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Dependência Química

Vodca no OB: a nova forma de consumo de álcool entre os jovens

Alcoolismo na Adolescência
Consumo de álcool pelas mulheres entrevista

O álcool é a substância psicotrópica mais utilizada por adolescentes no Brasil e no mundo, segundo informações da Sociedade Brasileira de Pediatria. Isso preocupa tanto pelos danos que pode causar ao cérebro, que podem repercutir durante toda a vida, como pela tendência que os jovens têm de tomar decisões impulsivamente e praticar atividades arriscadas.

Hoje em dia, as formas de consumo de álcool entre os jovens vão além das tradicionais. Por isso, eles conseguem esconder facilmente o vício dos pais e dos amigos, o que torna ainda mais difícil a identificação do problema pela família.

Entre as meninas, uma maneira muito perigosa de consumir álcool se popularizou recentemente na mídia, que é o uso de absorventes internos embebidos em vodca. Mas, para o psiquiatra do Hospital Santa Mônica e responsável pela Unidade de Dependência Química, Claudio Duarte, “É pouco provável que adolescentes façam isto rotineiramente, mas é importante observar mudanças de comportamento”.

“Alguns comportamentos adquirem o status de lenda urbana, e justamente por isto se tornam perigosos por serem incitados até como desafios propostos a outros adolescentes mais incautos que acabam se dando mal. Isto da vodca no OB por exemplo pode levar a infecção ginecológica que pode assumir proporção letal por septicemia, perigosa mesmo quando se usa OB de forma normal, com álcool então só aumenta o risco”, salienta dr. Claudio.

Neste post vamos falar mais sobre esse hábito e mostrar como ele pode prejudicar a saúde. Acompanhe!

Vodca no absorvente interno

Ao introduzir um absorvente embebido em vodca na vagina, o álcool será absorvido diretamente pela corrente sanguínea. Por isso, a intoxicação acontece mais rapidamente e com mais intensidade. Outros danos que o hábito pode causar são irritações no tecido vaginal, inflamações, dores, infecções e proliferação de fungos.

Além disso, disfarçar a embriaguez diante das outras pessoas fica muito mais fácil. O método inusitado evita que a pessoa tenha rastros de álcool no hálito. 

Os riscos do consumo de álcool entre os jovens

alcoolismo, apesar de oferecer riscos a qualquer pessoa, é mais preocupante na adolescência — é nessa fase que o corpo e a mente passam por etapas importantes do desenvolvimento, e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas pode prejudicar esses processos, segundo estudos.

O consumo de álcool entre os jovens oferece maior risco de dependência, perda de memória, déficits cognitivos e alterações do sono, que podem gerar diversos outros problemas à saúde. A longo prazo, o abuso dessas drogas pode causar doenças como desnutrição, hepatite alcoólica, cirrose, gastrite, comprometimento cerebral e doenças emocionais, como depressão e ansiedade.

Os jovens também estão sujeitos ao aumento da probabilidade de envolvimento em acidentes, maior possibilidade de fazer sexo desprotegido e impulsos irresponsáveis, que podem resultar em atividades perigosas.

O que os pais podem fazer 

A primeira coisa que os pais podem fazer para ajudar o jovem que exagera na bebida é estar aberto ao diálogo. Estar disponível para acolher o adolescente é imprescindível para que ele confie na família e se sinta à vontade para compartilhar suas experiências.

Também é necessário que os adultos tenham consciência de que o alcoolismo é um problema sério e precisa de atenção. Depois de detectado o problema, deve-se buscar ajuda profissional imediatamente. A depender do nível de dependência, que vai ser indicado pelo médico, diferentes medidas podem ser tomadas, inclusive o internamento para desintoxicação.

Em paralelo ao tratamento, o paciente passa por sessões de psicoterapia. A participação da família nesse processo é crucial, tanto para apoiar o jovem como para aprender a lidar com a situação da maneira mais adequada.

O consumo de álcool entre os jovens é crescente e preocupante — ele pode causar danos irreversíveis ao usuário, por isso precisa ser tratado com muito cuidado. O Hospital Santa Mônica oferece cuidados de uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, psicólogos, nutricionistas, assistente social, terapeutas ocupacionais e outros especialistas. O paciente recebe toda a atenção necessária para se recuperar em uma estrutura completa montada para trabalhar a recuperação e reinserção social.

Se você está passando por esse tipo de problema ou quer auxiliar alguém nessa situação, nós podemos ajudar. Entre em contato conosco e conheça as nossas opções de tratamento!

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