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Saúde Mental

Abandono afetivo paterno: as consequências do pai ausente na volta às aulas

Abandono afetivo paterno: as consequências do pai ausente na volta às aulas

Com a volta as aulas, ficam evidentes, em alguns alunos, problemas no lar que afetam seu comportamento. O abandono afetivo paterno, entre eles, reforçado pela figura de um pai ausente, que se omite de participar da vida dos filhos, pode causar transtornos psicológicos perceptíveis em sala.

Um pai que não cumpre seu papel, não desenvolve afeto pelas crianças e, portanto, tem ausência psicológica na vida delas, contribui para que desenvolvam traumas emocionais ao longo de seu crescimento.

De baixa autoestima a comprometimento da saúde física, continue a leitura de nosso artigo e conheça algumas consequências do abandono afetivo paterno na volta às aulas.

Medo excessivo

Crianças com pai ausente, em classe, se destacam pelo temor que apresentam em relação à rejeição e à solidão. Durante a infância, afinal, têm uma dimensão de tempo diferente e podem sentir muito medo caso achem que estão sozinhas.

O excesso de medo, assim, leva a alunos tímidos, que se retraem e evitam participar de atividades com a turma. Durante seu desenvolvimento psicológico, caso o abandono afetivo paterno seja prolongado, podem apresentar quadros de síndrome do pânico, aflorados pelos traumas emocionais.

Baixa autoestima

O pai ausente faz com que a criança se sinta indesejada, um verdadeiro fardo para alguém que deveria acolhê-la e dar a ela afeto.

Na volta às aulas, estudantes que vivenciam essa realidade não gostam de situações que os colocam em evidência, têm receio de falar em voz alta aos colegas e acreditam que todas as tarefas que realizam são ruins.

A baixa autoestima, dessa forma, atrapalha o desenvolvimento de suas aptidões pessoais e os convence de que não possuem talentos, uma sensação que se prolonga pela adolescência e maturidade.

Problemas de saúde física

Casos de sobrepeso e desenvolvimento de obesidade frequentemente estão relacionados a crianças com pais ou pai negligente. A alimentação, afinal, é um hábito que se constrói em família e quanto mais acompanhada for pelos responsáveis, que ensinam e impõem hábitos, mais saudável tende a ser.

O abandono afetivo paterno, além disso, é capaz de acarretar desequilíbrios hormonais. A puberdade precoce, por exemplo, é bastante comum. Meninas que têm pai ausente podem ter a primeira menstruação mais cedo e, com ela, a complicação de questões relacionadas à adolescência e à própria sexualidade.

Sentimento de impotência

A criança pode achar que foi abandonada por não fazer suas atividades corretamente. Dessa forma, como alternativa para compensar o que não teria conseguido executar, desenvolve uma personalidade controladora, autoritária e perfeccionista.

Além das consequências apresentadas, o abandono afetivo paterno pode ter outras implicações durante a infância, adolescência e maturidade de um indivíduo, atingindo sintomas físicos.

Não à toa, a rejeição atua no cérebro na mesma área ativada quando sentimos dores no corpo. Ser rejeitado por um pai ausente, assim, dói, literalmente.

Implicações legais do abandono afetivo paterno

Hoje, dada a gravidade da situação, é possível mover um processo e solicitar indenização por danos morais, causados pelo sofrimento decorrente da figura do pai ausente, o que configura abandono afetivo.

Embora ele não seja regulamentado na Justiça, pode levar o filho à vitória da causa quando este comprova falta de cuidados, omissão durante sua criação e falta de assistência recebida: social, psíquica e moral.

Ainda que a indenização por danos morais não resolva os problemas emocionais, faz com que um filho se sinta compensado pela justiça diante de tudo que tenha perdido durante seu desenvolvimento.

Para lidar e superar os males experimentados pela figura de um pai ausente, todavia, a melhor forma é abordar os transtornos psicológicos e tratá-los com uma equipe multidisciplinar, como a do Hospital Santa Mônica e da sua Unidade Integrativa Santa Mônica, na Vila Nova Conceição, em São Paulo.

O paciente, nesse sentido, tem amparo de psicoterapeuta, psiquiatra e de profissionais que sejam capazes de auxiliá-lo com os problemas de que sofre.

Ao fim, mesmo que um pai ausente, capaz de abandono afetivo paterno, impacte de forma negativa a personalidade de seus filhos, é possível transformar esses sentimentos com tratamento psicológico e psiquiátrico. Nele, a recuperação da autoestima da pessoa é a principal defesa contra as dores do trauma, capaz de devolver a ela uma vida sadia e repleta de amor.

Tem alguma experiência a relatar ou dúvida sobre o tema? Então deixe seu comentário abaixo!

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