Durante a juventude, momento de transição para a fase adulta, é comum que as transformações no corpo, as alterações hormonais e novas descobertas, como a sexualidade, façam com que os adolescentes tenham oscilações de temperamento. Em alguns casos, todavia, quando os sintomas de tristeza profunda e isolamento se agravam, é fundamental se atentar ao risco de depressão na adolescência.
Hoje, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com depressão, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, OMS. Em uma década, estima-se que o aumento tenha sido próximo a 20% — e os adolescentes se mostram especialmente vulneráveis.
Para saber como lidar da melhor forma com condições psicológicas e emocionais complicadas da adolescência, acompanhe nosso artigo.
Entender e trabalhar as frustrações pessoais
Hoje, com o incentivo demasiado ao consumo, o excesso de exposição a telas e a redes sociais, a espetacularização das vidas faz com que sejam criados ideais inatingíveis de sucesso — seja no âmbito da aparência, financeiro ou de prestígio social.
Segundo a pesquisa promovida pela Royal Society for Public Health, instituição do Reino Unido, o Instagram, por exemplo, é a rede social que mais prejudica a saúde mental dos jovens, gerando expectativas irreais em milhões de publicações que promovem um estilo de vida inalcançável pela maioria dos adolescentes comuns.
Debater e incentivar a consciência sobre o exagero da exposição e da utilização de dispositivos digitais, com auxílio da família, dos amigos e da escola, permite que tenham suporte emocional.
Assim, serão capazes de entender que não precisam se adequar a todos os padrões difundidos e, principalmente, que suas frustrações fazem parte da vida, mas podem ser trabalhadas com maturidade emocional.
Aliviar a ansiedade juvenil
A ansiedade dos adolescentes pode ser justificada pelo excesso de estímulos que recebem e pelo imediatismo característico dessa fase da vida, responsável por causar quadros de estresse e pânico diante de situações cotidianas.
Para aliviá-la, é importante buscar auxílio em atividades que sejam prazerosas para o jovem, como a prática regular de atividades físicas, com destaque àquelas realizadas em grupo, capazes de promover a socialização, além de bons hábitos alimentares e períodos de desligamento das plataformas digitais.
Afinal, o esgotamento pode ser fator preponderante para casos mais graves e a inclusão digital, quando feita com responsabilidade, tende a ser mais saudável.
Identificar e buscar ajuda para combater a depressão na adolescência
Diferentemente da tristeza, que se caracteriza como uma emoção decorrente de causas ou estados de espírito temporários, a depressão é um transtorno mental em que o sentimento, em sua forma aguda, persiste e impede continuamente a pessoa de realizar suas atividades do dia a dia.
Ansiedade, perdas na família, traumas e estresse são fatores que auxiliam a desencadear o quadro da doença. Somados à queda da autoestima e ao medo de fracassar, é comum que o jovem apresente sintomas como dores de cabeça, enjoo, indisposição, excesso de sono ou insônia, falta de ar e automutilações. Na parte psicológica, destacam-se nervosismo, irritação e medo.
A doença, entretanto, pode ser tratada com apoio multidisciplinar e incentivo ao jovem para que recorra àqueles que confia e busque auxílio de profissional capacitado para realizar diagnóstico.
Com aconselhamento terapêutico, assistência médica e, principalmente, compreensão e amor das pessoas que compõem o seu círculo social, é possível tratar a depressão na adolescência e enfrentá-la para ter uma vida adulta feliz em que lide melhor com suas frustrações pessoais e emoções.
Para saber mais sobre ansiedade, acesse o vídeo produzido com a dra. Luana Harada, psiquiatra do Hospital Santa Mônica.
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