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Depressão endógena: entenda o que é e quais são os sintomas

É indiscutível que a depressão afeta significativamente a vida das pessoas. Por isso, é fundamental que se tenha conhecimento sobre os seus diversos tipos, como a depressão endógena.

Neste texto, explicaremos o que é essa doença, quais são as suas causas, sintomas e tratamentos. A partir disso, você poderá identificar se tem ou não os sinais e tomar as medidas necessárias para enfrentar a condição. Então, comecemos!

O que é depressão endógena?

A depressão é um transtorno que pode se dividir em duas categorias principais: endógena e reativa. A depressão endógena é caracterizada por uma tristeza profunda, apatia e desesperança, mas não está necessariamente relacionada a alguma situação externa.

Ela se deve a fatores internos, como alterações bioquímicas no cérebro. Por outro lado, a depressão reativa tem uma ligação direta com um evento externo que desencadeou o transtorno. Portanto, é bom atentar aos sinais de depressão para identificar quando algo não está certo e buscar ajuda profissional.

Muitas vezes as pessoas acreditam que o transtorno só pode ser causado por situações difíceis ou traumáticas, mas isso nem sempre é verdade. Por isso, observar as mudanças de humor é essencial para saber quando procurar auxílio médico.

Quais são as causas?

A depressão endógena é causada por algo que está errado no organismo, sendo, geralmente, originada por mudanças estruturais na bioquímica do cérebro. E tais alterações podem ser hereditárias ou não.

Uma das principais causas dessa doença é o desequilíbrio da serotonina — neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar que leva a pessoa a sentir tristeza e a perder o interesse nas atividades diárias. Assim, ela necessita de assistência terapêutica e medicamentosa para regular os níveis desse neurotransmissor.

Quais são os sintomas da doença?

Eles incluem tristeza e ansiedade, alterações no sono, perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas, fadiga, dificuldade para tomar decisões e concentração, pensamentos negativos ou sentimentos de culpa.

Se você sentir qualquer um desses sintomas por mais de duas semanas, procure ajuda profissional imediatamente. No entanto, lembre-se de que eles não significam que você esteja em depressão. Pode ser apenas uma tristeza passageira. Daí a relevância de entender melhor alguns dos sintomas.

Ansiedade

A ansiedade é uma das características da depressão, prima pela preocupação exagerada com questões que não têm ameaça mensurável. Isso leva a uma série de sintomas, tanto mentais quanto físicos.

Esses incluem inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, tensão muscular, irritabilidade e perturbações do sono. Também pode haver sintomas físicos como coração acelerado, falta de ar e suor excessivo. Pode afetar o indivíduo de diversas maneiras, dificultando o desempenho de atividades cotidianas como sair com os amigos, planejar o futuro ou trabalhar.

Tristeza profunda e choro excessivo 

Como há um desequilíbrio bioquímico no cérebro que impede a pessoa de sentir alegria e satisfação, isso pode levar à tristeza profunda, baixa autoestima e crises de choro. Uma vez que a depressão endógena é fisiológica, as pessoas se sentem sem esperança e incapazes de sair deste estado.

Falta de vontade de realizar atividades comuns 

A doença leva ao abandono de atividades que costumavam trazer prazer. A falta de motivação e o desaparecimento da sensação de bem-estar tornam o indivíduo incapaz de realizar tarefas comuns. Por isso, as pessoas com depressão podem começar a se isolar e negligenciar atividades como fazer exercícios, organizar a casa, sair com amigos, entre outras.

Alteração no peso

Nesse caso, é comum que haja uma alteração no seu padrão alimentar. Isso pode ser manifestado por meio de uma redução drástica no consumo de alimentos ou, ao contrário, um aumento significativo. Essas mudanças resultam em uma variação considerável no peso corporal, tanto para quem perde quanto para quem ganha mais peso.

Isolamento social

Existe a perda de interesse em se reunir com aqueles que amamos. A vontade existe em alguns casos, mas o medo de algo ruim acontecer ou outros sintomas ansiosos impossibilitam para a pessoa realizar esses encontros. Por exemplo, quando se considera sair de casa para encontrar alguém, ocorrem sentimentos como medo irracional, respiração ofegante, falta de ar e tensão muscular.

Apatia

A depressão pode fazer com que a pessoa se sinta desconectada dos outros e das coisas que costumavam interessar. Por exemplo, perder o interesse por atividades que antes traziam alegria e satisfação, como sair com amigos, trabalhar ou mesmo praticar atividades de lazer. Assim, surgem sentimentos de solidão e isolamento, dificultando estabelecer conexões com os outros.

Quais são suas características e o que deve ser observado?

Existem diferenças significativas entre a depressão endógena e a reativa. A depressão endógena é caracterizada por sintomas mais graves, como sentimentos de tristeza intensos e intrusivos, pensamentos suicidas frequentes e incapacidade de sentir prazer.

Já na depressão reativa os sintomas tendem a ser menos graves e estão mais relacionados às circunstâncias externas, como ansiedade, irritabilidade e raiva. Os pensamentos suicidas também são menos frequentes. Logo, as pessoas precisam identificar quais dos dois tipos de depressão estão enfrentando para poderem buscar o tratamento adequado.

Como é o tratamento para depressão endógena?

A depressão endógena é um transtorno mental que pode gerar complicações graves, sendo válido buscar ajuda profissional rapidamente. O tratamento para essa doença inclui o auxílio de especialistas, como psiquiatras e psicólogos, que prescrevem medicamentos e/ou técnicas de terapia comportamental.

O apoio dos amigos e familiares também é fundamental para incentivar o paciente às orientações médicas. Com todos esses cuidados, a maioria dos casos tem chances de cura. Além disso, há outros complementos, veja!

Meditação

Atualmente, a meditação mindfulness é uma prática mais difundida no Ocidente. A técnica consiste em um momento de conexão com o momento presente, desenvolvendo a consciência da pessoa sobre suas dificuldades e problemas.

Ao longo do processo, há uma expansão da consciência que auxilia na cura e na melhora da qualidade de vida. Ela não se liga a nenhuma religião específica e pode ser praticada por qualquer pessoa.

Mudança de estilo de vida

Para tratar a depressão endógena, é correto adotar algumas medidas. Uma boa dieta deve ser seguida, com acompanhamento de um nutricionista, além de descansar e praticar atividades físicas regularmente (pelo menos, 150 minutos por semana). Além disso, é necessário gerenciar o estresse e ansiedade, reservando momentos para lazer.

Entender a depressão e seus diversos tipos é essencial para reconhecê-la tanto em si quanto nas pessoas próximas. A falta de informação é um dos maiores problemas no que diz respeito à saúde mental. Então, caso você perceba os sintomas de depressão endógena, não hesite em buscar ajuda profissional e iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Para ampliar seu conhecimento sobre o assunto, conheça também o que é depressão psicótica: principais sintomas e tratamento.

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