No Brasil, existem algumas razões que estão mais presentes quando se analisam as motivações que resultam no suicídio entre idosos. Entre outros fatores, também é importante compreender o quanto esse ato está ligado a estigmas e questões de ordem social, econômica e psicológica.
Com isso em mente, vamos apresentar algumas informações sobre a situação do suicídio entre idosos no Brasil e a nível global. Aqui você vai entender os principais elementos, as estratégias de prevenção disponíveis e a importância de dar destaque aos cuidados com a saúde emocional durante o processo de envelhecimento. Aproveite a leitura!
As estatísticas de suicídio entre idosos
Pesquisas recentes mostram que os índices de suicídios em pessoas com mais de 60 anos é quase 50% maior do que no restante da população. Outro ponto relevante é que os idosos se valem de meios mais letais em suas tentativas de suicídio e, diferentemente dos jovens, o ato acontece dentro de suas casas.
Trouxemos aqui mais algumas informações do estudo anteriormente citado. Confira:
- entre os brasileiros, a média de casos é de 7,8 óbitos a cada 100 mil idosos;
- as taxas mais elevadas de morte por suicídio estão entre os idosos acima dos 70 anos;
- em relação ao gênero, os números são maiores entre os idosos homens;
- nos últimos anos houve uma redução de 10,3% de suicídio entre as mulheres;
- nos idosos, o luto e os desajustes emocionais causados pela perda de companheiros e o afastamento dos filhos e amigos são as principais motivações para o suicídio;
- o isolamento social do final da vida e as limitações físicas características dessa fase também são determinantes;
- a falta de uma rede de apoio, ausência da família, sentimentos de solidão e depressão também são fatores de risco para o suicídio.
Os fatores que influenciam o suicídio entre idosos
Dados de um relatório da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) destacaram os fatores que mais influenciam a decisão de colocar fim à vida. Nesse sentido, as questões emocionais e financeiras são determinantes para o aumento da mortalidade por suicídio em ambos os sexos.
Mesmo que o suicídio seja um fenômeno multicausal, durante o envelhecimento a sensação de abandono e a perda da autonomia são condições que potencializam o risco para esse ato. Por isso, a OPAS preconiza a atenção e o cuidado em saúde mental neste grupo.
Em vista disso, também é necessário considerar os emblemas considerados como preditores do suicídio. Entre os idosos, a maior probabilidade de desenvolver distúrbios emocionais eleva as chances de evolução para doenças psiquiátricas mais graves.
Nesse contexto, os quadros mais prevalentes que cursam para o suicídio na terceira idade são:
- piora das doenças crônicas;
- doenças psiquiátricas, como depressão;
- transtorno bipolar;
- consumo abusivo de álcool;
- esquizofrenia;
- dificuldades ligadas à vida financeira;
- perdas de cônjuges e filhos;
- diagnósticos de câncer ou de doenças incapacitantes;
- isolamento social;
- histórico de suicídio na família;
- doenças mentais não tratadas.
As circunstâncias que levam à atitude suicida em idosos
O suicídio, sobretudo na terceira idade, está relacionados a diferentes questões. Além disso, é importante ressaltar as singularidades ligadas às trajetórias de vida dos idosos que optam por essa ação.
Considerando o viés social, econômico e sanitário, os atos relacionados ao suicídio são fenômenos multicausais. Ou seja, eles acontecem como resultado de fatores variados, mas que poderiam ser solucionados. No entanto, o estigma e o preconceito ligados a essa temática ainda intimida quem precisa de ajuda.
Nesse contexto, a divulgação de campanhas como a do Setembro Amarelo torna-se em uma importante ferramenta para estimular a discussão sobre o suicídio entre idosos. Além do mais, a disseminação de informações sobre o tema também funciona como um incentivo à busca de ajuda profissional nesse grupo.
A proteção ao comportamento suicida
Como já descrito, a maioria dos fatores que influenciam o suicídio entre idosos são preveníveis. Questões relacionadas ao envelhecimento e ao surgimento de doenças crônicas de difícil tratamento devem ser consideradas, já que elas também podem ser trabalhadas.
Do ponto de vista psicológico, existem fatores ligados à vida pessoal que podem atuar como proteção para o minimizar o risco de suicídio entre idosos. Veja quais são:
- tratamento adequado para os transtornos mentais;
- manutenção da autoestima elevada;
- suporte dos amigos e uma boa estrutura familiar;
- capacidade de adaptação positiva aos problemas da vida;
- habilidade e empatia para enfrentar as adversidades;
- capacidade para a resolução de problemas;
- aposentadoria e renda estável;
- envolvimento em atividades religiosas;
- confiança e esperança no futuro;
- ter contato social ou animais em casa.
As medidas de prevenção ao suicídio
Assim como os profissionais de saúde, os familiares e amigos de idosos devem trabalhar ações voltadas para a prevenção do suicídio nessa fase da vida. Vale lembrar que a adoção de medidas preventivas tendem a gerar resultados positivos.
Para tanto, um dos critérios mais relevantes é identificar a exposição ao risco de suicídio entre idosos e providenciar o suporte terapêutico necessário à reabilitação da saúde mental.
Logo, é preciso estar atento aos sinais que indicam a necessidade de buscar apoio profissional para auxiliar o idoso que apresenta fator de risco para o suicídio. Entre as práticas que trazem melhor resultado, destacam-se as seguintes:
- manter relações de confiança para aumentar o vínculo com familiares e amigos;
- encorajar a continuidade do tratamento adequado para recuperar o equilíbrio mental;
- estimular o envolvimento em atividades religiosas ou espirituais;
- incentivar a participação em atividades que tornem a rotina mais leve;
- despertar o aprendizado de algo novo, tais como dança ou um novo idioma;
- evitar o consumo abusivo de drogas ilícitas;
- combater o alcoolismo no envelhecimento..
A importância do suporte imediato
Na terceira idade, identificar a necessidade de apoio pode ser um desafio maior, especialmente quando os pensamentos estão concentrados no final da vida. No entanto, é crucial oferecer assistência prontamente para restaurar a saúde mental do idoso. Esse é o passo mais seguro para que eles possam alcançar um maior bem-estar e qualidade de vida.
Para isso, é importante contar com um suporte profissional com expertise para lidar com pessoas que enfrentam circunstâncias desafiadoras no final da vida. O Hospital Santa Mônica oferece toda a estrutura necessária à recuperação da estabilidade mental.
Portanto, se você conhece alguém que esteja passando por situações parecidas, não hesite em buscar ajuda profissional. O diagnóstico precoce, o suporte terapêutico e o tratamento adequado são fundamentais para minimizar o risco de suicídio entre idosos.
Precisa de ajuda nesse sentido? Fale com os colaboradores do Hospital Santa Mônica!