Os tipos de ansiedade se expressam como resultados da influência de bases fisiológicas distintas que diversificam o comportamento de cada pessoa. Normalmente, as manifestações mais comuns são as crises de ansiedade, um quadro que surge diante de situações estressantes, e uma forma muito peculiar que afeta pessoas que apresentam personalidade tipicamente ansiosa: o traço de ansiedade.
Tendo isso em vista, com a colaboração do psicólogo do Hospital Santa Mônica, Marcelo Padilla, vamos apresentar quais são os tipos de ansiedade existentes e quais são os principais sintomas a fim de que saiba identificar a predominância de algum deles em si mesmo ou em pessoas do seu círculo social ou familiar. Veja, ainda, como buscar tratamento adequado para reduzir os impactos desse transtorno quando ele se torna patológico. Boa leitura!
Quais os tipos de ansiedade existentes?
O conceito de ansiedade pode ser definido como um sentimento de insegurança e temor associado à preocupação excessiva com algo que ainda não aconteceu, mas que pode ocorrer, fugir ao controle e dar errado. Essas sensações resultam de reações biológicas que funcionam como um “alerta” que desperta o cérebro mediante situações interpretadas como ameaçadoras.
Entender as bases fisiológicas que determinam os tipos de ansiedade é importante para os profissionais de saúde adotarem metodologias de intervenção mais adequadas ao controle desse mal. Utilizar novos recursos e priorizar tratamentos diferenciados de acordo com os sintomas dos transtornos são boas opções para evitar a evolução para quadros crônicos e de difícil reversão. Nessa perspectiva, enumeramos os tipos de ansiedade que mais prevalecem na população. Confira!
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
É associado a ações repetidas, rituais compulsivos e situações marcadas por ideias obsessivas. Geralmente, os pacientes com esse perfil têm consciência de que esse comportamento não faz sentido, mas não conseguem evitar esses pensamentos que levam a posturas prejudiciais à saúde mental. Nesses casos, é preciso buscar ajuda profissional antes que os sintomas evoluam para outras complicações.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
A pessoa não consegue relaxar, pois apresenta preocupação excessiva com a vida e em relação a tudo que envolve sua rotina: estudos, vida profissional, condições de saúde e segurança dos amigos e familiares. Esse quadro costuma resultar em sintomas emocionais que geram problemas como enxaquecas constantes, úlceras estomacais, indisposição mental e física, irritabilidade, insônia crônica e tensão muscular.
Fobia social
A fobia social é caracterizada pelo medo intenso e desmedido de algo que não existe ou que nem mesmo representa perigo. Alguns indivíduos com esse transtorno de ansiedade apresentam um pânico inexplicável de palhaços, de estar junto a multidões ou têm pavor de animais inofensivos como minhocas.
Síndrome do pânico
Essa síndrome pode ser desencadeada por diferentes fatores, mas geralmente ocorre sem nenhum motivo aparente. Os sintomas são muito intensos e afetam o funcionamento dos órgãos do corpo. Os sinais mais comuns durante o pânico são falta de ar, batimentos cardíacos acelerados, tonturas, dores torácicas e sensação de que a morte se aproxima.
Ansiedade por estresse pós-traumático
As crises de ansiedades relacionadas ao estresse pós-traumático resultam da ocorrência de flashbacks e pesadelos que geraram um evento traumático no passado. Se a situação não for resolvida ou a pessoa não receber um tratamento eficiente, ela pode passar a vida toda revivendo esses episódios e sofrendo como se o fato ocorresse novamente.
Como é feito o diagnóstico de ansiedade?
Vale destacar que os sintomas desses tipos de ansiedade podem ser confundidos, o que sugere a importância do apoio profissional para receber um diagnóstico diferenciado e realizar o tratamento mais adequado. Pesquisas recentes apontam o Brasil como o país mais ansioso do mundo, situação que exige a busca de estratégias mais eficazes para reverter essa estatística tão preocupante.
Considerando que a ansiedade é um processo que ora beneficia e ora prejudica a saúde, o ideal é ficar atento aos sinais de anormalidades. Assim como acontece com as doenças físicas, os problemas de ordem emocional também são mais fáceis de solucionar quando diagnosticados precocemente.
O diagnóstico de ansiedade é feito pela avaliação do histórico do paciente e pela forma como ele se expressa diante de certas situações. Nessa análise, o profissional precisa considerar que a doença pode ser uma resposta adaptativa momentânea ou a manifestação de uma disfunção constante, que, inclusive, pode ajudar a compreender a relação entre ansiedade e álcool.
No entanto, é possível perceber alguns sinais que surgem com mais frequência em pessoas ansiosas. Observe quais são:
- preocupações excessivas sem necessidade aparente e medos exagerados;
- dificuldade para controlar pensamentos repetitivos, imagens ou atitudes;
- negatividade e sensação contínua de que algo trágico vai acontecer;
- preocupações incomuns com trabalho, dinheiro, saúde e filhos;
- medo anormal de algum animal, objeto ou situação específica;
- maior tendência a crises de ansiedade na pandemia.
Quais os tratamentos mais comuns para ansiedade?
Listamos os tratamentos mais eficazes para minimizar os efeitos da ansiedade. Acompanhe!
Psicoterapia
A psicoterapia deve ser orientada por um psicólogo capacitado e experiente no controle das crises de ansiedade. Nos casos mais leves, pode controlar essa doença e reduzir a evolução dos sintomas e os conflitos emocionais. Na maioria das vezes, nem é necessário a prescrição de medicamentos.
Medicamentos
Nos quadros mais avançados, a maioria dos pacientes necessita de antidepressivos e de ansiolíticos para auxiliar no controle dos sintomas de depressão e ansiedade. Esses remédios também são eficazes na reposição dos neurotransmissores cerebrais, substâncias responsáveis pela manutenção do humor e bem-estar.
Terapias alternativas
Uma outra alternativa para controlar a ansiedade são as terapias naturais. Essa metodologia é útil para complementar o tratamento psicoterapêutico, já que por meio dela é possível reduzir os sintomas e até mesmo a quantidade de medicamentos. Além disso, a realização de exercícios físicos, a dieta equilibrada e um sono de qualidade são essenciais ao controle de todos os tipos de ansiedade.
Pode-se concluir, por fim, que tão importante quanto conhecer os tipos de ansiedade é minimizar os impactos desse problema sobre a saúde. Nessa perspectiva, a busca do diagnóstico precoce e a escolha das intervenções adequadas são formas seguras de recuperar a estabilidade emocional, o bem-estar e a qualidade de vida.
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