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Psicoativos: quais são os tipos e riscos?

Psicoativos

Os psicoativos são usados pelos seres humanos com diferentes objetivos, desde o tratamento de doenças até a recreação. Independentemente de qual seja o motivo, é preciso ter consciência sobre as consequências desse consumo, já que essas substâncias podem ser prejudiciais à saúde e causar dependência.

Neste post que contou com a dra. Luciana Mancini Bari, clinica geral do Hospital Santa Mônica, você vai entender melhor o que são os psicoativos, como são classificados e quais são os riscos que oferecem à saúde. Ao final da leitura, você também vai saber como buscar tratamento ou ajudar alguém que sofre com a dependência química. Continue a leitura!

O que são psicoativos?

Por definição, os psicoativos são substâncias químicas que agem no sistema nervoso central de quem as consome e causam alterações na função cerebral. Essas alterações interferem temporariamente no humor, consciência, comportamento e percepção do indivíduo. 

As drogas fazem parte das substâncias psicoativas, e a sua utilização pode trazer efeitos indesejados, como intoxicação e outros problemas de saúde. As consequências das drogas variam de acordo com alguns fatores, como a quantidade consumida, as características do indivíduo, o seu contexto e qual substância foi consumida. No entanto, de forma geral, todas elas podem trazer prejuízos à saúde.

É preciso ainda lembrar que os psicoativos não são apenas as drogas ilícitas, como maconha, cocaína e crack. Algumas substâncias legalizadas também são classificadas como psicoativos por conta do efeito que causam no organismo e, por isso, devem ser consumidas com muito cuidado e de acordo com orientações médicas. É o caso do álcool, tabaco e remédios como antidepressivos.

Apesar do perigo, o consumo dessas substâncias vem aumentando na atualidade. Isso acontece porque muitas pessoas que buscam as drogas como forma de recreação acabam desenvolvendo dependência química. Outro caso comum é o abuso de medicamentos psicotrópicos, muitas vezes até receitados por médicos inicialmente, mas que acabam causando dependência.

Quais são os principais tipos de psicoativos?

Os psicoativos são classificados de acordo com o efeito que causam no organismo. A seguir, conheça os principais tipos.

Alucinógenos

As drogas alucinógenas são aquelas que alteram a percepção do usuário, ou seja, afetam as partes sensoriais e nervosas do cérebro. Alguns exemplos são o LSD, a ayahuasca e o ecstasy. Logo após o consumo, essas substâncias causam euforia e confusão mental que, a princípio, trazem sensações positivas para quem as consome. 

Por isso, esse tipo de psicoativo é muito procurado por jovens, principalmente em festas. Todavia, à medida em que o efeito se dissipa, os usuários estão sujeitos à depressão, paranoia e até psicose.

Antidepressivos

Os antidepressivos são drogas que agem no sistema nervoso com o objetivo de normalizar o fluxo de neurotransmissores. Muitas vezes, são receitados por médicos no tratamento contra a depressão, para que o paciente se sinta mais relaxado.

Apesar de serem drogas lícitas, os antidepressivos têm muitos efeitos colaterais e devem ser sempre consumidos sob orientação e supervisão médica. Alguns desses efeitos são alterações no sono e no apetite, diminuição da libido ou retardo da ejaculação, tontura, tremores e até ansiedade. 

Antipsicóticos

Os antipsicóticos são psicoativos que têm ação psicotrópica, ou seja, causam efeitos sedativos e psicomotores. Esses medicamentos são usados no tratamento contra esquizofrenia e psicose mas, assim como os antidepressivos, apesar de serem legais e receitados por médicos, também podem trazer consequências negativas para os usuários.

Dentre os efeitos colaterais mais comuns estão os problemas cognitivos, rigidez muscular, tremores, convulsões, hipertensão e ganho de gordura abdominal. 

Depressores

Os psicoativos depressores são aqueles que diminuem os níveis de atividade cerebral e deixam o organismo mais lento. Nessa categoria estão incluídas algumas das drogas muito utilizadas pela população, como o álcool, sedativos, anestésicos em geral, morfina e heroína. Essas substâncias diminuem a atenção, concentração e capacidade intelectual. 

Estimulantes

O efeito das drogas estimulantes é o contrário das depressoras. Quando consumidas, elas aumentam a atividade cerebral. Elas são utilizadas por quem deseja alcançar um estado de euforia, ter diminuição do apetite ou se manter acordado por muito tempo, por exemplo.

Os psicoativos estimulantes podem ser receitados por médicos para o tratamento contra a hiperatividade.

Quais riscos estão associados ao uso de psicoativos?

O uso de psicoativos ilícitos deve ser sempre evitado. Já o consumo de substâncias lícitas, como alguns medicamentos, deve ser sempre prescrito por um médico especialista após a realização dos testes necessários. Isso evita o surgimento dos efeitos indesejados e a dependência química.

No caso de substâncias como o álcool e o tabaco, o consumo deve ser evitado, mas caso não seja possível, ele deve ser feito de maneira moderada para diminuir as chances de o usuário ter a sua saúde prejudicada. A seguir, você vai conhecer alguns dos riscos que estão associados ao uso de drogas.

Mudança de comportamento

O abuso de substâncias psicoativas pode causar alterações comportamentais que prejudicam a rotina do usuário. Alguns dos principais exemplos são o afastamento de pessoas próximas e o desinteresse por atividades que antes eram prazerosas. Outras consequências comportamentais do uso de drogas são a agressividade e constantes mudanças de humor.

Surtos psicóticos

O surto psicótico é um desvio de conduta temporário, que acontece por causa de uma ruptura da realidade. Enquanto ele acontece, o paciente pode manifestar paranoia, alucinações e delírios. Os surtos são comuns na esquizofrenia, mas também podem ser causados pelo abuso de substâncias psicoativas. 

Diminuição da capacidade de raciocínio

As substâncias psicoativas podem causar danos permanentes ao cérebro, como a diminuição da capacidade de raciocínio. Isso acontece porque as drogas prejudicam e podem até destruir os neurônios responsáveis pela atividade cerebral.

Como os psicoativos levam à dependência?

Segundo um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o desenvolvimento da dependência pode ser visto como parte do processo de aprendizado do cérebro que, aos poucos, se acostuma com as mudanças de comportamento causadas pelo uso de psicoativos. Quando os efeitos das drogas são prazerosos, alguns circuitos cerebrais são ativados, o que torna mais provável a necessidade de repetição desses comportamentos. 

Em outras palavras, a dependência acontece porque as drogas acionam o sistema de recompensa do cérebro, que passa a se interessar cada vez mais pelas sensações causadas pelo abuso de psicoativos. Isso explica, por exemplo, por que algumas pessoas sofrem de alcoolismo como consequência do consumo exagerado de bebidas alcoólicas.

O uso de psicoativos, apesar de ter efeitos positivos em um primeiro momento, pode trazer graves consequências à saúde e prejudicar a rotina e qualidade de vida dos usuários. Mesmo as substâncias que são legalizadas devem ser consumidas com muito cuidado, sempre sob orientação médica.

Quando o uso de drogas passa a impossibilitar a realização de atividades rotineiras, é hora de procurar ajuda. O Hospital Santa Mônica é referência no tratamento contra dependência química e conta com uma equipe multidisciplinar especializada e infraestrutura completa para receber os pacientes.

Se você acha que o uso de psicoativos está atrapalhando a sua vida ou pretende ajudar alguém que esteja passando por isso, entre em contato conosco e conheça melhor o nosso trabalho!

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