Identificar o transtorno mental na infância é um processo complexo que necessita de muita cautela. Na maioria das vezes é difícil para os pais constatarem essas condições e crianças que poderiam estar usufruindo de um tratamento adequado, demoram a começá-lo.
Isso acontece, pois os pais geralmente não conhecem as manifestações de transtornos mentais em crianças. Além disso, é difícil distinguir entre comportamentos típicos da fase infantil e episódios que realmente são preocupantes quanto à saúde mental.
Para tanto, é importante compreender os sinais que o seu filho possa apresentar e saber como buscar o tratamento com o apoio profissional adequado. Para que você tenha ciência sobre a relevância desse assunto, de acordo com um levantamento feito pelo Departamento de Psiquiatria Infantojuvenil da Columbia University, 75% dos transtornos mentais começam na infância.
Neste artigo, você vai entender como identificar o transtorno mental na infância. Acompanhe!
Alterações de humor frequentes
Mudanças drásticas de humor em curtos períodos de tempo podem representar indícios de transtornos mentais. Por conta disso, crianças que oscilam entre essas alterações de humor sem motivos aparentes devem ser observadas mais de perto. Episódios de explosões de raiva ou agressividade, por exemplo, têm o potencial de serem distúrbios da personalidade ou alterações neurológicas.
Assim, sempre que possível, os pais devem estabelecer diálogos que permitam uma comunicação franca e aberta para começar a compreender o que se passa com os sentimentos e emoções de seus filhos.
Tendência à autolesão
A criança que tende a se lesionar, bater a cabeça na parede ou até mesmo se cortar, requer atenção especial. A autolesão costuma ser praticada por indivíduos que não conseguem gerir os sentimentos de estresse, raiva ou tristeza, e buscam outras formas de sofrimento para tentar aliviar a própria dor emocional.
E o que acontece depois desses episódios pode piorar a situação. A criança se sente envergonhada, devido à reação dos pais ou mesmo pelas lesões feitas no próprio corpo, e o grau de insatisfação pode aumentar.
É preciso, portanto, ter muito cuidado ao lidar com esse tipo de comportamento e procurar auxílio psicoterapêutico assim que possível.
Desconexão com a realidade
Sabemos que o universo das crianças tem suas fantasias e abstrações e, por isso, esse sinal pode ser um tanto quanto difícil de ser identificado.
No entanto, alguns comportamentos de desconexão com a realidade, que duram longos períodos ou representam riscos quanto à segurança e saúde mental desses indivíduos, devem ser investigados.
Mas para que esse controle seja efetivo, é importante estar atento a qualquer alteração de comportamento que o seu filho possa apresentar.
Tendências de isolamento
Crianças tendem a brincar e normalmente não apresentam problemas em se relacionar ou interagir com outros colegas. É natural que algumas prefiram brincar sozinhas, mas é preciso observar se a presença de outras pessoas as incomodam.
Quem passa a se isolar se sente desconfortável perto de outras pessoas e isso prejudica ainda mais as relações interpessoais e de comunicação.
Esteja ciente sobre as preferências de isolamento e perceba se a criança se irrita quando em contato com outras pessoas. Esse sinal por si só não é uma característica típica do transtorno mental, mas deve ser observado, pois algo pode estar acontecendo com a criança.
Distúrbios alimentares
Crianças que têm dificuldades para comer ou apresentam compulsão com certos tipos de alimentos de modo frequente podem estar com distúrbios neurológicos relacionados à alimentação.
Nesse caso, é importante observar se há perda ou ganho de peso constante devido à compulsão alimentar, além de episódios recorrentes de vômito ou insatisfação com o próprio corpo.
A puberdade é um período de transformações da personalidade e marca o início das aceitações sociais. Distúrbios alimentares como anorexia e bulimia são condições que podem acontecer nessa fase, requerindo acompanhamento psicoterapêutico.
Identificar o transtorno mental na infância é desafiador e exige uma percepção profunda do comportamento infantil. O assunto é complexo e tanto a criança quanto a família necessitam de apoio.
A melhor opção é buscar profissionais que garantam o diagnóstico correto. Dentro desse contexto, o Hospital Santa Mônica é referência em psiquiatria e saúde mental, apresentando como uma das especializações o acompanhamento infantojuvenil.
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