Sem dúvida, o tumor da próstata é uma das doenças que mais afetam a saúde mental do homem, não apenas na terceira idade. Portanto, saber o que as estatísticas apontam sobre o câncer de próstata em jovens ajuda a derrubar alguns mitos relacionados a essa condição.
Em vista disso, vamos apresentar informações valiosas a respeito dessa doença. Entenda o que é o câncer de próstata, os principais sintomas e quais os seus fatores de risco. Ainda, conheça as medidas de prevenção mais eficazes e saiba quando buscar ajuda profissional. Boa leitura!
Afinal, o que é o câncer de próstata?
É um tipo de tumor que afeta o funcionamento da próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada atrás do reto. A função da próstata é a produção de um líquido, que faz parte do sêmen e que ajuda a nutrir e a transportar os espermatozoides.
O câncer de próstata acontece quando as células dessa glândula começam a se multiplicar de forma descontrolada. Uma das características desse tumor é o crescimento lento, o que requer a monitoração por meio de exames específicos.
O tumor prostático pode ser de dois tipos: benigno, quando a lesão fica limitada à glândula, ou maligno, quando as células doentes se deslocam para outros órgãos. O segundo tipo é o mais agressivo, pois pode se espalhar para tecidos e órgãos distantes. Esse processo é conhecido por metástase.
O que as estatísticas apontam sobre o câncer de próstata?
Em termos globais, o tumor da próstata é considerado uma doença da terceira idade. Contudo, ainda que seja mais raro, a doença pode, sim, afetar homens mais jovens. Assim como em todos os outros tipos de tumores, o da próstata também se desenvolve conforme os fatores de risco.
Por isso, o risco de desenvolver câncer de próstata na juventude está associado a diferentes questões, entre os quais a herança genética influencia bastante. Como a doença cresce lentamente, o incentivo ao rastreamento após os 45 anos de idade é fundamental. Porém, se o homem apresentar fatores de risco, o ideal é fazer os exames precocemente.
Destacamos alguns dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Observe:
- em cada ano do triênio 2020/2022 foram diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos de câncer de próstata;
- 1 em cada 9 homens receberá o diagnóstico de câncer de próstata durante a vida;
- mesmo que possa surgir antes dos 40 anos, a doença atinge principalmente idosos;
- 6 em cada 10 casos são diagnosticados em homens acima de 65 anos;
- essa é a segunda principal causa de morte por câncer em homens;
- a cada 41 homens, ao menos 1 morre em decorrência dessa doença.
Existe diferença entre câncer de próstata em jovens e nos mais velhos?
Sim, há diferenças significativas, pois o comportamento da doença pode variar bastante entre homens mais jovens e os de mais idade. Mesmo que a incidência aumente com a idade, casos de câncer de próstata em jovens também acontecem, apesar de menos comuns. Para melhor compreensão do tema, listamos algumas diferenças.
Incidência
A idade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de tumores como o da próstata. Como já descrito, a maior incidência ocorre em homens com mais de 65 anos.
Agressividade
Em linhas gerais, o câncer de próstata em jovens apresenta características mais agressivas e pode progredir mais rapidamente. Já em homens com mais idade, a doença evolui mais lentamente e demora mais para apresentar sintomas.
Diagnóstico
Nos jovens, o câncer de próstata pode ser mais difícil de diagnosticar, pois a doença é menos comum em pessoas com menos de 40 anos de idade. Por isso, se houver suspeita da doença, o ideal é fazer o rastreamento imediato.
Tratamento
As terapias indicadas para o câncer de próstata em homens mais jovens tendem ser mais radicais devido à agressividade do tumor. Geralmente, o tratamento envolve opções como cirurgia, radioterapia intensiva ou, às vezes, o uso de terapias hormonais mais prolongadas.
Fatores genéticos
Na maioria dos casos de câncer de próstata em jovens, o fator genético deve ser considerado. Homens com histórico familiar da doença em parentes com menos de 60 anos devem ficar alerta quanto aos riscos.
Por que é importante fazer o toque retal?
O toque retal é a melhor maneira de diagnosticar a doença de forma precoce. Em geral, a necessidade de realizar o procedimento e a periodicidade do exame dependem de diferentes critérios. Os mais comuns são idade, histórico médico, histórico familiar e fatores de risco individuais.
Quando combinado com outros exames, esse toque se torna uma excelente ferramenta de rastreamento. Por meio dele, há maiores possibilidades de fornecer um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz.
