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Síndromes psicológicas: confira as principais e quais seus tratamentos

É provável que você conheça alguém que apresente sintomas de uma das síndromes psicológicas existentes. Afinal, elas surgem a partir de diferentes aspectos, como fatores genéticos, traumas na infância e agravamento de crises não controladas.

O problema é que esses transtornos acabam causando dificuldades na vida do indivíduo e também nas pessoas com quem ele convive. Em alguns casos, pode chegar a situações mais graves, como psicoses e neuroses, e até gerar risco à vida de si mesmo e dos outros.

Então, quais são as principais síndromes psicológicas e quando é o momento de buscar ajuda? Neste post, a médica do Hospital Santa Mônica, Dra. Mayara de Sá Slavato, irá explicar melhor. Saiba mais.

O que são as síndromes psicológicas?

As síndromes psicológicas consistem em distúrbios e perturbações que trazem prejuízos à saúde mental. Além disso, causam impactam na vida social, nos sentimentos, na percepção da realidade e podem levar a problemas físicos.

Vale a pena ressaltar que uma síndrome é determinada por um conjunto de sintomas frequentes. Esses sinais se manifestam de forma episódica, crônica e persistente. Portanto, retratam a existência de uma doença específica, relacionada a questões psíquicas.

Dentro do contexto das síndromes psicológicas, existem várias categorias. Elas são divididas da seguinte forma:

  • ansiosas;
  • compulsivas;
  • depressivas;
  • maníacas;
  • neuróticas;
  • psicóticas.

Qualquer que seja a categorização, o importante é saber que essas síndromes podem ser tratadas. Portanto, é possível que o paciente tenha mais qualidade de vida.

Quais são as principais síndromes psicológicas?

Existem diferentes tipos de síndromes psicológicas e muitas delas sofrem variações. Um exemplo é o transtorno bipolar, que pode ser dividido nos tipos I, II e III. Tudo isso faz com que seja obrigatório contar com um atendimento especializado para garantir a recuperação do indivíduo.

A seguir, listaremos os principais transtornos a partir de seus sintomas mais comuns — ainda assim, podem haver variações. Confira quais são as síndromes mais comuns.

Transtorno bipolar

É uma síndrome maníaca que costuma acelerar as funções psíquicas e gerar mudanças incomuns no humor. Ainda impacta a energia, os níveis de atividade e a capacidade de realizar tarefas diárias.

Em alguns casos, a crise de transtorno bipolar é tão grave que exige cuidados hospitalares imediatos. Também podem ocorrer episódios depressivos graves, que exigem intervenção médica.

Distúrbios alimentares

Consistem tanto no excesso quanto na falta do consumo de alimentos. Normalmente, o transtorno alimentar atinge adolescentes, que buscam seguir o padrão imposto pela sociedade.

No entanto, a causa pode ser ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Alguns exemplos de distúrbios alimentares são bulimia nervosa, anorexia nervosa e transtorno de compulsão alimentar, inclusive do tipo periódico (TCAP).

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Costuma ser marcado por compulsões, obsessões ou ambos. As primeiras são imagens, impulsos ou ideias persistentes, recorrentes ou indesejados. Além disso, são intrusivos e provocam ansiedade. As segundas são rituais realizados na tentativa de diminuir a ansiedade.

Geralmente, o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) inclui dúvidas e preocupação com contaminação ou falta de alinhamento e uniformidade dos objetos. Assim, alguns dos hábitos mais frequentes são:

  • lavar e limpar algo;
  • fazer verificações constantes para sanar uma dúvida, como ter certeza de que a porta está trancada;
  • contar, repetindo essa ação por um número de vezes predeterminado;
  • ordenar itens para que fiquem dentro de um padrão específico.

Esquizofrenia

É uma síndrome psicológica grave que gera distorções de percepção, pensamento, senso de identidade, emoções e comportamento. Normalmente, a pessoa que precisa de tratamento da esquizofrenia tem delírios e alucinações.

Esse transtorno mental tende a aparecer no final da adolescência e no começo da vida adulta. Com isso, afeta a vida social e a interação com outras pessoas. Por isso, é necessário ter cuidados multiprofissionais para garantir a recuperação e o convívio social.

Transtorno de ansiedade generalizado (TAG)

É uma doença psicológica que afeta cerca de 9,3% da população. Esse dado coloca o Brasil como o país com o maior número de casos de ansiedade no mundo.

O TAG costuma aparecer a partir de diferentes fatores. Por exemplo, química cerebral, genética e situações que acontecem na vida. A ansiedade pode ser controlada a partir de um tratamento adequado, como medicação indicada por psiquiatra e psicoterapia.

Somatização

Acontece quando o estado emocional impacta a mente a tal ponto que gera dores e doenças no corpo físico. Portanto, é uma doença psicossomática. Alguns exemplos de sintomas são enrijecimento dos membros, taquicardia, dores nas costas e no pescoço, falta de ar e dores de cabeça.

Depressão

É uma das principais síndromes psicológicas atualmente. Costuma ser caracterizada por uma tristeza profunda, que interfere na vontade de fazer as coisas rotineiras. No entanto, outros sintomas comuns da depressão podem aparecer. Alguns deles são:

  • sentimento de culpa;
  • baixa autoestima;
  • mudança nos padrões alimentares;
  • distúrbios do sono;
  • falta de concentração;
  • cansaço constante;
  • exaustão sem causa aparente.

Estresse pós-traumático

É o processo de ansiedade ocorrido após a exposição a uma situação traumática. Por exemplo, ameaça de morte, perda de um ente querido, assalto etc. Assim, a pessoa com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) revive aquele evento em sonhos e recordações, o que gera sofrimento psicológico.

Quando buscar ajuda de um hospital psiquiátrico?

Para qualquer uma dessas síndromes psicológicas, é fundamental buscar ajuda quando se percebe prejuízos na vida pessoal, social e profissional do indivíduo. Assim, é possível diagnosticar a existência do problema e tratá-lo da forma adequada.

As possíveis internações são raras e acontecem, geralmente, quando há risco para a preservação física do próprio paciente e de pessoas que convivem com ele. De toda forma, essa medida deve ser recomendada por um médico psiquiatra, que concederá o laudo especializado.

Ainda assim, um hospital psiquiátrico bem estruturado pode contribuir devido à atuação multiprofissional de médicos, psicólogos, terapeutas, nutricionistas e mais. Dessa forma, os diferentes aspectos da vida da pessoa são trabalhados para que ela volte a se sentir bem e tenha mais condições de exercer suas atividades rotineiras.

Portanto, as síndromes psicológicas devem ser tratadas da forma adequada. Afinal, elas não têm cura, mas têm controle. É possível garantir a reinserção do indivíduo na família e na sociedade, garantindo mais tranquilidade na sua rotina e menos riscos.

Achou interessante e quer saber mais sobre o processo de controle da síndrome psicológica? Conheça a terapia familiar e entenda como ela auxilia no tratamento psiquiátrico.

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