Ana Paula estava angustiada quando amanheceu, mais uma vez ela não tinha conseguido dormir durante a noite. Deitada em sua cama ela não conseguia conter o sentimento de tristeza, não conseguia se concentrar em nada e só pensava que sua vida já não tinha mais sentido.
Diagnosticada com depressão desde os 23 anos, Ana Paula Lima da Silva, agora com 37 anos, é um exemplo de força de vontade e amor-próprio. Em agosto de 2018 ela decidiu ir contra todos os seus medos e se internar no Hospital Santa Mônica.
Agora mais de um ano depois da sua internação para depressão ela nos conta como o Hospital Santa Mônica foi fundamental para ela recuperar a sua vontade de viver. Continue a leitura e conheça a história de Ana Paula.
O medo, o sentimento e a depressão
Sem dormir, com dores pelo corpo inteiro e com uma sensação de desesperança, Ana Paula não tinha vontade de sair da cama. Ela não conseguia se concentrar nem nas tarefas mais rotineiras do seu a dia, não tinha vontade de arrumar a casa e nem sair para qualquer lugar. Já não sentia mais fome e, por isso não se alimentava já fazia dias.
O sentimento de tristeza era cada vez maior, com frequência pensava em se matar para acabar com todo aquele sofrimento. No entanto, o barulho das crianças acordando a trouxe de volta para realidade, não podia deixar os seus quatro filhos, apesar de a mais velha já ser bem responsável, as crianças ainda precisavam dela.
Ao levantar da cama e encontrar com seus filhos, Ana Paula percebeu que não conseguiria sair daquela situação sozinha, ela precisava de ajuda. “Quando eu decidi que eu precisava de internação para depressão, comecei a pesquisar os hospitais que o meu convênio cobria. Eu pesquisei no Google e encontrei o Hospital Santa Mônica, pelo site deles eu vi todas as informações, vi outros depoimentos e decidi entrar em contato”, declara Ana Paula.
No entanto, o medo de como seria deixar Ana Paula internada assustou toda a sua família, “minha filha chorou muito, ela não aceitava que eu fosse para um hospital psiquiátrico, falava que era um lugar de gente louca. Mas depois conforme ela foi vendo que as minhas crises aumentavam, ela mesma chegou e me propôs que eu me internasse”, conta a paciente.
A internação para depressão é uma decisão difícil para família, que pode se sentir assustada e triste por não conseguir ajudar o seu ente querido. Entretanto, em estágios mais avançados, ela pode ser uma questão de vida ou morte, uma vez que como exposto por Ana Paula, durante as crises é comum ter pensamentos suicidas.
A chegada ao Hospital Santa Mônica e o tratamento
Quando chegou ao Hospital Santa Mônica, Ana Paula caminhava a passos lentos, andando torta devido às dores pelo corpo. Ela esboçava no rosto o estresse e o cansaço de uma mulher que já não dormia há dias.
“Eu estava muito assustada, porque a imagem que a gente constrói na nossa mente de um hospital psiquiátrico é dos piores, né? E como era minha primeira internação eu estava com um pouco de medo, mas eu estava realmente precisando, então eu fui”, lembra Ana Paula.
Ao chegar no Hospital Santa Mônica, Ana Paula se registrou e foi atendida por um médico, “ele fez a minha internação, me medicou e na minha primeira noite no hospital eu já me senti muito bem e acolhida. Os enfermeiros vieram falar comigo, me deram os parabéns por buscar tratamento”, conta com um sorriso no rosto.
Ter consciência da sua situação e dos problemas com os quais está convivendo, além de sofrer pelos sintomas da depressão, que impactam a vida, autoestima no trabalho e, principalmente, relacionamentos, é um passo muito grande na busca pelo tratamento.
A internação para depressão voluntária coloca o paciente em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar pelo seu bem-estar e auxiliá-lo no seu tratamento, buscando reabilitá-lo para que possa voltar a conviver bem consigo mesmo e com aqueles que ama.
Depois de ter sua primeira noite de sono, Ana Paula percebeu que a internação era realmente o que ela precisava, “na hora que eu acordei, eu falei assim ‘a melhor coisa foi eu ter me internado’, foi a maior prova de amor que eu fiz por mim, porque o estado em que eu me encontrava, se eu não me internasse eu ia acabar me matando”, desabafa Ana Paula.
No Hospital Santa Mônica, Ana Paula recebeu apoio e cuidados essenciais para a sua saúde mental. A terapia cognitiva, a ajudou a substituir os pensamentos negativos e distorcidos por pensamentos positivos e precisos. Além disso, as palestras e grupos de apoio mostraram para ela que não estava sozinha.
“Nas primeiras palestras que eu participei, eu chorava muito, eu estava muito abatida, mas logo eu fui me soltando, conversando e interagindo com os outros pacientes. Também participei de algumas atividades lá dentro, como oficina de crochê, de desenho. Foi muito bom”, declara Ana Paula.
As oficinas com atividades recreativas ajudam os pacientes a retomarem o gosto pela vida. Além disso, por meio dessas oficinas os pacientes entendem a importância de fazer coisas alegres, novas amizades e o que gostam. Em uma perspectiva psicológica, o diálogo é o principal elemento de intervenção.
“A melhor coisa que me aconteceu no hospital foi que eu fiz amizades, eu sou um pouco antissocial. Mas no hospital fiz amizades e agora eu tenho umas coleguinhas para ficar conversando, elas têm o mesmo problema que eu, então a gente troca experiências”, declara Ana Paula.
Outra modalidade do tratamento oferecido pelo Hospital Santa Mônica são os grupos de apoio. Eles são uma oportunidade para que os pacientes entrem em contato com novas pessoas, principalmente que estão passando por situações parecidas com as deles e que podem ajudá-lo a entender melhores seus sentimentos.
O gosto pela vida e o começo de uma nova vida
A depressão é a ansiedade são doenças que têm tratamento e com acompanhamento médico é possível ter uma vida normal. Foi isso que Ana Paula entendeu depois de ficar um mês internada no Hospital Santa Mônica. Com apoio da equipe médica, ela percebeu que poderia buscar forças nas pequenas conquistas do seu dia a dia para combater os sintomas depressivos.
Durante o período em que ficou internada, Ana Paula descobriu-se amada e muito querida por seus familiares, “eu recebi a visita dos meus filhos, das minhas irmãs, foi muito bom, eu me senti bastante amada”, conta feliz.
Quando chegou a hora de se despedir do hospital, Ana Paula diz que sentiu um pouco de medo de como seria sua vida do lado de fora, “não seria mais igual ao hospital que eu estava sendo cuidada o tempo inteiro, protegida. Aqui fora eu não teria essa proteção, eu me senti um pouco insegura. Mas eu sai com muita vontade de viver, que quando eu entrei eu não tinha essa vontade. Não penso mais suicídio, só em seguir em frente”, declara.
Ana Paula segue fazendo o seu tratamento e tomando as medicações que foram prescritas no começo do seu tratamento. Entretanto, ela recuperou o gosto pela vida, voltou a estudar e tem planos. “Não é fácil, a gente pede muito força para Deus, mas eu estou seguindo em frente, meu objetivo é arrumar um emprego, passar no concurso público, cuidar da minha casa, dos meus filhos e de mim, principalmente”.
A depressão é uma doença comum, não é sinal de loucura ou de frescura. Por isso, se você anda desanimado, tristonho e pensando que a vida não tem mais sentido, faça como a Ana Paula, procure uma assistência médica. Quanto antes você ter um diagnóstico melhor será seu tratamento, internação para depressão e mais rápido sua vida entrará nos eixos outra vez.
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