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Craving e dependência química: como superar?

Já ouviu falar do termo craving na dependência química? Veremos neste artigo que contou com a colaboração do Dr. Rodrigo Ribeiro Rocha, psiquiatra do Hospital Santa Mônica, o que isso significa e como influencia os desejos das pessoas que fazem uso de drogas. Inclusive, foi verificado por meio de estudos que as relações familiares, sociais e financeiras são gatilhos para elas entrarem no processo de fissura.

Quem tem maior probabilidade são mulheres, sedentários, obesos e indivíduos com estresse crônico. Por isso, continue a leitura para que possa compreender melhor o assunto e tirar suas dúvidas.

O que é o craving na dependência química?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), craving é um desejo de experimentar repetidamente uma substância que proporciona uma sensação boa e prazerosa.

Antes, esse termo era muito utilizado para os dependentes químicos, mas nos últimos anos começou a ser aplicado também na área de nutrição. Isso porque a necessidade compulsiva de alimentos ao ingeri-los promove a liberação da serotonina e endorfina, causando bem-estar.

Nem todas as pessoas agem da mesma maneira, já que o craving traz mudanças comportamentais, emocionais e alterações fisiológicas porque envolvem hormônios. Por exemplo, um item que faz muito mal como o açúcar é capaz de gerar comportamentos compulsivos. Após consumi-lo, a pessoa recebe muita dopamina, provocando uma sensação compensatória comparável às drogas.

Quais são as principais estratégias de enfrentamento do craving em dependentes?

Hoje, o craving é considerado relevante para manter a abstinência, logo, tem sido muito pesquisado para compreender os processos de tratamento para os dependentes químicos.

Dessa forma, é possível traçar um planejamento personalizado, já que cada pessoa reage de uma maneira. Para seu enfrentamento, é utilizada a terapia cognitivo-comportamental desde o começo, além de outras que verá a seguir.

Distração

O paciente deve focar sua atenção ao mundo externo quando sentir essa fissura. Assim, o indicado é procurar uma atividade, como trabalhar, fazer um artesanato, praticar um esporte, entre outras.

Cartões de enfrentamento

São fichas com frases impactantes que servem de lembretes e incentivos, de modo que a pessoa não recorra a drogas. Nelas, também podem conter o que ocorre se a pessoa cair na tentação e as vantagens de ela lutar contra seu desejo.

Relaxamento

Os pacientes recebem treinamento de relaxamento por meio da respiração e da distensão muscular. Isso é importante porque ajuda aliviar a ansiedade e permite que o indivíduo fique mais calmo, reduzindo suas vontades.

Refocalização

Mudança de foco, essa é a chave desse exercício. O dependente químico fica prestando atenção em uma palavra que para ele é relevante ou uma imagem que não tem relação com as drogas.

Substituição por imagem negativa

Ele troca uma imagem positiva relacionada aos entorpecentes por uma que mostre o quanto aquela substância é ruim. Também inclui os males que causa ao seu corpo, ao seu emocional, assim como para os familiares e amigos.

Substituição por imagem positiva

Aqui se trabalha a autoestima, proporcionando visualizações de si vencendo o craving na dependência química e conquistando benefícios em sua vida pessoal e profissional. Esse estímulo é fundamental para trazer esperança de dias melhores.

Ensaio por visualização

Outra técnica é preparar a pessoa para enfrentar a vida sozinha. Desse modo, o terapeuta imagina situações ruins e como o paciente deverá agir de forma correta para superar, sem utilizar drogas. Aqui, são exercitados pensamentos e emoções que desencadeiam a vontade, mas ele atuará limpo.

Visualização de domínio

Técnica empregada principalmente quando o paciente não consegue resistir ao desejo. Logo, o terapeuta promove a visualização de que a pessoa está vencendo o fato e decidindo os rumos de sua vida. Inclusive, são usados exercícios físicos e automassagem para estimular melhores resultados, reduzindo o craving e os sintomas da abstinência.

Psicofármacos

Os psicofármacos ainda estão em estudo quanto ao seu real efeito no controle da fissura, pois muitos têm seus resultados limitados. Diante disso, não é indicado excluir as técnicas que evitam recaídas e essas apresentadas acima. Na verdade, o correto é combinar tanto a farmacoterapia com os tratamentos psicoterápicos, de modo a promover um melhor resultado aos dependentes químicos.

Quais são as opções de tratamento e por que contar com o Hospital Santa Mônica?

Como a dependência química é uma doença crônica, o paciente precisa de acompanhamento, sobretudo no início, pois ela muda conforme a pessoa, o que varia o quadro clínico dela. Por isso, começar com a redução de danos é primordial, porque é difícil ela aceitar que tem um problema e que precisa de tratamento.

Assim, os profissionais de saúde intervêm, minimizando os estragos que as drogas provocaram. Depois, entram os psicólogos e psiquiatras, que vão mostrar os benefícios que é viver sem as drogas após o dependente parar seu uso. Confira quais são os tratamentos indicados.

Tratamento terapêutico

Os profissionais especializados como médicos, enfermeiros, terapeutas e psicólogos fazem uma avaliação do paciente para determinar o melhor tratamento conforme as suas necessidades. Eles o analisam como ser único e com muita empatia.

Desintoxicação

Na fase de desintoxicação a pessoa será cercada de cuidados e assistência médica, considerando que é um processo muito sofrido para o dependente. Logo, é correto que ele seja internado para eliminar todas as substâncias ruins que estão no organismo e usar medicamentos para reduzir os efeitos colaterais desse processo.

Dinâmicas em grupo

Na dinâmica de grupo são trocadas as experiências entre amigos e familiares. Isso faz o indivíduo perceber que todos têm suas dificuldades, sentimentos, medos, angústias. Além disso, fortalece os elos de relacionamento.

Terapia ocupacional

A terapia ocupacional promove a imaginação do dependente para que ela seja transferida por meio de desenho, pintura e música. Faz ele olhar para dentro de si, ajuda na ressocialização e traz autoconfiança, mostrando suas capacidades.

Atividades físicas

As atividades físicas são benéficas tanto para o corpo quanto para a mente. Partes essenciais no tratamento, fomentam a liberação de endorfina, hormônio que garante o bem-estar. Também, os exercícios ajudam na autoestima.

Agora, saiba que o Hospital Santa Mônica oferece todos esses tratamentos e está capacitado para atuar no craving na dependência química. Temos equipes multidisciplinares e especializadas para atender, acolher e tratar esses pacientes de acordo com suas características.

Explicamos sobre craving na dependência química e os processos do tratamento. Se ficou alguma dúvida, por favor entre em contato conosco para que possamos esclarecer.

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