Todos os pais aconselham seus filhos a não experimentarem drogas, visto que esse é um hábito extremamente maléfico para a saúde, que pode causar vício e abalar toda a estrutura familiar. No entanto, algumas pessoas optam por esse caminho, independentemente do motivo.
É preciso que a família entenda que a culpa não deve ser atribuída a ninguém, seja para o filho ou para os pais. Mãe, pai e irmãos, entre outros entes queridos que participam da criação, costumam ter esse hábito, responsabilizando-se por deixar o filho com “más companhias” ou “solto demais”.
No entanto, o uso de drogas tem causa multifatorial, ou seja, depende muito do que está acontecendo na vida do indivíduo, o ambiente em que ele está inserido e como ele encara as próprias emoções.
Em alguns casos, para lidar com o vício, surge a necessidade de internação. Nós sabemos que não é fácil indicar e incentivar esse passo para um filho com problemas com drogas e que pode ser de difícil abordagem, mas deve ser uma opção muito importante para o tratamento e recuperação para quem está passando pela situação.
É importante que você saiba, também, que a internação involuntária é uma realidade em casos graves e delicados, em que outras terapias não surtiram efeito e não existe vontade de melhorar por parte de quem desenvolveu o vício.
Neste post, abordaremos as melhoras práticas para abordar seu filho sobre a necessidade de internação para tratamento de vício com drogas.
Vença os preconceitos sobre a necessidade de internação
Existem alguns sinais que sugerem que uma pessoa possa estar usando drogas, como a falta de comprometimento com atividades escolares ou do trabalho, alterações no relacionamento familiar, perda da vida social e afastamento dos amigos, falta de dinheiro e pequenos furtos dentro de casa. Quando perceber essas alterações no comportamento do seu filho, considere-as como indícios de que ele precisa de ajuda.
No entanto, alguns pais ainda são resistentes e tentam não tomar atitudes que consideram agressivas, como o tratamento psiquiátrico ou a internação. Isso acontece porque há muito preconceito em relação ao psiquiatra, profissional conhecido antigamente por tratar “loucos”.
É preciso eliminar esse mito, pois o psiquiatra trata diversos tipos de distúrbios mentais, como a ansiedade e a depressão, doenças comuns no cotidiano de muitas pessoas. O tratamento melhora a qualidade de vida, deixando a pessoa saudável, o que também pode ocorrer com os usuários de drogas.
Converse com seu filho antes que seja necessária uma internação involuntária
Após procurar opções de tratamento, procure conversar com o dependente químico em um local confortável, longe de interrupções ou de público. Ele não deve estar sob o efeito de drogas na hora da abordagem, visto que esse é um momento delicado e que exige total atenção e entendimento.
Nesse momento, é muito importante não fazer acusações ou exigir mudanças, mas, sim, estar aberto para ouvir e compreender. Ele deve ser indagado sobre o que está acontecendo e quais problemas o estão incomodando, deixando claro que há preocupação por parte da família.
O intuito é se mostrar um verdadeiro porto seguro para o ente querido, demonstrando que há opções para se tratar e que várias pessoas desejam vê-lo fora da situação, estando aptas a ajudar.
O objetivo dessa conversa é convencer o usuário a procurar tratamento voluntariamente, seja indo a um psiquiatra, em um primeiro momento, ou concordando com uma internação, dependendo do estágio em que a pessoa se encontra. A princípio, deve-se optar por estratégias extra-hospitalares, ou seja, em ambulatório especializado ou CAPS.
No entanto, há casos urgentes e que demandam internação involuntária, o que pode ser a única medida para manter a saúde da pessoa. Nesse caso, os familiares devem procurar orientação com profissionais especializados para auxiliar na escolha da melhor decisão.
É importante salientar que nem todos os indivíduos que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas devem ser internados. Até 15 anos, essa internação é involuntária, visto que não há capacidade civil para escolher o que é mais benéfico. Já para pacientes a partir dos 16 anos, a internação é voluntária e só será feita contra vontade se houver situação de emergência psiquiátrica ou por decisão do juiz (compulsória).
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