É possível que você já tenha se deparado com um dependente químico manipulador. Talvez, ele esteja até na sua família. Nem sempre essa atitude é proposital. De toda forma, você precisa ajudar essa pessoa para que ela saia desse mau comportamento e mude de vida.
Por mais que pareça difícil, há boas chances de sucesso. Afinal, quem utiliza entorpecentes distorce a realidade e faz seus familiares adotarem medidas que ajudam a manter a dependência.
No entanto, é só perceber a realidade em que se insere que tudo começa a melhorar. Nesse processo, é importante entender que a manipulação não faz parte do seu caráter. Na verdade, é mais uma consequência da situação em que se encontra.
Então, como resolver esse problema? O psicólogo do Hospital Santa Mônica, Antonio Chaves Filho, irá refletir sobre o assunto neste post. Continue lendo.
Como acontece a manipulação do dependente químico?
O dependente químico manipulador é aquele que pressiona ou influencia as pessoas ao seu redor a agirem de determinada maneira. Na prática, ele aproveita a fragilidade emocional de todos para conseguir o que deseja.
É difícil resistir a essa situação. Afinal, o sentimento de culpa e de obrigação toma conta de quem está próximo. Ainda há os fatos distorcidos, que podem confundir quem se depara com a manipulação. Isso faz com que essa pessoa seja uma facilitadora, mesmo que não tenha nenhuma intenção de assumir esse papel.
Aqui, não há espaço para ressentimentos nem apontamento de dados. O ideal é perceber o que o adicto faz para manipular e se preparar para enfrentar o problema.
Nesse processo, é fundamental perceber que os primeiros sinais de adicção em drogas são bastante difíceis de identificar. Eles começam por omissão, mentira, descontrole emocional e a própria manipulação.
Aos poucos, essa visão distorcida da realidade toma conta — e o dependente acredita que realmente tem razão. Nesse cenário, várias ações ajudam a perceber o comportamento manipulador. Dentre elas, estão:
- roubo de pequenas quantias de dinheiro, como o troco do mercado, com uma mentira subsequente sobre o motivo desse ato;
- capacidade de enaltecer fatos e qualidade para encobrir erros e características problemáticas. Por exemplo, arruma um emprego para justificar que pode fazer o que deseja;
- manipulação de pessoas muito carentes e com baixa autoestima, fazendo-as se sentirem culpadas. Nesse caso, o dependente coloca-se no papel de vítima;
- conquista do que deseja pelo cansaço. Ou seja, o dependente faz com que a sua realidade prevaleça e tenta provar que está certo;
- provocação de intrigas e brigas, colocando-se dentro do sentimento de autopiedade. Por exemplo, “ninguém me entende”, “ninguém me ama” etc.
Ao sofrer a manipulação devido a esse comportamento, você se torna um codependente. Ou seja, alguém que acaba ajudando a manter a dependência química. Porém, é possível sair dessa situação.
Como evitar a manipulação do dependente químico?
Para evitar a influência do dependente químico manipulador, o primeiro passo é reconhecer que ele tem essa doença. Assim, é possível entender que seu comportamento é derivado dela, sem se autorresponsabilizar pela situação.
Dessa forma, chega o momento de iniciar o combate da manipulação. Isso pode ser feito de diferentes formas. A principal é saber como quebrar a argumentação de quem pretende usar os entorpecentes. Nesse momento, é necessário adotar as seguintes dicas:
- deixe a culpa de lado. Nenhuma palavra, crítica ou atitude deve ser levada para o lado pessoal. Você está ali para ajudar;
- evite ceder às ameaças. Essas situações vão acontecer como forma de persuasão. No entanto, é fundamental contar com uma equipe de tratamento para saber lidar com o fato;
- fique longe da codependência química. Isso acontece quando o sentimento de culpa e os conflitos gerados pelo dependente químico deixam de ser alimentados por você. Ou seja, em alguns momentos, você terá que se afastar após dizer “não”;
- entenda que a manipulação é algo normal nesse cenário e que o dependente químico não está sem caráter. Ele apenas está fora da realidade normal;
- atente-se a todas as movimentações da pessoa que usa entorpecentes e sempre questione as motivações.
Aqui, também é necessário ter em mente que o amor não se restringe a carinhos e afagos. Ainda que isso seja fundamental, é importante ser realista e encarar o problema de frente.
Essa atitude deve ser adotada pelos pais mais do que por outras pessoas. Isso porque o dependente químico manipulador costuma jogar um lado contra o outro a fim de manter a sua capacidade de ter drogas e álcool à sua disposição.
Como ajudar o dependente químico manipulador?
Para garantir a ajuda necessária, é preciso que toda a família tenha a assistência necessária. É necessário que todos entendam a realidade e a aceitem. Somente assim é possível mudá-la.
Ainda é fundamental compreender que esse processo é difícil, doloroso e complexo. Por isso, é normal existirem situações de desânimo e prejuízos à saúde mental dos familiares.
De toda forma, o principal é buscar o tratamento profissional para o dependente químico. Assim, ele deixará de usar os entorpecentes e voltará ao seu estado normal. Nesse processo, é preciso contar com uma clínica de reabilitação especializada, que trabalhe há anos com esse tipo de apoio.
É o caso do Hospital Santa Mônica. Com mais de 83 mil m², oferece mudança de ambiente e condições de bem-estar em seus 270 leitos. Inclusive porque 50 mil m² são de Mata Atlântica preservada.
Os profissionais de saúde estão em constante atualização e oferecem um tratamento humanizado, condizente com as novidades dos congressos e dos estudos internacionais. Além disso, é oferecida assistência para toda a família, que precisa lidar com o dependente químico manipulador.
Tudo isso com o objetivo de resgatar a autoestima e o convívio social. Para isso, as opções do Hospital Santa Mônica são:
- unidades de cuidados em saúde mental, internação, dependência química, integrativa e ambulatorial;
- pronto atendimento;
- serviço de farmácia;
- espaços de bem-estar e convivência;
- academia de ginástica;
- tratamento dentário;
- campo de futebol, quadra de vôlei e piscina.
Ainda são realizadas várias atividades que fazem a reabilitação física, a reintegração familiar e profissional e a melhoria da autoestima. Para isso, são oferecidos diferentes tipos de terapia — inclusive para a família —, musicoterapia, hidroginástica, dançoterapia e mais.
Tudo isso ajudará tanto você quanto o dependente químico manipulador. Por isso, está na hora de tomar uma atitude e mudar o seu comportamento. Pode ser difícil no começo, mas acredite: é a melhor opção para todos.
Você também pode aproveitar para contar com o auxílio especializado do Hospital Santa Mônica. Entre em contato com nossa equipe e saiba mais sobre toda a estrutura que temos a oferecer.