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Antifragilidade: entenda o conceito e como as mulheres estão superando desafios

O termo antifragilidade ainda pode soar estranho para parte das pessoas, mas é algo que vem ganhando espaço com a participação das mulheres em todos os segmentos sociais. Esse conceito veio para transpassar a ideia de resiliência, já que a nomenclatura se tornou obsoleta para descrever a verdadeira força feminina emergente.

Mas você sabe o que significa antifragilidade? Se ainda não, chegou a hora de descobrir com a Dra. Luciana Mancini Bari, médica do Hospital Santa Mônica, por que esse termo vem sendo usado para se referir à forma como as mulheres estão superando seus desafios. Vamos lá? Aproveite!

O que é antifragilidade?

Mulher é sexo frágil? Pode parecer um pensamento ultrapassado, mas muitas pessoas ainda acreditam que, diante de situações difíceis, a única reação possível para elas é o sufocamento das próprias emoções, desencadeando quadros como ansiedade e depressão. Mas elas vêm encontrando uma forma muito interessante de superar as adversidades.

Para entender com precisão ao que se refere o termo antifragilidade, é preciso, primeiro, compreender que a terminologia mais próxima dele é a resiliência. De acordo com a física, trata-se da capacidade que algo tem de voltar à sua forma original, mesmo após ter sofrido alguma deformação. Em outras palavras, é algo que resiste ao tempo e às suas interferências, permanecendo o mesmo.

Quando aplicado aos seres humanos, o termo resiliência está associado à habilidade que algumas pessoas têm de suportar os danos do dia a dia e continuar firmes e fortes em seus propósitos. Então, por que ela não é mais suficiente para se referir à forma como as mulheres estão superando seus desafios?

Basicamente, porque surgiu outra terminologia ainda mais adequadas: a antifragilidade. Essa, por sua vez, se refere não apenas à capacidade de suportar os danos provocados pelas dificuldades, mas de se fortalecer ao passar por cada uma delas. É como uma versão 2.0 da resiliência.

Existe, inclusive, um livro escrito sobre o tema — Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos. Se uma pessoa resiliente é forte apesar das dificuldades, a antifrágil é forte por causa delas. Ser antifrágil, na verdade, é algo que tem muito a ver com a capacidade de utilizar as adversidades para crescer, tomar impulso, tornar-se mais potente.

Quais são suas características?

Você já deve saber que, para ser uma mulher antifrágil, é preciso desenvolver algumas características específicas, não é verdade? Agora, você vai conhecer as principais delas!

Não têm medo do risco

Para as antifrágeis, o risco nada mais é do que uma oportunidade de crescimento. Por isso, elas não têm medo de tentar, afinal, compreendem que o erro faz parte do acerto. Elas saem da sua zona de conforto e arriscam, porque mesmo que algo não saia como o esperado, servirá como aprendizado.

Crescem 1% a cada dia

Assim como os músculos do corpo, a antifragilidade também precisa de momentos de estresse e de descanso. Por isso, as mulheres com essa habilidade não se exigem de forma excessiva, elas respeitam o próprio tempo e corrigem aquilo que está ao seu alcance, um dia de cada vez.

Sabem perder

Assim como elas não têm medo de errar, as mulheres antifrágeis suportam muito bem as suas perdas, afinal, sabem que imprevistos acontecem. Como elas entendem o erro como parte da construção do acerto, também compreendem a importância de suportar certas dores e derrotas.

Por que ela vai além da resiliência?

Muitas pessoas compreendem a antifragilidade apenas como um sinônimo de resiliência. No entanto, como você viu, ela vai além desse conceito. Ser antifrágil também tem a ver com aceitar as crises inerentes a cada etapa da vida, entender que elas são parte do processo de construção do ser humano e que exigem a superação de desafios.

A antifragilidade reúne uma série de características que vão bem além da necessidade de suportar as próprias falhas e os problemas que se apresentam na rotina. Na verdade, é uma estratégia para reverter aquilo que inicialmente poderia ser encarado como algo ruim em uma ótima oportunidade de se fortalecer. Portanto, essa é uma habilidade crucial, tanto na vida pessoal quanto na profissional.

Como um bom vinho, que fica melhor com o passar do tempo, o ser humano também tem essa habilidade intrínseca de se melhorar com os desafios diários. Para isso, basta descobrir seu verdadeiro potencial para criar cada vez mais em meio ao caos.

Como as mulheres estão superando desafios?

As mulheres vêm se superando cada vez mais, demonstrando a sua força e enfrentando problemas com mais autonomia. Essa é uma mudança significativa em relação aos tempos passados, especialmente, naqueles em que o patriarcado assumia um papel prevalecente.

Essa transformação está intimamente relacionada com a conquista e o posicionamento que as mulheres vêm assumindo no mercado e na sociedade. De acordo com a Agência Brasil, no mercado de trabalho:

  • as mulheres têm mais dificuldade para chegar a cargos de chefia;
  • quando chegam, têm salários menores que dos homens;
  • elas são, em grande parte, responsáveis pelos afazeres domésticos, além de seus trabalhos formais;
  • sua participação no mercado de trabalho é cerca de 30% menor que a dos homens.

Mas essa é uma situação que vem sendo veementemente combatida. Milhares delas mostram sua força diariamente através da antifragilidade e transformam essa característica em um recurso para fortalecer a saúde mental da mulher.

Quer um exemplo disso? Mulheres que antes eram impedidas de trabalhar em serviços pesados, por serem consideradas mais fracas fisicamente, hoje, operam máquinas tecnológicas que automatizam boa parte do trabalho para elas. O que era uma fragilidade, tornou-se uma força.

Além disso, de acordo com a Programação Neurolinguística, o ser humano tem todos os recursos internos para superar quaisquer desafios que se apresentem no decorrer da vida. Isso significa que estamos preparados para enfrentar mesmo as situações mais traumáticas.

Assim como o exemplo que você conferiu, existem diversas outras adversidades impostas pela sociedade em relação ao papel da mulher na família, no trabalho e em todos os ambientes. No entanto, é preciso assumir a antifragilidade e transformar essa dificuldade em uma potencialidade, utilizando a sua perspicácia no dia a dia.

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