totalmente afetada.

Esse distúrbio impacta tanto homens quanto mulheres e sua causa ainda é desconhecida. Acredita-se que pode ter relação com fatores genéticos e ambientais, e alterações cerebrais. No entanto, os cientistas ainda tentam encontrar uma resposta clara.

De toda forma, a pessoa passa a passar por surtos, em que tem dificuldade de distinguir o que é real daquilo que é delírio e alucinação. Com isso, começa a se isolar e pode até se tornar violenta.

Quais são os sintomas da esquizofrenia?

Os principais sintomas da esquizofrenia são os delírios — pensamento de perseguição e monitoramento por parte de outras pessoas — e as alucinações —por exemplo, ouvir vozes e enxergar vultos, sentir cheiros estranhos, acreditar que alguém está tocando sua pele etc. No entanto, muitos outros podem surgir, como:

  • mudanças de comportamento;
  • apatia;
  • pensamentos insistentes de coisas que são irreais;
  • déficit de memória e atenção;
  • dificuldade na realização de atividades simples;
  • perda de iniciativa;
  • problemas na fluência da fala;
  • incapacidade de reagir diante de situações tristes ou felizes;
  • pouca vontade de estudar, trabalhar ou interagir com os outros.

Vale a pena destacar que os primeiros sintomas começam com uma apatia simples entre o final da adolescência e o início da vida adulta. Ou seja, geralmente, entre os 18 e os 30 anos. Com o tempo, a pessoa vai se isolando e deixando suas atividades rotineiras de lado.

Além disso, as reações começam a ficar desajustadas e estranhas, porque o paciente deixa de ter reações diante de situações tristes ou felizes. Aos poucos, começa-se a acreditar que algo está prejudicando sua vida. Nesse momento, surgem os delírios e as alucinações.

Ainda assim, existem diferentes tipos de esquizofrenia. Portanto, os sintomas podem variar, o que exige uma análise médica adequada.

Como funciona a internação para esquizofrenia?

A internação para esquizofrenia exige um diagnóstico correto, realizado por um médico psiquiatra. Além disso, o profissional deve perceber a necessidade de fazer essa solicitação, já que alguns casos podem ser tratados de forma diferente.

Em relação à internação, é preciso destacar que existem três possibilidades. Elas são:

  • internação voluntária: a pessoa concorda com o procedimento e assina um termo de consentimento;
  • internação involuntária: o paciente é deixado na instituição psiquiátrica à sua revelia. Ou seja, um terceiro solicita essa medida e o Ministério Público é comunicado no prazo de 72 horas;
  • internação compulsória: ocorre somente por determinação judicial. Por isso, é mais raro de acontecer.

Os modelos voluntário e involuntário são definidos pelo médico, que vai avaliar o estado mental do paciente, se ele oferece risco a si mesmo e aos outros, e mais. Nesse sentido, a análise do profissional de saúde é fundamental para garantir a integridade física de quem tem esquizofrenia e de sua família.

Por isso, costuma ser observada a existência de três tipos de risco. Eles são:

  • risco iminente à vida: é a situação em que a pessoa é violentada consigo mesma ou terceiros. Por exemplo, não aceita consumir alimentos ou líquidos, ameaça incendiar a casa, autoagride-se, tenta suicídio etc.;
  • risco social: contempla situações de ameaça à vida ou à integridade física por falta de controle comportamental ou autocrítica. É o caso de frequentar locais violentos, fugir de casa de forma repetitiva, entrar em brigas na rua, ser promíscuo etc.;
  • risco à saúde: indica os casos em que o adiamento do tratamento gera mais consequências negativas, prejudicando a recuperação posterior.

Quando a internação é necessária?

De modo geral, a internação na esquizofrenia é necessária somente em casos graves. Em um primeiro momento, costuma-se adotar outra abordagem. No entanto, pacientes em surto psicótico e que não respondem de forma adequada ao tratamento farmacológico precisam da vigilância contínua.

Ou seja, esse é o ponto-chave para definir a internação. Afinal, quando é necessário adotar uma postura de monitoramento frequente, há um sinal claro de que o paciente se coloca a si mesmo e aos outros em risco.

Qual o quadro grave da esquizofrenia?

O quadro grave de esquizofrenia costuma ser caracterizado por muitas alucinações e delírios, o que aumenta os outros sintomas, como o isolamento social e a violência. Dessa forma, há mais risco ao paciente e a seus familiares, o que exige a internação.

Portanto, é preciso apresentar sintomas psicóticos aliados a algum tipo de risco. Dessa forma, o paciente fica em um local adequado, com uma equipe estruturada e capaz de auxiliar nos momentos de crise.

Isso também aumenta a chance de seguir o tratamento adequado. Assim, os resultados da internação permanecem por um tempo maior.

Como é o tratamento no Hospital Santa Mônica?

A internação para esquizofrenia no Hospital Santa Mônica é voltada para um cuidado humano e holístico, a fim de aumentar a qualidade de vida do paciente. Por isso, são adotadas terapias em conjunto com o tratamento médico e medicamentoso.

As intervenções psicossociais incluem terapia individual, familiar, em grupo e cognitiva. Assim, tanto o paciente quanto as pessoas próximas recebem o cuidado adequado. Ainda há:

  • treinamento de habilidades sociais;
  • reabilitação profissional e neuropsicológica;
  • psicoeducação.

O médico psiquiatra também verificará a necessidade de ministrar medicamentos. Entre os principais estão os antipsicóticos e antitremores.

Tudo isso é feito por profissionais de saúde experientes. A internação para esquizofrenia conta com o auxílio de psiquiatra, nutrólogo, psicólogos, terapeutas e outros. Dessa forma, o paciente começa a ter mais qualidade de vida, vendo que é possível controlar o transtorno psiquiátrico, apesar de ele não ter cura.

Está precisando desse suporte necessário? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica e entenda como nossa equipe pode ajudar o paciente a ter uma vida melhor.

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