Por segurança diagnóstica, a indicação é a realização do procedimento após os 45 anos. No entanto, mediante a presença de fatores de risco, a orientação é que o toque retal e os demais exames de rastreamento sejam antecipados.
Quais os possíveis sinais de alerta do câncer de próstata em jovens?
Em geral, os fatores de risco que podem servir de alerta para os homens mais jovens são:
- histórico familiar de outros cânceres;
- ser fumante;
- ter outros tipos de tumores malignos;
- ter parente com a doença antes dos 60 anos de idade;
- ter doenças crônicas que causam redução da defesa imune;
- ser exposto a condições ou ambientes que favorecem o desenvolvimento de tumores.
Quais sintomas exigem mais atenção?
Destacamos alguns sinais que sugerem a necessidade de realizar o exame de próstata para o rastreamento dos riscos em jovens. Observe com atenção:
- dores lombares frequentes;
- dificuldade para urinar;
- problemas de ereção;
- dor na região dos quadris;
- dor ou dormência nas pernas;
- dor nos joelhos;
- sangramento pela uretra, o canal que elimina a urina;
- urina em jatos ou com sangue.
Quais os maiores impactos do câncer na saúde mental?
Certamente, receber um diagnóstico de câncer gera um impacto muito significativo na saúde mental dos pacientes. Isso inclui também as suas famílias, amigos e cuidadores. Em qualquer faixa etária, o diagnóstico e o tratamento do câncer são processos bastantes desafiadores.
Assim, é necessário compreender os impactos que geram pensamentos e comportamentos emocionalmente intensos e que podem afetar diretamente a saúde mental.
Destacamos algumas das maneiras pelas quais o recebimento dessa notícia pode impactar a saúde mental. Observe!
Estresse e ansiedade
Receber diagnóstico de câncer frequentemente desencadeia emoções fortes. Tanto o paciente como a família podem passar por momentos de grande estresse emocional. A ansiedade, o desconhecido, o medo do tratamento e a insegurança no futuro podem ser esmagadores.
Depressão
Essa é uma doença de grande prevalência, sobretudo entre as pessoas com câncer. Assim que começam o tratamento, é natural experimentar sentimentos de tristeza, angústia e desesperança, o que sugere a busca de ajuda profissional urgente.
Medo do Futuro
A incerteza em torno da evolução da doença e a preocupação com os riscos de o tratamento não dar certo também afetam a estabilidade. Essa insegurança também leva à perda do apetite e provoca alterações no sono.
Isolamento social
Muitas vezes, as pessoas que recebem diagnóstico de câncer se afastam e tendem a se sentir isoladas. Além do aspecto emocional, isso resultam o receio de que as pessoas percebam as mudanças físicas visíveis devido ao tratamento, tais como perda de cabelo ou emagrecimento rápido.
Preocupações financeiras
Na maioria das vezes, existe a preocupação também com o custo do tratamento, as despesas médicas e a possibilidade de perda de emprego. Tais circunstâncias geram estresse e insegurança emocional devido a preocupações com a questão financeira.
Como reduzir esses impactos e tranquilizar o paciente?
Considerando a relação entre o câncer e a saúde mental, é necessário reconhecer e abordar tais questões com o paciente, principalmente na idade mais jovem. Esse tipo de atenção é essencial para garantir um cuidado abrangente e deixar o paciente mais seguro quanto ao tratamento.
Logo, é preciso priorizar a atenção ao suporte emocional, psicológico, assim como o social. Nesse momento delicado da vida, é preciso contar com um suporte profissional especializado. Isso ajuda a tranquilizar o paciente e impacta positivamente na recuperação da doença.
Vale lembrar, ainda, que cada caso de câncer de próstata é único. Sendo assim, as decisões de diagnóstico e tratamento devem tomar por base as características individuais do paciente, o que inclui as suas condições físicas e emocionais.
A agressividade do câncer de próstata em jovens requer um tratamento personalizado. Nesse contexto, o suporte psicológico é essencial à estabilidade da saúde mental e para auxiliar na superação dos desafios que envolvem esse quadro.
Portanto, o apoio psiquiátrico e psicológico é essencial na luta contra essa doença, sobretudo quando acomete adultos jovens. Um diagnóstico difícil pode ser melhor enfrentado com terapias e ajuda profissional adequadas.
Precisa de ajuda nesse sentido? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica!