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Saúde Mental

Como ajudar amigos e familiares na prevenção de recaídas no uso de drogas?

Recaída uso de drogas

As drogas são substâncias nocivas e, em alguns casos, ilegais. Todas elas são prejudiciais à saúde, pois modificam as funções do organismo e podem causar dependência química. O uso de drogas no trabalho, com amigos ou em qualquer outra situação é um problema social e de saúde pública.

Felizmente, existem tratamentos disponíveis para os usuários. O primeiro passo é a desintoxicação, mas nem sempre ele é a etapa mais fácil. O dependente químico precisa estar sempre alerta e seguir à risca o tratamento para evitar recaídas.

Neste artigo que contou com a colaboração do psicólogo Antônio Chaves Filho, falaremos sobre esses episódios. Você vai entender quais são os gatilhos que os provocam e os seus principais sinais, além de conferir algumas dicas de como ajudar outras pessoas na prevenção de recaídas de drogas. Boa leitura!

Quais são os gatilhos para uma recaída no uso de drogas?

As recaídas são falhas na tentativa de parar ou diminuir o consumo de drogas. Para que sejam consideradas recaídas, é necessário que o paciente tenha ficado abstinente por, pelo menos, dois meses. 

Um terço dos usuários de álcool e drogas consegue a abstinência permanente já na primeira tentativa, enquanto outro terço tem breves episódios de recaídas no uso de drogas por um longo período. O outro grupo apresenta recaídas crônicas. A maior probabilidade é que elas aconteçam nos três primeiros meses de abstinência ou após 18 meses.

Um importante fator para a prevenção de recaídas das drogas é o conhecimento sobre os acontecimentos que podem desencadear essas reações. A seguir, nós listamos alguns deles, que devem ser evitados ou realizados com cautela:

  • encontrar amigos que usavam drogas juntos;
  • passar perto ou visitar um local onde se costumava usar drogas;
  • ter dinheiro disponível;
  • emoções negativas, como a perda de algum ente querido ou rompimento de relacionamentos amorosos, desemprego etc.;
  • emoções desconfortáveis, como fome, raiva, solidão ou cansaço;
  • isolamento social;
  • fraqueza física;
  • pressão no trabalho;
  • problemas em casa;
  • incômodo com os sintomas da abstinência;
  • contato com objetos que lembram a época do abuso de drogas.

Quais são os sinais da recaída?

Alguns sinais podem indicar que o paciente está prestes a ter uma recaída. Tanto ele quanto as pessoas à sua volta devem estar sempre atentos a isso e, caso notem o aparecimento de algum deles, o ideal é procurar ajuda profissional para evitar consequências mais graves.

Mudança de comportamento

Ao decidir pela abstinência, o dependente químico precisa mudar o estilo de vida e o seu comportamento para se adaptar a uma nova rotina. Quando está prestes a ter uma recaída, ele tende a abandonar alguns desses novos hábitos, achando que já não são assim tão importantes.

Estresse

A volta para a vida normal após o tratamento da dependência química pode ser muito estressante para o paciente. No entanto, alguns podem ter reações exageradas a essas situações. Tais mudanças no humor podem indicar o risco de recaídas, tanto as positivas como as negativas.

Perda de controle

Escolhas irracionais e comportamentos inconsequentes são outro sinal que deve manter em alerta aqueles que querem ajudar na prevenção de recaída das drogas. Quando isso acontece, o dependente começa a pensar que tudo está perdido, não tem confiança no tratamento e, por isso, torna-se incapaz de controlar os seus sentimentos e ações.

Negação

É preocupante quando o paciente começa a negar a existência da dependência química na sua vida. Ele se convence de que tudo está bem e tenta fazer com que as outras pessoas também acreditem nisso.

Quando esse tipo de comportamento aparece, o usuário pode achar que não há problema em beber ou usar drogas, pensando que isso não será considerado uma recaída.

