O conceito de saúde mental da criança é bem abrangente, mas os pontos mais importantes sugerem a necessidade de alguns parâmetros de proteção. Basicamente, é preciso garantir o bem-estar, a qualidade de vida e considerar o pequeno ser sob o âmbito biopsicossocial.
Questões estruturais relacionadas ao contexto familiar, à escola e ao ambiente são determinantes para assegurar condições de um bom desenvolvimento da saúde mental.
Nesse contexto, confira os aspectos mais relevantes — e favoráveis — à visão da saúde mental infantil por um viés mais amplo e seguro. Acompanhe!
1. Influência do contato com a mãe
Desde o nascimento, a saúde e a estrutura mental da criança surge como resultado direto de sua interação com o meio. Como a relação com a mãe é a primeira referência estrutural para se formar, ela torna-se a base das experiências sobre o existir.
O olhar, o toque, o acalento, o seio, o colo ou mesmo a falta de cuidados — ou o excesso deles — definem as estruturas emocionais primitivas sobre o pequeno ser. Isso é primordial para ditar os sintomas e atitudes futuras.
2. Formação da estrutura mental
Durante a primeira infância, ocorrem importantes transformações cerebrais: a formação da estrutura mental e a construção das sinapses ganham destaque especial.
As sinapses são conexões entre neurônios, as células do cérebro. Por meio dessas conexões circulam os impulsos nervosos que mantêm as memórias e consolidam hábitos.
3. Família é um importante referencial
Independentemente da condição socioeconômica, a família continua a ser o alicerce e a maior referência para a formação da estrutura emocional de uma criança.
Muitas vezes, os infantes podem manifestar comportamentos — negativos ou positivos — cujas raízes têm como base o âmbito familiar.
4. Crianças imitam os hábitos dos adultos
Famílias sem estrutura, emocionalmente instáveis — e com evidências de drogas, violência e abuso de álcool — comprometem o bem-estar e o desenvolvimento mental dos filhos.
Esses problemas são vistos como fatores de risco à saúde mental da criança. Isso porque podem transformá-las em adultos com um perfil semelhante, já que esse comportamento é aprendido por meio dos neurônios-espelho, estruturas responsáveis pela imitação de hábitos.
5. Elementos que influenciam a saúde mental da criança
A saúde mental na infância é fruto dos fenômenos de ordem afetiva, psicológica e comportamental. Contudo, ela é moldada em consonância com os determinantes familiares, sociais, genéticos e ambientais.
Logo, é preciso promover condições ambientais e sociais que preconizem valores positivos e benefícios estruturais a esse processo de formação. Um ambiente saudável — e favorável à saúde mental — requer família, escola e política saudáveis.
6. Formas de solucionar crises e conflitos
Sob o pretexto de educar seus filhos, muitos pais apelam para agressões físicas, verbais e outras incoerências. Porém, o ato de educar exige paciência e bom senso.
Assim, para prevenir problemas futuros, essas atitudes devem ser evitadas. É necessário saber lidar com conflitos para não descarregar toda a impaciência, emoções negativas e contrariedades sobre os pequenos.
7. Carinho e afeto são fundamentais
Desajustes emocionais na infância podem surgir em decorrência de inúmeros fatores sociais e ambientais associados à deficiência de renda, habitação, educação e serviços de saúde, entre outros.
Contudo, os impactos dessas questões podem ser reduzidos se os familiares da criança souberem compensar toda essa escassez com doses de afeto, atenção e carinho.
8. Auxílio terapêutico é fundamental
Nos dias atuais, percebe-se claramente que um número significativo de perturbações emocionais da fase adulta são resultantes de experiências traumáticas da infância.
Logo, nos casos mais preocupantes, a intervenção profissional pode sinalizar competências necessárias à proteção da saúde mental da criança. A garantia de dias melhores e a construção de uma cidadania no futuro dependem do cuidado e atenção à saúde mental dos nossos pequenos.
O Hospital Santa Mônica é especializado em saúde mental infantojuvenil e realiza diversos tratamentos para esquizofrenia infantil, estresse, ansiedade, tentativas de suicídio, dentre outras questões que envolvem a vida da criança e do adolescente.
Gostou deste post? Então, não perca tempo: veja também como identificar se seu filho tem autismo e confira algumas dicas para superar esse problema!