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Síndrome do Pânico

O transtorno do pânico caracteriza-se por crises de pânico recorrentes e inesperados, que podem causar um medo avassalador e uma sensação de perda de controle. Esses episódios são frequentemente acompanhados por sintomas físicos intensos, como taquicardia, sudorese, falta de ar, tremores e uma sensação de estar fora da realidade.

Tratamento Transtorno do Pânico

Visão geral da síndrome do pânico

A síndrome do pânico é uma condição mental complexa que impacta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizado por ataques de pânico súbitos e intensos, é um fenômeno onde o indivíduo experimenta um medo avassalador, muitas vezes acompanhado por reações físicas graves, mesmo na ausência de perigo real ou causa óbvia.

Os episódios de ataques de pânico podem ser extremamente aterrorizantes, levando a uma sensação de perda de controle, medo de ter um ataque cardíaco ou até mesmo morrer. Embora algumas pessoas possam ter apenas um ou dois ataques de pânico ao longo da vida, com o problema desaparecendo eventualmente, outras enfrentam a recorrência desses ataques de forma inesperada e prolongada, acompanhada por um medo constante de outro episódio, o que sugere a presença do transtorno do pânico.

Apesar de não representarem uma ameaça direta à vida, os ataques de pânico podem ter um impacto significativo na qualidade de vida do indivíduo. No entanto, é importante destacar que o tratamento para o Transtorno do Pânico pode ser altamente eficaz. Através de intervenções terapêuticas adequadas, como terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, medicamentos, muitas pessoas conseguem gerenciar e superar esse transtorno, retomando uma vida plena e satisfatória.

Sintomas da síndrome do pânico

Os sintomas da síndrome do pânico podem variar entre indivíduos, abrangendo ataques repentinos e recorrentes acompanhados por uma intensa sensação de medo ou terror, juntamente com manifestações físicas como palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, náuseas e sensação de sufocamento. Além disso, muitos pacientes enfrentam uma preocupação persistente com a possibilidade de outro ataque de pânico, o que pode resultar em um impacto significativo em sua qualidade de vida e funcionamento diário.

Os ataques de pânico costumam surgir subitamente, sem aviso prévio, podendo ocorrer em qualquer momento – enquanto se está dirigindo, no meio de uma reunião de negócios, durante o sono profundo ou em um ambiente movimentado, como um shopping. Eles podem ser esporádicos ou frequentes, com os sintomas geralmente aumentando em intensidade em questão de minutos. Após um ataque de pânico, é comum sentir-se exausto e cansado.

Um dos aspectos mais angustiantes dos ataques de pânico é o medo intenso de experimentar outro episódio, levando muitas vezes à evitação de situações que possam desencadear essas crises.

Palpitações cardíacas

Sensação de batimentos cardíacos acelerados ou irregulares, muitas vezes descritos como palpitações, acompanhados de uma sensação de angústia ou desconforto no peito.

Sudorese excessiva

Transpiração excessiva e repentina, mesmo em condições não relacionadas ao calor ou ao exercício físico.

Tremores

Sensação de tremor ou tremor nas mãos, pernas ou corpo, resultante da resposta do sistema nervoso autônomo ao estresse.

Falta de ar

Sensação de sufocamento ou incapacidade de respirar adequadamente, frequentemente acompanhada por respiração rápida e superficial.

Náuseas

Sensação de desconforto no estômago, podendo levar à necessidade de vomitar, especialmente durante ou após um ataque de pânico.

Tontura ou vertigem

Sensação de desequilíbrio ou tontura, podendo resultar em perda temporária de consciência.

Medo intenso ou terror

Sentimento avassalador de medo intenso ou terror, muitas vezes sem uma causa aparente ou proporcional à situação.

Desrealização ou despersonalização

Sensação de estar desconectado da realidade ou de si mesmo, como se estivesse assistindo a sua própria vida de fora do seu corpo.

Ansiedade antecipatória

Preocupação persistente com a possibilidade de ter outro ataque de pânico, mesmo em situações aparentemente seguras, levando a um estado constante de ansiedade.

Sensação de morte iminente

Crença intensa de que está à beira da morte durante um ataque de pânico, mesmo na ausência de ameaça real à vida.

 

Evitação de situações

Tendência a evitar lugares, atividades ou situações que possam desencadear um ataque de pânico, resultando em restrições significativas nas atividades diárias e na qualidade de vida.

Procura de reassuramento

Busca constante por garantias ou apoio de outras pessoas para ajudar a acalmar os medos relacionados ao Transtorno do Pânico.

Comportamentos de segurança

Adoção de comportamentos de segurança, como carregar medicamentos de emergência ou evitar atividades desafiadoras, na tentativa de evitar ou lidar com os ataques de pânico.

 

Embora as causas exatas dos ataques de pânico e do Transtorno do Pânico ainda não sejam completamente compreendidas, fatores como predisposição genética, alto nível de estresse, sensibilidade ao estresse ou a emoções negativas, e alterações em determinadas áreas do cérebro são considerados influências potenciais.

