Quando surge a desconfiança, ou mesmo a confirmação do uso das drogas por algum ente querido, os parentes mais próximos entram em um estado de completa instabilidade emocional, o que contribui para as brigas de família.
É comum e compreensível de entender. Afinal, saber que alguém tão querido desenvolveu um quadro de dependência química é algo muito difícil de enfrentar. Surgem sentimentos de culpa, tristeza, desespero, revolta. Acrescenta-se a esse quadro o lado emocional desequilibrado do dependente e temos um cenário propício para a desarmonia, o que torna o familiar ainda mais suscetível ao abuso de drogas.
Por não saberem como lidar de maneira adequada com se encontram na situação do vício, a família corre o risco de criar um abismo entre ela e o dependente químico. Certamente, essa é uma situação muito delicada. Se você está passando por esse problema, é hora de parar e refletir, buscar conhecimento e suporte adequado.
Mas não se desespere, estamos aqui para ajudá-lo a se fortalecer e manter a paz em seu lar. Por isso, neste post vamos falar sobre adotar uma postura eficiente do problema de abuso de drogas dentro da família. Boa leitura!
Assumir-se perante o problema das drogas
É necessário que a família demonstre uma postura de não concordar com o uso das substâncias tóxicas, mas assumir a responsabilidade em ajudar e apoiar o ente querido, para que ele se trate do vício.
Existem muitos casos em que o doente não percebe a condição debilitante em que ele se encontra. Assim, a responsabilidade acaba passando para os membros da família, ou seja: a família é chamada para colaborar com o período de tratamento e reabilitação.
Conheça agora as três atitudes bem comuns, porém equivocadas, que as famílias adotam em relação ao abuso de drogas por um ente querido.
A responsabilidade da causa
Infelizmente, a vida agitada dos dias de hoje, em que inúmeros compromissos obrigam os pais a passar cada vez mais tempo longe do convívio com os filhos, gera sentimentos de culpa difíceis de lidar.
Nesse contexto, quando surge uma crise familiar envolvendo o uso de drogas, muitos pais podem entender que aquilo poderia ter sido evitado e que eles não deram a devida assistência, quando podiam. A culpa cresce ainda mais dentro deles.
Dicas de especialistas sobre o assunto
Entretanto, muitos especialistas afirmam: não é bem assim que funciona. Muitos jovens entram no mundo das drogas não pela falta ou ausência dos pais, necessariamente. O que ocorre na verdade é que, muitas vezes, os jovens acabam experimentando as drogas por curiosidade ou pela sensação de se aventurar em algo desconhecido.
A consequência desse tipo de pensamento — de achar que é o causador do vício de um filho ou outro parente próximo — é uma angústia e um sentimento de culpa cada vez maior, o que gera desequilíbrios imensos e impedem a adoção das ações corretas de apoio ao dependente químico.
Esteja certo de uma coisa: você não é o responsável pelo seu familiar ter entrado no mundo das drogas. Ninguém é perfeito, mas tenha certeza que você deu o seu melhor ao longo do relacionamento com o seu ente querido.
Ao se conscientizar disso, você ao menos tem um pouco de paz interior, pois a culpa e o pensamento de “eu poderia ter feito diferente” não mais vão perturbá-lo. Concentre-se no que você pode fazer agora, e se fortaleça internamente para poder ser um porto seguro para seu lar e sua família, principalmente para aquele que sofre com o vício.
Por outro lado, é interessante aos pais rever certas posturas que possam influenciar negativamente o comportamento dos filhos. Se o seu filho está abusando do álcool, que tal reduzir o seu próprio consumo? Isso servirá de exemplo e o ensinará que é possível ir a uma festa, não beber e ainda assim se divertir. Às vezes, a pressão do cotidiano acaba criando uma distância entre pais e filhos, o que contribui para desestruturar a família. Se este for o caso, reveja sua postura e seus hábitos, pois seu filho precisa de você presente.
O controle quanto ao uso das drogas
Muitas vezes, a família acredita que pode controlar o vício do seu ente querido, adotando punições muito duras ou sendo rígido demais ao explicar sobre as consequências drásticas do vício, ocasionando mais atritos e brigas de família.
Os membros da família precisam se conscientizar de que não é tão simples controlar o vício de um dependente químico. No entanto, dedicar tempo para incentivá-lo com carinho e buscar tratamento especializado certamente evitará conflitos desnecessários.
Para entender melhor sobre essa questão, atente para algumas atitudes fundamentais:
- converse com o familiar quando ele estiver sóbrio;
- destaque sua preocupação e amor;
- fale ao ente querido que você deseja oferecer todo o apoio possível;
- demonstre ao seu familiar que ele pode sempre contar com você;
- expresse sentimentos positivos em vez de acusá-lo;
- mostre firmeza e imponha limites;
- procure ficar calmo durante a conversa, evidenciando suas preocupações e seu amor por ele.
Seguindo essas atitudes, certamente você vai contribuir para ajudar o seu ente querido e manter a tranquilidade em seu lar.
A certeza da cura
É importante que as famílias não carreguem sozinhas a responsabilidade da cura de quem é dependente. Se você não foi o responsável pelo seu ente querido ter entrado no mundo das drogas, tampouco carrega o fardo de tirá-lo de lá. Só ele poderá fazer isso.
No entanto, você pode e deve procurar ajuda em clínicas de reabilitação, consultando profissionais qualificados — psiquiatras e psicólogos — para uma avaliação e orientação mais precisa.
Procure se informar sobre os tratamentos possíveis e fale ao familiar sobre isso. Agora que você já conhece o caminho adequada para conversar com seu ente querido — descritas no tópico anterior — ajude-o a compreender que há possibilidades de tratamento e de cura.
Incentive-o a prosseguir em sua busca pela cura, não somente pelas informações recebidas, mas por meio das orientações médicas. Apoie e ofereça companhia durante as consultas e também nos demais tratamentos adequados ao caso dele.
A importância da união familiar e do apoio ao dependente na luta para se livrar das drogas são fatores fundamentais para manter um ambiente agradável e propício para o bem-estar de todos.
Considere também a possibilidade de participar de grupos de apoio para familiares. Para melhor apoiar o seu parente no decorrer de todo o processo do vício e de um desejável tratamento, é necessário que cada membro da família se conheça e aprenda mais sobre como lidar consigo mesmo e com o dependente químico, com paz e harmonia.
Finalizando, como mostramos a você por meio desse texto, é possível amenizar e evitar as brigas de família, mesmo passando por uma situação extremamente difícil que é ter um ente querido como dependente químico.
Parabéns, você terminou mais um texto importante e esclarecedor sobre como manter a paz em sua casa, mesmo lidando com um problema tão grave e complexo como é o abuso de drogas por alguém da família. Compartilhe este texto em suas redes sociais, para que mais pessoas possam também aproveitar esse conhecimento tão valioso. Até a próxima!