Você sabe identificar uma alucinação? Esse é um problema que, apesar de não ser tão abordado, é mais comum do que pensamos e é um sinal de que a saúde mental não está bem.
Para você ter ideia, o estudo publicado British Psychiatry Journal concluiu que uma a cada 20 pessoas já teve um episódio de alucinação.
Para entender melhor o que é esse problema, como ele manifesta, qual a diferença em relação aos delírios e quando é preciso estar atento para tomar uma medida mais séria, como internar seu familiar, leia este conteúdo até o final e tire suas dúvidas sobre o tema!
O que é alucinação?
Uma alucinação ocorre quando a percepção do indivíduo identifica alguma coisa que não existe como sendo parte da realidade, como se fosse uma impressão subjetiva.
Em linhas gerais, as pessoas que sofrem desse transtorno psicológico apresentam vivências bastante reais, mesmo que o objeto, a pessoa ou fato alucinado não exista de verdade. Com isso, o problema altera a percepção de realidade, fazendo com que exista a sensação de experiência real de estar vivendo algo que não está acontecendo ou sequer existiu.
É interessante destacar que a alucinação é um fenômeno que surge internamente. Assim, a partir das distorções apresentadas pela própria mente, o objeto alucinado normalmente é muito nítido, até mais do que o real. Por essa razão, quem sofre com o problema tem certeza do que está vivenciando naquele momento.
Apesar da verossimilhança com o real, as alucinações não têm compromisso com o lógico, ou seja, fatos totalmente impossíveis ou sem concordância com a realidade não são raros. Assim, é perfeitamente plausível que pessoas com alucinação tenham visões como animais falantes, monstros, vozes ou qualquer coisa que dependa de algum sentido (visão, olfato, paladar, audição e tato) para ocorrer.
Qual a diferença entre alucinação e delírio?
Depois entender melhor como funciona a alucinação, você pode estar se perguntando se existe uma diferença nítida entre esse transtorno e um delírio, certo? Basicamente, a diferença reside no tipo de influência que cada um sofre para que ocorra, pois, enquanto as alucinações são fenômenos internos e criados pela mente, os delírios precisam de algum estímulo externo para surgir.
Com aparecimento repentino, o delírio é uma alteração que pode ser causada por diversos fatores, o que o torna de difícil diagnóstico. É caracterizado como uma perturbação grave na capacidade mental de uma pessoa, resultando na diminuição da consciência e pensamento confuso.
Os delírios não dependem dos sentidos para emergirem, mas, sim, causam uma interpretação errada da realidade a partir da distorção dos estímulos. Eles podem ser de várias naturezas e alguns dos mais comuns são o delírio de perseguição, quando a pessoa se sente perseguida por algo ou alguém.
Já o delírio de grandeza, a pessoa tem certeza de ser alguém que é melhor que todos à sua volta — outro caso comum é em relação a ataques de ciúmes baseados na crença de uma suposta traição.
Quando é preciso ter atenção?
Conheça alguns dos possíveis sinais da manifestação das alucinações.
- visuais: ver algo que não está diante dos olhos, como um animal, por exemplo;
- auditivo: ouvir alguém que não existe, como o famoso “canto das sereias”;
- táteis: sentir algo encostando na pele, como a sensação de ter as pernas puxadas durante o sono;
- olfativos: sentir cheiros inexistentes, como o cheiro de fezes em algum ambiente;
- gustativos: sentir o sabor de algo que não entrou em contato com as papilas gustativas, como o gosto de terra, por exemplo.
Já considere a possibilidade de internação?
Dependendo da gravidade, as melhores opções são recorrer à orientação profissional, buscar por tratamentos especializados ou mesmo a internação. O Hospital Santa Mônica é referência nesse tipo de tratamento e proporciona atendimento multidisciplinar, médico clínico 24 horas, psiquiatras, além de um ambiente tranquilo para o paciente e auxílio individualizado de acordo com as necessidades.
Agora que você já conhece o que é uma alucinação, ao identificar alguns dos sintomas apresentados ao longo deste post, o ideal é contar com o apoio da família e dos amigos e procurar uma orientação médica adequada e instituições que respeitem os pacientes como o Hospital Santa Mônica.
Caso tenha dúvidas, sugestões ou relatos sobre o tema, deixe seu comentário!