Diagnóstico da síndrome do pânico

O diagnóstico da síndrome do pânico é geralmente baseado na avaliação clínica realizada por um profissional de saúde mental qualificado. Isso pode incluir uma revisão detalhada dos sintomas relatados pelo paciente, bem como uma análise de seu histórico médico e familiar. Exames físicos e testes laboratoriais podem ser realizados para descartar outras condições médicas que possam estar causando os sintomas. Além disso, instrumentos de avaliação psicológica, como questionários padronizados, também podem ser úteis no processo diagnóstico.

Entrevista clínica

Um profissional de saúde mental conduz uma entrevista detalhada com o paciente para compreender seus sintomas, histórico médico, contexto psicossocial e outros fatores relevantes para o diagnóstico.

Questionários padronizados

Instrumentos de avaliação específicos, como o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) ou a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS), podem ser utilizados para quantificar e monitorar a gravidade dos sintomas de ansiedade e pânico.

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5)

O DSM-5 é uma referência amplamente utilizada pelos profissionais de saúde mental para diagnosticar transtornos psiquiátricos. No caso do Transtorno do Pânico, os critérios diagnósticos incluem a presença de ataques de pânico recorrentes e inesperados, seguidos por preocupação persistente com a possibilidade de ter mais ataques e mudanças comportamentais em resposta aos sintomas.

Exclusão de condições médicas

Exames físicos e testes laboratoriais podem ser realizados para descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo ou causando os sintomas, como problemas cardíacos, distúrbios da tireoide ou condições respiratórias.

Avaliação da funcionalidade

O profissional de saúde mental avalia o impacto dos sintomas do Transtorno do Pânico na vida cotidiana e nas atividades funcionais do paciente, como trabalho, relacionamentos sociais e habilidades de enfrentamento.

Exploração da disposição para tratamento

O profissional avalia a disposição do paciente em buscar e participar do tratamento, incluindo sua motivação para implementar mudanças no estilo de vida e aderir às intervenções terapêuticas recomendadas.

Em suma, o diagnóstico da Síndrome do Pânico envolve uma avaliação abrangente que incorpora entrevistas clínicas, questionários padronizados, critérios diagnósticos específicos, exclusão de condições médicas e uma avaliação do impacto funcional e da motivação para a mudança. Esse processo permite uma compreensão holística dos sintomas do paciente e orienta o desenvolvimento de um plano de tratamento individualizado e eficaz.

Tratamentos da síndrome do pânico

O tratamento da Síndrome do Pânico geralmente envolve uma abordagem multifacetada, que pode incluir terapia cognitivo-comportamental (TCC), medicamentos e estratégias de autocuidado. A TCC é frequentemente considerada o tratamento de primeira linha e visa ajudar os indivíduos a entender e enfrentar seus medos, aprender técnicas de relaxamento e desenvolver habilidades para lidar com os sintomas de pânico.

Medicamentos, como antidepressivos e benzodiazepínicos, também podem ser prescritos para ajudar a controlar os sintomas. Além disso, práticas de autocuidado, como exercícios regulares, sono adequado e técnicas de gerenciamento do estresse, também desempenham um papel importante no tratamento a longo prazo do transtorno do pânico.

Avaliação inicial

Um médico psiquiatra realiza uma avaliação detalhada do paciente para compreender a gravidade dos sintomas, histórico médico e psiquiátrico, bem como fatores de risco e necessidades individuais.

Prescrição de medicamentos

O psiquiatra pode prescrever medicamentos para ajudar a controlar os sintomas de ansiedade e pânico. Os medicamentos mais comuns incluem antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e os antidepressivos tricíclicos (ATCs), bem como benzodiazepínicos, que podem ser usados ​​temporariamente para alívio rápido dos sintomas durante crises agudas.

Em casos graves

Em situações em que os sintomas do Transtorno do Pânico estão causando um impacto significativo na vida do paciente, colocando-o em risco iminente ou quando outras formas de tratamento ambulatorial não são eficazes, a internação psiquiátrica pode ser considerada. Durante a internação, o paciente recebe cuidados intensivos, monitoramento contínuo e tratamento especializado sob a supervisão de uma equipe multidisciplinar.

Terapia cognitivo-comportamental (TCC)

A TCC é considerada o tratamento de primeira linha para o Transtorno do Pânico. Esta abordagem terapêutica visa ajudar os pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento negativos e distorcidos que contribuem para os ataques de pânico. Além disso, a TCC inclui técnicas de exposição gradual a situações temidas e estratégias de relaxamento, como a respiração diafragmática e a visualização guiada.

Terapia de exposição

Este tipo de terapia envolve gradualmente expor o paciente a situações que desencadeiam o medo ou a ansiedade, ajudando-os a aprender a tolerar e enfrentar seus medos de forma controlada e segura.

Terapia de grupo

Permite que os pacientes compartilhem experiências, ofereçam apoio mútuo e aprendam habilidades de enfrentamento com outras pessoas que estão passando por desafios semelhantes.

Terapia familiar

Envolve membros da família no processo de tratamento para promover a compreensão mútua, comunicação saudável e apoio emocional.

