A maternidade, ainda que seja uma fase extremamente marcante para muitas mulheres, na qual surgem os laços de amor que conectam mães e filhos, também é bastante romantizada e pode ser acompanhada de transtornos com os quais não é fácil lidar, como depressão e a psicose pós-parto.
Também conhecida como psicose puerperal, nela, após dar à luz à criança, a mãe sofre de delírios e alucinações capazes de despertar sentimentos como raiva, medo e agonia.
Para saber mais sobre o tema e entender qual é a relação do histórico familiar com esse transtorno, continue a ler nosso artigo a seguir.
O que é a psicose pós-parto?
A psicose pós-parto é um dos distúrbios, como a depressão pós-parto, capazes de acometer mães após o nascimento de seus filhos. Hoje, chega atingir uma a cada 500 mulheres. Com graves sintomas de alucinação, pode levá-las a desenvolver surtos psicóticos.
Não deve ser confundida, entretanto, com a tristeza pós-parto ou baby blues, a qual configura apreensão e desânimo, decorrente de grandes oscilações hormonais após a gravidez, e não costuma durar mais de duas a três semanas.
Quais são os sintomas da psicose pós-parto?
Os sintomas da psicose puerperal tendem a aparecer rapidamente e, em muitos casos, começam logo após o parto. Entre os aspectos mais comumente relatados estão confusão mental, choro e tristeza excessiva, delírios, irritabilidade, desconfiança, mudanças bruscas de humor e até mesmo perda de qualidade de sono.
Todos implicam em grande sofrimento para a mulher, já que acabam por afastá-la do filho recém-nascido, gerando agitação e dor.
Qual a interferência do histórico familiar na psicose pós-parto?
Embora não se apliquem a todos os casos, alguns fatores tendem a aumentar os riscos de uma mulher sofrer de psicose pós-parto, como grandes variações nos níveis de hormônios, problemas de sono, transtornos bipolares e a ocorrência de casos anteriores na família.
Sendo assim, caso outras familiares tenham tido o transtorno, é importante informar ao médico obstetra e acompanhar quaisquer dos sintomas anteriormente citados, após o parto, quando ocorrerem com frequência e intensidade preocupantes.
Qual é o tratamento da psicose pós-parto?
Para tratar a psicose puerperal, é fundamental recorrer ao tratamento psiquiátrico, com internação, aliada à psicoterapia. Assim, o psiquiatra pode acompanhar o caso e prescrever os medicamentos necessários, tomando todos os cuidados para que esses não impactem sobre a saúde do bebê enquanto a mãe amamenta.
Em alguns casos, a eletroconvulsoterapia, apta para o tratamento desse e de outros transtornos psicóticos, pode enviar correntes elétricas cerebrais capazes de dissipar os sintomas e o quadro da paciente
A psicoterapia, ao fim, auxilia na compreensão de todos os sentimentos experimentados e permite que a mãe, após sua recuperação, não se sinta culpada por ter vivido o transtorno.
Ainda que a psicose pós-parto seja motivo de sofrimento para muitas mulheres, é possível revertê-la e voltar a ter uma vida saudável, desfrutada com amor e carinho ao lado da nova criança chegada à família. Com o auxílio de um hospital psiquiátrico e de uma equipe multidisciplinar preparada, como a do Hospital Santa Mônica, a paciente tende a se sentir ainda mais confiante.
Tem alguma questão sobre o tema ou deseja relatar uma experiência de psicose pós-parto? Então deixe seu comentário abaixo!