Em diferentes momentos da vida, a experiência de alguém que vivencia uma situação semelhante à nossa pode fazer com que tenhamos mais facilidade para lidar e enfrentar nossos problemas. Não à toa, para quem está em tratamento de dependência química, o papel dos ex adictos têm um significado bastante positivo durante o processo.
Trata-se, nesse caso, de uma questão de empatia. Afinal, o dependente químico pode se sentir sozinho durante as etapas da reabilitação. Isso se deve ao fato de que, embora seus familiares e outras pessoas próximas o amem e apoiem, eles podem não compreender na totalidade as suas sensações e a intensidade dos desafios que enfrenta. Quer saber mais sobre o tema e entender o papel dos ex adictos no tratamento? Continue a leitura a seguir!
Qual é o papel dos ex adictos podem ajudar?
Hoje, mais de 200 milhões de pessoas usam drogas ilícitas, de acordo com a United Nations Office on Drugs and Crimes, UNODC, uma das divisões das Nações Unidas. Dessas, mais de 10% sofrem de dependência química, uma situação cujo tratamento é complexo e pode requerer meses até que se complete.
Durante esse período, além da importância de dar continuidade a ele, é determinante compreender que cada pessoa vivenciou e costuma vivenciar um episódio complicado com aqueles que ama, já que todos sofrem e são impactados pelo efeito da droga na vida do dependente. Trabalho, relacionamentos, sonhos… Tudo acaba afetado.
Quem já experimentou uma sensação parecida e conseguiu transpô-la, assim, se torna rapidamente uma motivação para seguir adiante com todas as fases, desde a desintoxicação às sessões de psicoterapias, imprescindíveis para a compreensão dos gatilhos que levam às drogas.
De quais formas?
Considerando-se que a empatia é o principal aspecto no papel dos ex adictos na reabilitação de dependentes químicos, listamos em mais detalhes algumas das formas abaixo.
Aceitação sem julgamentos
Mesmo diante daqueles que ama, quem sofre de dependência está sujeito a julgamentos. Drogas como heroína, maconha, crack ou mesmo álcool modificam o comportamento dos usuários e frequentemente, em casos extremos, os levam a atitudes impulsivas que podem machucar física e psicologicamente outras pessoas. A compreensão das circunstâncias, todavia, nem sempre vem.
Quando se conversa com um ex adicto, assim, é possível estar próximo a alguém com mais paciência para aceitar e auxiliar quem precisa de uma mão para sair do tratamento fortalecido.
Compreensão e disponibilidade para o diálogo
Embora o tratamento para dependência química, como aquele que é feito em hospitais psiquiátricos especializados, conte com uma equipe multidisciplinar de saúde à disposição do paciente, às vezes tudo de que ele precisa é de alguém que o ouça.
O psicólogo e terapeuta do Hospital Santa Mônica, Erick Marangoni que também é ex adicto esclarece que “o ex adicto, já sentiu a mesma necessidade, tende a ser tolerante, o que o leva a conversar abertamente sobre o tema e sobre todas as suas consequências. O dependente vê que uma perspectiva de futuro sem as drogas”.
Sugestão de ingresso em grupos de dependentes químicos
A psicoterapia e o acompanhamento médio, juntos, solucionam boa parte dos males que a dependência química causa. Ao lado deles, contudo, há a relevância inegável de grupos de dependentes químicos, cujas experiências compartilhadas aliviam a culpa uns dos outros e possibilitam que, juntos, enfrentem o problema.
Para quem já viveu tudo isso, ou seja, aos ex adictos, cabe o papel de motivar a deixar preconceitos de lado e se render, também, aos benefícios de vivenciar esse processo e entender que ele se torna mais fácil ao lado de quem olha com compreensão e respeito. Por isso, o papel dos ex adictos é um forte auxílio para os dependentes químicos.
Conhece alguém que precise de tratamento para dependência química e está à procura de uma instituição confiável? Então, entre em contato com o Hospital Santa Mônica, referência no segmento, e saiba como nossa equipe pode auxiliar!