Isolamento

Outro sinal de recaída é quando o paciente começa a se sentir desconfortável quando está com outras pessoas e a dar desculpas para faltar a encontros sociais. Em momentos como esses, é normal que ele também deixe de frequentar grupos de apoio e conversar com pessoas próximas.

Como ajudar na prevenção de recaída no uso das drogas?

A família e os amigos próximos têm um papel essencial na prevenção de recaída das drogas. Com o apoio de pessoas queridas, o paciente se sente mais confiante e tem uma recuperação mais rápida. Com essa rede de apoio, as chances de voltar a consumir essas substâncias também diminui. 

A prevenção de recaídas de drogas é a melhor maneira de evitar que isso aconteça. Se você conhece alguém que está se recuperando e quer ajudar, existem algumas coisas que podem ser feitas. A primeira, como já falamos, é prestar atenção aos sinais apresentados acima. Nenhum deles deve ser ignorado.

Outra forma de ajudar é incentivar o paciente a seguir com o tratamento, fazendo acompanhamento psicológico e frequentando grupos de apoio. Também é importante ajudá-lo a criar um projeto de vida e estabelecer uma nova rotina.

Manter o canal aberto para o diálogo é uma das principais ações de prevenção de recaídas de drogas. Crie uma relação de confiança com o paciente e deixe claro que está disponível para ouvir seus pensamentos, dúvidas, opiniões e sentimentos. Diga que está disponível para o que for necessário, inclusive para ajudá-lo, caso ocorra uma recaída.

Quando buscar ajuda em casos de recaída?

Ao aparecimento de qualquer um dos sinais citados acima, deve-se buscar ajuda profissional. Quanto mais cedo o paciente receber essa atenção, melhor. Por isso, é importante que familiares e amigos mais próximos tenham contato com a equipe responsável pelo tratamento e saibam como encontrar esses profissionais em caso de necessidade.

O Hospital Santa Mônica é uma instituição especializada no tratamento de doenças mentais e dependência química, com mais de 50 anos de experiência. Aqui, nós ajudamos pessoas prejudicadas pelo uso de heroína, cocaína, antidepressivos e outras drogas.

O paciente é atendido por uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionais e outros profissionais da área. Nossa estrutura física foi pensada especialmente para atender a esse tipo de paciente.

Como você pôde ver, a prevenção de recaídas no uso de drogas é possível, quando há atenção e uma rede de apoio ao paciente. No Hospital Santa Mônica, além dos consultórios e quartos para internação, caso seja necessário, contamos com uma ampla área verde, piscina, quadras esportivas e espaços destinados a atividades terapêuticas.

Se você conhece alguém que tem problemas de dependência química e pretende ajudar na prevenção de recaídas no uso de drogas, saiba que pode contar conosco. Entre em contato para conhecer melhor o nosso trabalho e saber como podemos ajudar!

2 Comentários em “Como ajudar amigos e familiares na prevenção de recaídas no uso de drogas?”

  • Neusa

    diz:

    Bom dia.
    Meu filho ficou internado por 5 meses numa clínica de reabilitação ao abuso de cocaína, e outras drogas. Hoje, recuperado, retomou a faculdade e emprego e casou. Porém algumas vezes tanto eu quanto a esposa suspeitamos de alguns deslizes na recaída, porém é difícil ter certeza, por ele ser por natureza uma pessoa de baixo estima, nao se sentir amado, negativa e vitimizada. O difícil para eu como mãe reconhecer, é que ele faz uso de drogas como maconha desde os 12 anos e sempre teve um comportamento vitimista. Como saber se o desanimo, cansaço, reclamações, desconfianças … é recaída ou não?

    Responder

    • Mônica

      diz:

      Olá Neusa, procurem manter uma conversa aberta com ele para que ele também sinta confiança em compartilhar com vcs, participar de grupos terapêuticos ajuda!

      Responder

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