Antidepressivos

Os antidepressivos, especialmente os ISRS e os ATCs, são frequentemente prescritos para o tratamento a longo prazo do Transtorno do Pânico. Eles ajudam a regular os neurotransmissores no cérebro, reduzindo a frequência e a gravidade dos ataques de pânico e outros sintomas de ansiedade.

Benzodiazepínicos

Estes medicamentos são utilizados principalmente para alívio imediato dos sintomas durante crises agudas de pânico. No entanto, devido ao risco de dependência e efeitos colaterais, seu uso é geralmente limitado a curto prazo e monitorado de perto pelo médico.

Ansiolíticos e sedativos

Podem ser usados ​​para tratar sintomas agudos de ansiedade, insônia e crises de pânico.

O tratamento para a síndrome do pânico envolve uma combinação de terapia cognitivo-comportamental, medicamentos, suporte psiquiátrico e, em casos graves, internação psiquiátrica. Essa abordagem integrada visa reduzir a frequência e a gravidade dos ataques de pânico, melhorar a qualidade de vida do paciente e promover a recuperação a longo prazo.

Internação para pessoa com sídrome do pânico

Em casos graves onde os sintomas da síndrome do pânico estão causando um impacto significativo na vida diária do paciente e colocando-o em risco iminente, a hospitalização pode ser necessária. Durante a internação, os pacientes recebem cuidados intensivos e suporte especializado para estabilizar seus sintomas e desenvolver um plano de tratamento adequado. A internação pode ser tanto em uma unidade psiquiátrica especializada quanto em uma unidade médica geral, dependendo das necessidades individuais do paciente e da gravidade de sua condição.

Em resumo, a síndrome do pânico é uma condição mental debilitante que requer atenção e tratamento adequados. Com intervenções adequadas, incluindo terapia, medicamentos e suporte contínuo, muitos indivíduos podem aprender a gerenciar seus sintomas e levar uma vida plena e satisfatória. O apoio da família, amigos e profissionais de saúde mental desempenha um papel crucial no processo de recuperação e no enfrentamento dessa condição desafiadora.

Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.

De acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.

Neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.

Fale com o Hospital Santa Mônica

O Hospital Santa Mônica oferece todos os recursos da psiquiatria moderna aliada a uma equipe multidisciplinar preparada para tratar pacientes e promover o bem-estar. Somos o primeiro hospital psiquiátrico privado de São Paulo com Certificação ONA 3 – Acreditado com Excelência Ouro – que atesta os padrões da qualidade assistencial, a segurança do paciente e a excelência em gestão.

Terapias e atividades que complementam o tratamento psiquiátrico hospitalar

Terapia em grupo

Atuação de psicólogos e um grupo pacientes para trabalhar questões que envolvem a depressão, crise de ansiedade, transtorno do pânico, dependência de substâncias, dentre outras questões.

Hidroginástica

Supervisionada pela equipe de fisioterapeutas utiliza as propriedades da água como complemento das terapias convencionais. Os exercícios físicos são indicados como auxílio no tratamento de doenças mentais.

Alongamento e Yoga

Eficaz ao combinar exercícios de fisioterapia, específicos no tratamento de dores, em idosos e pessoas com déficits neurológicos como os causados por derrames.

Musicoterapia

Utiliza a música e os instrumentos musicais para reabilitação da saúde mental e física. Promove o relaxamento, melhora a comunicação, auxilia na expressão e integra os pensamentos, sentidos e emoções.

Dançaterapia

Atividade terapêutica muito utilizada para a reabilitação de pacientes. Explora, com bastante habilidade técnica, o uso da dança e a execução de movimentos como complemento das intervenções clínicas.

Terapia com cães

A terapia com cães têm sido amplamente utilizada como ponto de apoio emocional para melhorar a saúde e o bem-estar de pacientes, sobretudo de indivíduos que têm constantes crises depressivas ou de ansiedade.

Futebol, vôlei e basquete

Esportes beneficiam a mente e agem no cérebro das pessoas. Melhora o humor, aumenta a concentração, reduz o estresse e a depressão, melhora o sono, desenvolve a auto-confiança e liderança.

Pintura e artesanato

A pintura e artesanato potencializam e valorizam as formas singulares do processo de livre criação, elevação da autoestima, melhora do equilíbrio emocional e minimização dos efeitos negativos da doença mental.

Espiritualidade e emoções

A espiritualidade e controle emocional pode reduzir o estresse psicológico que provoca dor. Gera esperança, otimismo e resiliência. Pode ser grande aliada na manutenção da saúde mental e emocional.

Leitura

A pratica da leitura pode gerar benefícios cognitivos entre aqueles que mantém o hábito de ler regularmente. Ajuda a entender melhor o sentimento e emoções de outras pessoas e também melhora a capacidade de mudança no dia a dia.

Grupo de apoio familiar

Espaço onde os familiares de pacientes podem se reunir para compartilhar suas experiências de uma maneira que ajude a reduzir o isolamento e a solidão. Tem como objetivo esclarecer dúvidas sobre transtornos mentais.

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