No Brasil, no dia 13 de agosto, comemora-se o Dia do Psiquiatra. A celebração dessa data foi instituída em 2016, ocasião em que a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) comemorou 50 anos. Um dos objetivos dessa escolha é desmistificar o papel dos psiquiatras, sobretudo no suporte ao controle de problemas como ansiedade e depressão ou risco de suicídio.
Tendo isso em vista, o psiquiatra e diretor clínico do Hospital Santa Mônica, dr. Carlos Eduardo Kerbeg Zacharias, irá esclarecer algumas dúvidas sobre a psiquiatria e destacar a relevância dessa especialidade médica na recuperação de diferentes transtornos mentais. Conheça, então, os diferenciais dos psiquiatras que atuam na linha de frente de vários tratamentos no Hospital Santa Mônica e saiba quando é preciso procurar esses profissionais.
Qual é a importância de celebrar o Dia do Psiquiatra?
Em vias gerais, a psiquiatria é uma das mais importantes especialidades da área médica. Isso porque esses profissionais podem atuar em conjunto com médicos de diferentes campos e, assim, auxiliar as equipes multiprofissionais. O objetivo dessa profissão é fazer o diagnóstico, o tratamento, a prevenção e o controle de variados transtornos mentais.
Em primeiro lugar, vale destacar que a psiquiatria não é especialidade para tratamentos de loucos. Por questões culturais, essa ideia foi bastante difundida nos séculos passados. Hoje, porém, é notório que essa área médica é útil em intervenções associadas às dificuldades psíquicas, mentais e emocionais, principalmente resultantes de situações como a dependência química.
Nesse contexto, celebrar o Dia do Psiquiatra é de extrema importância para divulgar melhor o papel desse profissional na sociedade, esclarecer dúvidas e combater mitos que rondam tal especialidade. Por conta disso, a divulgação de informações sobre o trabalho do psiquiatra é fundamental para auxiliar quem precisa de ajuda nesse sentido.
Qual é a diferença entre psicólogo, psiquiatra e neurologista?
Muitas vezes, as pessoas confundem essas três áreas ou pensam que esses profissionais desempenham a mesma função. Por isso, explicamos as principais diferenças de cada uma delas. Observe!
Psiquiatra
Para ser psiquiatra é necessário ter graduação em Medicina e depois conquistar uma titulação na área. Mais adiante, vamos explicar como é esse processo. Por enquanto, vale destacar que o trabalho desse especialista é centrado no alívio do sofrimento e no suporte necessário ao bem-estar psíquico de seus pacientes.
Para isso, o psiquiatra faz uma avaliação detalhada do quadro apresentado pelo indivíduo e considera questões de influências biológicas, psicológicas e, dependendo do caso, até culturais. Logo, se for preciso, esse médico prescreve remédios para controlar os sintomas que afetam a estabilidade mental e cognitiva.
Psicólogo
Para exercer essa profissão, não é necessário cursar Medicina. Ou seja, o profissional faz graduação em Psicologia, que dura cerca de cinco anos. Após formado, ele se torna apto a diagnosticar, prevenir e tratar distúrbios emocionais, psíquicos e de personalidade.
Assim, o psicólogo pode atuar junto ao psiquiatra ou associado a outras especialidades da área de saúde. Muitos psicólogos, por exemplo, reforçam o trabalho dos nutrólogos em pacientes com ansiedade, que levam aos distúrbios alimentares.
Neurologista
A neurologia exige formação em Medicina e residência médica na área. Esses profissionais trabalham focados em doenças neurológicas, que se manifestam de forma física. Para isso, eles avaliam exames de imagens, laboratoriais e físicos, além de testes neurológicos para confirmação diagnóstica mais precisa. Exemplos clássicos de doenças tratadas pelos neurologistas são o Parkinson e o Alzheimer.
Quando o psiquiatra deve ser procurado?
Listamos alguns quadros que indicam a necessidade de procurar um psiquiatra. Veja quais são!
Alterações comportamentais
Geralmente, quando a pessoa apresenta mudanças muito bruscas de comportamento, ela deve procurar um psiquiatra. Por essa razão, o ideal é que a família e os amigos ajudem o indivíduo a identificar essa necessidade, caso não consiga perceber sozinho o que leva ao abuso de drogas ou comportamentos radicais.
Insônia
Muitas vezes, é comum surgirem dificuldades para dormir ocasionalmente. Isso pode ter relação com algum evento que gera ansiedade excessiva ou uma preocupação que atrapalha o sono. No entanto, as crises frequentes de insônia e que chegam a prejudicar o desempenho da rotina exige atenção especial. Nesses casos, o ideal é buscar ajuda de um psiquiatra.
Dificuldade com drogas e álcool
Um estudo realizado pela Fiocruz, em parceria com o IBGE e outras importantes instituições, revelou um panorama preocupante em relação ao consumo de drogas e álcool no Brasil. Dados da pesquisa indicam que cerca de 1,4 milhão de pessoas, entre 12 e 65 anos, já consumiram essas substâncias alguma vez na vida.
Sendo assim, o consumo descontrolado desses entorpecentes é um dos motivos que demonstram a necessidade de procurar um psiquiatra. Visto que a maioria utiliza tais produtos como uma válvula de escape para outros problemas, a ajuda especializada é essencial para vencer essa batalha.
Qual é a relevância do psiquiatra no tratamento para dependentes químicos?
Normalmente, o dependente químico apresenta diferentes sintomas relacionados ao seu estado clínico. Por isso, o tratamento da dependência química requer a participação de uma equipe multidisciplinar para garantir um suporte mais completo ao paciente. Na composição dessa equipe, o médico psiquiatra desempenha um papel fundamental.
Sendo assim, quando o indivíduo tem problemas psicológicos associados a tendências depressivas, problemas pessoais, profissionais e de relações familiares, o suporte psiquiátrico é indispensável. Logo, é importante ter o entendimento de que esse apoio é crucial para a reabilitação da dependência química.
Quais são os diferenciais dos psiquiatras que atuam no Hospital Santa Mônica?
No HSM, um dos principais diferenciais da nossa equipe é que todos os médicos psiquiatras têm especialização na área. Vale frisar que, para a obtenção desse título, o médico passa por uma série de avaliações coordenadas pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
Uma das formas de se tornar psiquiatra é a conclusão da residência médica em Psiquiatria. Além disso, o médico pode comprovar o tempo integral ou maior que seis anos de prática efetiva na área. Para isso, é exigido uma carga horária mínima de 40 horas semanais.
Portanto, ao trabalhar com uma equipe multidisciplinar composta por médicos psiquiatras especializados, o paciente terá maior segurança quanto aos resultados do tratamento. Nesse contexto, aproveitar a ocasião do Dia do Psiquiatra para conhecer melhor a função desse profissional, abre mais possibilidades de superar os desafios que envolvem a saúde mental.
Para saber mais, entre em contato conosco e conheça nossos serviços de psiquiatria!