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Fevereiro roxo: mês de conscientização do Alzheimer

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Entre as demências que surgem na idade avançada, o Alzheimer é uma das doenças mentais que compõem a lista dos principais desafios globais na área de saúde. Com o aumento da longevidade, milhões de pessoas — no Brasil e no mundo — enfrentam, atualmente, os impactos gerados por esse quadro clínico. Nesse contexto, o Fevereiro Roxo representa a oportunidade de divulgar campanhas e de disseminar informações sobre a importância de controlar essa doença.

Considerando que o Alzheimer gera consequências amplas para o paciente, seus familiares, a sociedade e o sistema de saúde, a proposta deste artigo é mostrar a relevância do Fevereiro Roxo. Mostraremos um panorama dessa doença no Brasil e no mundo e apresentaremos as melhores alternativas de tratamento. Acompanhe!

O Alzheimer no Brasil e no mundo

A Carga Global de Doenças, conhecida por GBD, avalia lesões, doenças crônicas e degenerativas, e os fatores de risco por meio de um método sistemático de análise de perdas da estabilidade da saúde, mas de forma não fatal. Essa metodologia também serve como parâmetro de avaliação entre países e os casos de doenças com maior prevalência.

O uso de dados estatísticos globais e essas comparações entre os países com menor ou maior incidência de certas doenças, podem auxiliar a compreensão das causas e direcionar condutas mais acertadas em prol da prevenção e da melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Compreender os fatores que influenciam o aparecimento dessas doenças neurodegenerativas e analisá-los sob um contexto socioeconômico e cultural, também fornecem dados para a escolha de estratégias mais eficazes de controle e de tratamento do Doença de Alzheimer.

Pontuamos os aspectos mais importantes e que ajudam a entender o atual panorama dessa doença no Brasil e no mundo. Os dados se referem a um estudo publicado em 2016. Confira:

  • a demência atinge mais mulheres do que homens;
  • de 1990 a 2016, a morte por demência aumentou em 148%;
  • o risco para a doença dobra a cada cinco anos entre 50 e 80 anos.
  • entre 1990 e 2016, os casos de demência cresceram em média 117%;
  • somente em 2016, 8,6% das mortes em indivíduos acima de 70 anos foi por demência;
  • o número de casos confirmados passou de 20,2 milhões em 1990 para 43,8 milhões no ano de 2016;
  • o Brasil ocupa o 2º lugar em casos novos, atrás apenas da Turquia com 1192 casos por 100 mil habitantes;
  • em termos globais, as demências atingiram um patamar de 2,4 milhões de óbitos nesse período.

A importância do Fevereiro Roxo

O Fevereiro Roxo foi criado em 2014 em Minas Gerais e, assim como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, essa campanha promove a conscientização sobre 3 doenças de grande incidência na população mundial: o Lúpus, a Fibromialgia e o Alzheimer.

Você pode estar se perguntando em quais aspectos essas doenças se assemelham, não é mesmo? Pois bem, ainda que elas sejam bastante diferentes em termos de causas, sintomas e as formas de manifestação, ambas têm em comum o fato de serem incuráveis.

Embora as ciências médicas ainda não tenham descoberto a cura para a  doença, há algumas alternativas de tratamento que possibilitam o controle dos sintomas dessas doenças. Além disso, o diagnóstico precoce é extremamente importante para iniciar o tratamento o quanto antes e manter o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes.

Nesse sentido, o mês de conscientização se torna essencial para levar informações sobre o comportamento dessas doenças, sobretudo quanto ao Alzheimer, cuja incidência está cada dia maior em nossa população. Considerando que o aumento do número de casos de doenças degenerativas segue o padrão da expectativa de vida, a busca de medidas que objetivem a redução do impacto desse problema pode fazer muita diferença na vida de quem luta contra esse mal.

O GBD 2016 destacou quatro fatores de risco considerados como evidências suficiente para influenciar o surgimento do Alzheimer. Observe:

  • índice de massa corporal (IMC) elevado;
  • glicose alterada;
  • etilismo e tabagismo;
  • alta ingestão de açúcar;
  • falta de atividade física.

Logo, o controle dos fatores e a busca de ações de educação preventiva são fundamentais para minimizar os efeitos desses mecanismos no desenvolvimento da doença. O Fevereiro Roxo torna-se, então, uma forma interessante de dar mais visibilidade às doenças e a seus sintomas. Possibilita também incentivar as pessoas que suspeitam de algum problema à procura do diagnóstico precoce e da orientação profissional.

Como funciona o tratamento para Alzheimer

Segundo o psicogeriatra dr. Marcel Vella Nunes, psiquiatra do Hospital Santa Mônica “O Alzheimer é caracterizado por perda gradativa da capacidade cognitiva: compromete a memória, atenção, funções executivas, dentre outros e evolui para demência no momento em que a funcionalidade do indivíduo fica prejudicada, uma vez que não consegue mais realizar adequadamente as atividades de vida diária (pagar contas, gerir seus bens, lembrar de compromissos, etc). Duas principais proteínas estão envolvidas na gênese e desenvolvimento da doença: a proteína beta-amiloide e a proteína tau. Quando ambas se acumulam em excesso no cérebro do indivíduo devido inúmeras causas e fatores de risco, os sintomas da doença começam a surgir.”

O Alzheimer afeta especialmente os idosos e, por isso, muitas vezes ele pode ser confundido com sintomas típicos da idade, o que o torna uma enfermidade subdiagnosticada.

Dr. Marcel reforça ainda que “como a doença evolui gradualmente, ela acaba trazendo muitos prejuízos para a rotina do paciente. Como o Alzheimer ainda não tem cura, a compreensão sobre o modo como ele afeta o organismo representa um passo importante na escolha das terapias mais adequadas, para minimizar os sintomas e tornar o cotidiano do paciente mais tranquilo.”

Atualmente, o tratamento disponível é feito com medicações diárias, cuja função é aumentar a ação de um neurotransmissor cerebral que controla as funções cognitivas e ajuda na recuperação da memória e da atenção. Terapias alternativas como apoio psicológico, m e a realização de atividades como yoga, caminhadas e hidroginástica também são indicadas para portadores de Alzheimer nos estágios iniciais.

A importância de contar com um hospital qualificado

A atenção e o cuidado de um hospital especializado pode fazer toda diferença no tratamento do Alzheimer. Nossa equipe multidisciplinar é composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e outros que integram esse trabalho focado na recuperação do bem-estar e da qualidade de vida do paciente.

Logo, se você tem um familiar com suspeita dessa doença ou com diagnóstico confirmado, o ideal é buscar ajuda especializada. O Hospital Santa Mônica está articulado com campanhas como a do Fevereiro Roxo, pois um dos nossos objetivos — enquanto instituição especializada em saúde mental — é disseminar informações que permitam melhores condições de saúde e a redução dos efeitos de doenças como o Alzheimer.

Agora é com você: tem dúvida sobre o processo de tratamento e de controle do Alzheimer? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica e conte conosco para o que precisar!

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