Um dos maiores desafios da atualidade é encontrar formas de minimizar o impacto do alto índice de depressão entre universitários. O Ministério da Saúde (MS) publicou recentemente que o suicídio no Brasil é a 4ª causa de morte entre jovens.
Essa realidade está cada vez mais presente no cotidiano da vida acadêmica. Na UFMG, a depressão tem elevado o número de tentativas de suicídio. O Jornal da USP destacou o aumento da depressão no meio universitário e frisou a necessidade de intervenções mais incisivas sobre a prevenção da saúde mental.
Esses dados refletem a real situação do país e alertam quanto à necessidade de ampliar as discussões sobre o tema. Vamos falar um pouco mais sobre isso? Continue a leitura!
Quais são as causas da depressão entre universitários?
Principalmente nas faculdades públicas, a cobrança acadêmia é muito alta e acentua outros fatores que culminam com a depressão. O excesso de conteúdo, trabalhos e provas, além dos professores exigentes e a ausência da família, são fatores determinantes para a instabilidade mental.
Nessa conjectura, destacamos os principais motivos que influenciam a ocorrência dos transtornos mentais que mais preocupam as universidades. Confira!
Pressão por bom desempenho
Uma carga de tarefas muito excessiva na universidade e a falta de tempo para dormir são pontos extremos que deixam o aluno mais susceptível à ansiedade e depressão.
A universidade é, em si, um ambiente de alta competitividade: disputas por bolsas de estudos, intercâmbios e vagas de estágios, por exemplo exigem um alto desempenho. Quando o aluno não atinge esse patamar, a vida acadêmica parece perder o sentido e começam a surgir os problemas.
Crise do modelo de vida
O sofrimento emocional pode estar relacionado a uma crise do modelo de vida que muitos jovens levam até entrar na universidade. Quem passa em vestibulares muito concorridos normalmente precisou dedicar um longo período da vida ao cursinho.
Depois de aprovados, muitos não sabem se realmente valeu a pena e nem se era aquilo mesmo que almejavam. Essa frustração concorre para o surgimento da depressão e de outros desequilíbrios que comprometem a saúde mental.
Perda de referências
Quando há necessidade de se deslocar para outras cidades ou estados, o universitário sofre sérias mudanças que demandam “rearranjos emocionais” para encarar a nova vida.
A ausência da família e dos amigos ou mesmo a perda da tradição do lugar onde cresceu deixam o jovem sem referência e implica desajustes psíquicos.
Como as universidades e os familiares podem ajudar nessas situações?
São múltiplas as exigências e demandas que geram angústias, estresse, dores generalizadas e conflitos. Com isso, os indivíduos que compõem o grupo de risco para os desequilíbrios emocionais ficam mais vulneráveis.
Crises de ansiedade, desmotivação, insônia e pânico são os sintomas mais evidentes e vistos como gatilhos para a depressão no meio universitário. Diante disso, as instituições têm se mobilizado e proposto intervenções de apoio psicológico aos alunos que necessitam de ajuda.
Além disso, o apoio da família também é imprescindível para direcionar o estudante a soluções mais eficazes. Os números da depressão nas universidades colocam os pais, professores e autoridades em alerta em relação a essa realidade.
Portanto, os serviços de apoio e assistência psicossocial detêm um papel fundamental na prevenção de distúrbios que podem evoluir para a ideação suicida.
Para minimizar os impactos negativos da depressão entre universitários, é fundamental mobilizar instituições e buscar alternativas para restabelecer a saúde mental desses jovens. E isso, de modo urgente.
Gostou deste artigo? Então, veja também um panorama sobre a questão do suicídio entre jovens no Brasil e conheça as melhores intervenções para auxiliar a quem precisa!