Desde os primeiros anos escolares, um dos principais aprendizados é sobre o ciclo natural da vida: os seres humanos nascem, crescem, reproduzem e morrem. Contudo, alguns aspectos ligados à tanatofobia — o medo excessivo da morte — exigem atenção profissional especializada, principalmente quando afetam a saúde mental.
Ainda que a morte seja um tema bastante discutido, esse tipo de fobia é frequente e influencia o desenvolvimento de diferentes quadros depressivos. Além disso, se não for adequadamente tratado, o medo da morte pode desencadear outras complicações emocionais.
Nesse contexto, vamos apontar os principais sintomas da tanatofobia e explicar quando é necessário buscar ajuda para reduzir os seus impactos sobre a qualidade de vida. Confira!
O que é tanatofobia?
O conceito de tanatofobia é definido pelo medo extremo da morte. O termo vem do grego: “thanato” significa morte e “phobos” está relacionado a temer ou ter medo. Mesmo diante da plena consciência de que todos morrerão um dia, esse pensamento ainda é considerado desagradável para muitas pessoas.
Para quem enfrenta o dilema da tanatofobia, há uma preocupação obsessiva sobre essa ideia. O indivíduo fica assustado e se estressa com quaisquer situações que possam, eventualmente, representar risco de morte. Isso porque esse é um quadro associado ao medo iminente de morrer.
Como acontece na maioria dos casos de fobias, os episódios tanatofóbicos podem ser desencadeados por diferentes experiências da vida, sobretudo os ocorridos na infância. Crianças que perderam os pais muito cedo são mais vulneráveis ao desenvolvimento desse medo excessivo da morte, por exemplo.
No entanto, outros fatores também estão associados à tanatofobia e, dependendo do grau de manifestação, exigem a submissão aos tratamentos de fobias. Os mais comuns são os traumas físicos e os desajustes emocionais como síndrome do pânico, crises depressivas e ansiedade.
Quais são os principais sintomas da tanatofobia?
Essa forma de encarar a morte pode causar sintomas diversos. Em alguns casos, o indivíduo se preocupa, até mesmo, com o sofrimento emocional que sua partida causará aos seus familiares e amigos. Associado a isso, ele também pode ficar apreensivo em relação ao desempenho de seus entes queridos na sua ausência.
Nessas circunstâncias, os episódios de fobias podem se elevar a um nível tão severo ao ponto de prejudicar as atividades sociais e profissionais. Alguns tendem a desenvolver certa obsessão pela morte, por isso, vivem angustiados e temerosos em diversos lugares e contextos.
Outro aspecto relevante é a relação com a morte nos leitos dos hospitais. Pacientes terminais enfrentam crises de ansiedade que se somam às doenças crônicas, o que faz piorar a saúde ainda mais. Nas unidades de terapias intensivas, as consequências desse problema afetam tanto os profissionais quanto os familiares dos pacientes.
Essa temática que envolve o medo excessivo da morte foi tema de um estudo publicado pela Universidade Federal Fluminense. A abordagem focou a insegurança gerada pela sensação de não poder controlar a tanatofobia nos leitos de hospitais. Nesse cenário de pandemia, a necessidade de conviver com o problema já se tornou parte da rotina nas unidades de saúde.
Listamos alguns dos principais sintomas observados na tanatofobia. Primeiramente, confira os sinais físicos mais comuns:
- calafrios;
- sudorese;
- boca seca;
- taquicardia;
- palpitações;
- dor de estômago;
- náuseas e vômitos;
- tremores nas mãos;
- sensação de asfixia.
Além desses, há manifestações mentais e emocionais. As mais observadas são:
- ansiedade persistente;
- crises de humor ou depressivas;
- perda de sensibilidade e controle;
- incapacidade de distinguir entre realidade e irrealidade;
- repetição de pensamentos violentos ou de episódios sangrentos;
- medo de enlouquecer e não conseguir controlar as reações automáticas;
- desejo muito forte de fugir para escapar de certas situações, como o contexto sanitário da pandemia de Covid-19.
Qual é a relação do assunto com o luto patológico?
Considerando o ciclo natural da vida, a morte deveria ser vista como parte desse processo, o que facilitaria a compreensão da finitude e o enfrentamento do luto. Entretanto, as características da tanatofobia dificultam essa visão, pois tornam praticamente impossível aceitar essa realidade.
Assim sendo, a perda de entes queridos pode afetar a estabilidade mental e gerar graves consequências. Quando o luto se torna muito prolongado, os riscos de prejudicar a estabilidade mental do indivíduo é mais elevado. Nesse sentido, o apoio de amigos e familiares — e a assistência psicológica — são cruciais para a compreensão de que a morte é inevitável.
Portanto, ainda que a concepção de morte seja difícil, com a ajuda profissional é possível promover o ajuste necessário à mudança da mentalidade sobre perdas significativas. Um passo importante é tornar isso consciente para que a pessoa consiga se organizar, planejar novos papéis e seguir em frente.
Quando é necessário procurar ajuda?
Até certo ponto, o medo da morte é normal e necessário para evitar riscos conscientes que podem ameaçar a integridade da vida. No entanto, quando esse medo ultrapassa limites e ganha um caráter obsessivo, instalam-se processos negativos que levam aos desequilíbrios mentais e emocionais.
Nessas circunstâncias, o ideal é procurar ajuda médica e psicológica para contornar os impactos resultantes desse medo excessivo, fora de controle e patológico. Geralmente, as intervenções utilizadas na tanatofobia são combinações de medicamentos e terapias psicoterápicas.
Assim como outras fobias, a tanatofobia é um transtorno recuperável. Por isso, o acompanhamento psicoterapêutico pode promover no indivíduo a capacidade de assimilar os motivos dessa desordem. Logo, uma boa avaliação psicológica é fundamental para identificar os principais fatores associados ao transtorno e, em seguida, direcionar para a conduta mais apropriada.
Como o Hospital Santa Mônica pode ajudar?
Outro aspecto relevante é a escolha da unidade de tratamento. O alcance de resultados satisfatórios e um bom controle dos sintomas dependem da qualidade do tratamento. Por isso, o ideal é buscar uma instituição especializada em saúde mental — como o Hospital Santa Mônica.
Nosso hospital possui uma infraestrutura diferenciada e oferece tratamentos alternativos, conforme a necessidade do paciente. Nossa equipe multidisciplinar é composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e outros profissionais com a expertise exigida pela assistência à saúde mental.
Vale reforçar, por fim, que é possível estimular uma nova visão sobre a morte e reduzir os efeitos da tanatofobia sobre a rotina. Entretanto, a intervenção médica e psicológica deve ser feita por profissionais qualificados e preparados para promover o bem-estar emocional e mental dos pacientes.
E você, percebe a necessidade de ajuda nesse sentido? Entre em contato conosco e conheça nossas opções de tratamentos!