Cigarros eletrônicos são dispositivos que aquecem um líquido em um aerossol que o usuário inala. O líquido geralmente contém nicotina, aromatizantes e outros aditivos. A nicotina em cigarros eletrônicos e cigarros comuns é viciante. Os cigarros eletrônicos são considerados produtos de tabaco porque a maioria deles contém nicotina, que vem do tabaco.
Além da nicotina, os cigarros eletrônicos podem conter ingredientes nocivos e potencialmente nocivos, incluindo:
- partículas ultrafinas que podem ser inaladas profundamente nos pulmões;
- aromatizantes como diacetil, um produto químico ligado a doenças pulmonares graves;
- compostos orgânicos voláteis;
- metais pesados, como níquel, estanho e chumbo.
Consumo de cigarros eletrônicos no Brasil quadruplica entre 2018 e 2022
Segundo divulgado na CNN Brasil, levantamento aponta que cerca de 6 milhões de adultos fumantes afirmam já ter experimentado cigarro eletrônico, um produto ilegal no país
O consumo de cigarros eletrônicos no Brasil apresentou um aumento significativo nos últimos quatro anos. Embora sejam produtos proibidos no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, a comercialização ocorre de maneira ilegal.
Um levantamento recente do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) aponta que 2,2 milhões de adultos (1,4%) afirmaram ter consumido os dispositivos eletrônicos para fumar até 30 dias antes da pesquisa. No primeiro ano do levantamento feito pelo Ipec, 2018, o índice era de 0,3% entre a população, com menos de 500 mil consumidores.
A pesquisa aponta também que cerca de 6 milhões de adultos fumantes afirmam já ter experimentado cigarro eletrônico, o que representa 25% do total de fumantes de cigarros industrializados, um acréscimo de 9 pontos percentuais em relação a 2019.
Cigarros eletrônicos e a adolescência
A adolescência é uma época de importante desenvolvimento cerebral. O desenvolvimento do cérebro começa durante o crescimento do feto no útero e continua até a infância e até os 25 anos de idade. A exposição à nicotina durante a adolescência e a idade adulta jovem pode causar dependência e prejudicar o cérebro em desenvolvimento.
Tendências
Os cigarros eletrônicos são muito populares entre os jovens. Seu uso cresceu dramaticamente nos últimos cinco anos. Hoje, mais estudantes do ensino médio usam esses cigarros do que cigarros comuns. Sendo maior o consumo entre estudantes do ensino médio do que entre adultos.
Riscos do cigarro eletrônico para os jovens
Não importa a forma em que é vendida, a nicotina é prejudicial para jovens e adultos. Os cigarros eletrônicos normalmente contêm nicotina, bem como outros produtos químicos que são conhecidos por prejudicar a saúde. Por exemplo, os usuários correm o risco de expor seus sistemas respiratórios a produtos químicos potencialmente nocivos em cigarros eletrônicos. Leia sobre esses e outros riscos que os jovens enfrentam se usarem cigarros eletrônicos:
Risco para o Cérebro
A parte do cérebro responsável pela tomada de decisões e controle de impulsos ainda não está totalmente desenvolvida durante a adolescência. Os jovens são mais propensos a correr riscos com sua saúde e segurança, incluindo o uso de nicotina e outras drogas. Jovens e adultos também correm o risco de efeitos de longo prazo e duradouros de expor seus cérebros em desenvolvimento à nicotina. Esses riscos incluem dependência de nicotina, transtornos de humor e redução permanente do controle de impulsos. A nicotina também altera a forma como as sinapses são formadas, o que pode prejudicar as partes do cérebro que controlam a atenção e o aprendizado.
Vício
Como a nicotina nos cigarros eletrônicos afeta o cérebro?
Até cerca de 25 anos, o cérebro ainda está crescendo. Cada vez que uma nova memória é criada ou uma nova habilidade é aprendida, conexões mais fortes – ou sinapses – são construídas entre as células cerebrais. Os cérebros dos jovens constroem sinapses mais rapidamente do que os cérebros dos adultos. Como o vício é uma forma de aprendizado, os adolescentes podem ficar viciados mais facilmente do que os adultos. A nicotina em cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco também pode preparar o cérebro do adolescente para o vício em outras drogas, como a cocaína.
Comportamento de Risco
O uso de cigarros eletrônicos entre jovens e adultos está relacionado ao uso de outros produtos do tabaco sem fumo. Algumas evidências apontam que o uso de cigarros eletrônicos está ligado ao uso de álcool e outras substâncias, como a maconha.
Uso de mais de um produto do tabaco
Alguns estudos mostram que jovens não fumantes que usam cigarros eletrônicos são mais propensos a experimentar cigarros convencionais no futuro do que jovens não fumantes que não usam cigarros eletrônicos. E entre estudantes do ensino médio e jovens adultos que usam dois ou mais produtos de tabaco, a maioria usa tanto cigarros eletrônicos quanto produtos de tabaco queimado. Produtos de tabaco queimados, como cigarros, são responsáveis pela esmagadora maioria das mortes e doenças relacionadas ao tabaco.
Inalação de aerossol e outros riscos
O aerossol dos cigarros eletrônicos não é inofensivo. Pode conter substâncias químicas nocivas e potencialmente nocivas, incluindo nicotina; partículas ultrafinas que podem ser inaladas profundamente nos pulmões; aromatizar tal diacetil, um produto químico ligado a uma doença pulmonar grave; compostos orgânicos voláteis, como o benzeno, encontrado no escapamento de automóveis; e metais pesados, como níquel, estanho e chumbo.
Os cientistas ainda estão trabalhando para entender melhor os efeitos à saúde e as doses nocivas do conteúdo dos cigarros eletrônicos quando são aquecidos e transformados em aerossol, tanto para usuários ativos que inalam de um dispositivo quanto para aqueles que são expostos ao aerossol de segunda mão.
Outro risco a considerar envolve baterias de cigarros eletrônicos defeituosas que são conhecidas por causar incêndios e explosões, algumas das quais resultaram em ferimentos graves. A maioria das explosões aconteceu quando as baterias dos cigarros eletrônicos estavam sendo carregadas.
Cigarro Eletrônico e o desenvolvimento cerebral
Como informamos acima, a exposição à nicotina durante a adolescência, período crítico para o desenvolvimento do cérebro, pode causar dependência e prejudicar o cérebro em desenvolvimento.
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