A Organização Mundial da Saúde, OMS, deu um passo importante neste ano e retirou a transexualidade da nova Classificação Internacional de Doenças (CID 11). A medida é simbólica e fundamental para diminuir o estigma relacionado à população de pessoas transgêneros.
Na classificação, a transexualidade permanece como incongruência de gênero, o que auxilia transexuais a receberem cuidados de redes de saúde, já que fazem parte de um grupo em que a falta de políticas públicas e de acolhimento causam graves problemas.
Não à toa, em uma série de estudos sobre saúde de pessoas transgêneros, a revista The Lancet revelou em 2018 que aproximadamente 60% da população transgênero sofre de depressão.
Para entender os motivos que levam a esse quadro e saber de quais formas ele pode ser revertido, continue a ler este artigo.
Falta de aceitação na família
O preconceito ainda presente na sociedade e a falta de debates sobre gênero e sexualidade faz com que muitas famílias tenham dificuldade de aceitar pessoas transgêneros em seu lar.
Sem diálogo durante a infância, é normal que o indivíduo cresça e sofra momentos de revelação e de transição dolorosos, já que muitas vezes não conta com amparo de seus familiares para entender o que está acontecendo e de quais formas pode lidar com seus sentimentos.
Quando um transexual recebe carinho e acolhimento, tem mais estrutura psicológica para se sentir bem diante da não identificação com seu gênero biológico
Preconceito e insegurança
A incompreensão sobre diferentes gêneros e sexualidades faz com que alguns indivíduos reproduzam uma visão extremamente preconceituosa sobre pessoas transgêneros, excluindo-as de seus espaços de convívio e as maltratando.
De acordo com mapa publicado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais, cerca de 179 pessoas trans foram assassinadas durante o ano de 2017 no Brasil. Os números se referem a casos extremos, mas podem estar subnotificados e alertam sobre a violência cometida contra essa população.
Assim, amplia-se a sensação de insegurança, o que favorece problemas de saúde mental.
Isolamento na escola e no ambiente de trabalho de pessoas transgêneros
Tanto quanto no meio familiar, o espaço de convívio escolar, desde o início, pode ser difícil para quem é trans. Quando a escola não incentiva a tolerância e nem tampouco educa sobre a importância de respeitar pessoas diferentes, as crianças crescem reproduzindo comportamentos preconceituosos e bullying.
Em se tratando de trabalho, as dificuldades de encontrar emprego e ascender em uma carreira também prejudicam a autoestima e o desenvolvimento de pessoas transgêneros. Em algumas empresas, ainda que o profissional tenha uma excelente formação, pode ser substituído por alguém não trans, a fim de manter uma postura de tradicionalismo que reflete o preconceito ainda existente no mercado.
Essas limitações geram ansiedade, sinais crônicos de estresse e sintomas relacionados à depressão, como isolamento social, raiva, tristeza excessiva e automutilação.
Dessa forma, para eliminar o estigma contra pessoas transgêneros e ajudá-las a ter mais bem-estar, é fundamental que busquem auxílio de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos e médicos especialistas para decidirem quais transformações podem viver em seus corpos e como lidar com as dificuldades mentais para terem uma vida mais feliz, com aceitação.
Uma instituição especializada, como o Hospital Santa Mônica, pode oferecer o suporte necessário para reabilitação da saúde física e mental de indivíduos como pessoas transgêneros, com respeito a sua individualidade, dando a elas a estrutura de que precisam para que diminuam a propensão de desenvolver problemas como a depressão.
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