Entender como funciona o tratamento para depressão pós-parto é essencial à redução dos impactos negativos da doença em relação ao vínculo da mãe com o filho, principalmente quanto ao aspecto afetivo.
Como esse problema se expressa logo após o parto, a maioria das mulheres afetadas por esse tipo de depressão ficam dominadas pelos sentimentos de tristeza, frustração e desesperança. Com isso, essas novas mães enfrentam repentinas alterações de humor e crises de choro que parece não ter fim.
Descubra, então, o que é essa doença e por que a depressão pós-parto atinge também os homens. Conheça as causas, os sintomas, as formas de prevenção e saiba onde encontrar os melhores tratamentos. Boa leitura!
O que é a depressão pós-parto?
No Brasil e no mundo, a depressão pós-parto é uma doença muito mais presente do que se pensa. Baseado em um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o Ministério da Saúde divulgou uma nota afirmando que mais de 25% das mães brasileiras são afetadas pela depressão pós-parto.
Uma das principais características desse mal é que a mulher fica dominada por profunda tristeza, desespero, melancolia, desânimo e falta de esperança. Nessa condição, a mãe perde o interesse pelo cuidado com o bebê. Nas manifestações mais grave da doença, muitas mulheres até se recusam a amamentar o filho.
Nessa condição, a mulher necessita de intervenção profissional, visto que esse comportamento pode impactar negativamente no desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança. Além disso, há o risco de sequelas prolongadas que podem afetar a infância, a adolescência e persistir até a fase adulta.
Por que a depressão pós-parto acontece?
A doença pode estar associada a fatores físicos, emocionais, estilo e qualidade de vida, além de ter ligação com transtornos mentais. No entanto, o principal fator causal da doença é o grande desequilíbrio de hormônios que geralmente acontece no fim da gravidez.
Outro fator que influencia bastante é ter histórico de depressão anterior e de outros transtornos psicológicos ou de humor. Nesse caso, o ideal é procurar auxílio profissional antes do nascimento do bebê. O casal — ou o responsável familiar pela gestante — deve procurar ajuda médica mediante qualquer sinal de depressão, por menor que seja.
Essa doença não é exclusivamente feminina, já que ela também afeta os homens. Nesse caso, os indícios que podem exigir tratamento para a depressão pós-parto são as ligações com os níveis de testosterona e o desequilíbrio de outros hormônios masculinos. A redução da qualidade do sono, o estresse e a mudança na rotina familiar também influenciam a dinâmica da doença.
O risco desse problema é maior quando nasce o primeiro filho. A ansiedade e a preocupação em garantir a estabilidade da família, a responsabilidade com a educação da criança e a necessidade de oferecer um suporte ao parceiro elevam as chances para o surgimento da depressão pós-parto.
Além disso, as mudanças na expectativa em relação ao filho também podem indicar a necessidade de buscar tratamento para a depressão pós-parto. Nem todos os pais estão preparados para lidar com uma gravidez não planejada ou a presença de doenças congênitas, por exemplo. Às vezes, o bebê pode ser muito exigente, ter dificuldades com a amamentação ou exigir muito dos pais inexperientes.
Quais os principais sintomas dessa doença?
Após o parto, a queda dramática nos hormônios estrogênio e progesterona provocam fortes mudanças físicas e emocionais, e que geram os sintomas da doença. Essas alterações podem contribuir para a depressão pós-parto que, se não adequadamente tratada, pode evoluir para graves complicações.
Outros hormônios produzidos pela glândula tireoide também podem diminuir bruscamente. Esse quadro pode aumentar o cansaço, a melancolia e a sensação de tristeza. Essas alterações hormonais também influenciam mudanças no volume sanguíneo, na pressão arterial, na defesa imunológica e no metabolismo em geral.
A privação do sono e a influência de algum tipo de estresse ou de pressão psicológica, gera, em qualquer indivíduo, muita dificuldade para lidar com situações do cotidiano. Além disso, a mulher também pode se sentir insatisfeita com o seu corpo, menos atraente ou ter a sensação de que não exerce mais o controle sobre a vida dela.
Com isso, surge a melancolia intensa, a desmotivação diante da vida e a sensação de não ter forças suficientes para lidar com a rotina e as exigências desse novo estilo de vida. Há, então, desinteresse pelas atividades diárias, a tristeza constante e até mesmo o desejo súbito de fazer algum mal ao bebê.
Conforme os resultados de uma pesquisa publicada no Healthline, 20% das mortes pós-parto ocorrem por suicídio. Esses dados colocam o suicídio como a segunda causa mais comum de morte em mulheres pós-parto. Essa estatística alerta para a necessidade urgente de medidas preventivas para controlar os efeitos dessa doença.
Como é o tratamento para depressão pós-parto?
Um recém-nascido exige atenção em tempo integral. Se a mulher não tiver apoio ou ajuda de algum familiar, ela pode se sentir incapaz de dar conta de tal responsabilidade. Essa insegurança é um dos fatores que somados a outras influências, pode contribuir para potencializar a depressão pós-parto.
Algumas medidas preventivas para reduzir os sintomas dessa doença podem exigir maior participação dos familiares. É preciso buscar alternativas para ajudar o casal a superar a depressão pós-parto. Fazer arranjos para cuidar dos outros filhos, quando houver, pode evitar situações de ciúmes. Isso pode contribuir para que a mãe dedique atenção exclusiva ao novo filho e desenvolva mais afeto por ele.
No entanto, quando os sintomas depressivos persistem, o ideal é encaminhar a mulher para avaliação psiquiátrica em um hospital especializado em saúde mental. Considerando que a depressão pós-parto atinge quase metade das mulheres do Brasil, o ideal é buscar tratamento para o efetivo controle dos sintomas desse mal.
Os melhores tratamentos são as terapias associadas aos medicamentos antidepressivos. Quando ambos os pais mostram sinais de depressão, o aconselhamento do casal também é uma alternativa complementar ao tratamento para depressão pós-parto. Tal medida pode ajudar a controlar os impactos negativos desse problema e restabelecer a saúde e a qualidade de vida.
Agora é com você: se reconhece a necessidade de buscar ajuda nesse sentido, entre em contato com o Hospital Santa Mônica, pois estamos prontos para ajudar no que for preciso!