À medida que dezembro se aproxima, chegam com ele também as festividades e confraternizações típicas do encerramento de mais um ciclo. Para muitas pessoas, é um período de muita alegria e para outras, potencializa sentimentos melancólicos. Porém, para quem tem depressão, as festas de fim de ano podem representar um momento difícil, com gatilhos para sintomas negativos.
Seja em um evento de família, entre amigos ou até mesmo em uma comemoração do trabalho, é fundamental ter atenção e empatia com alguém próximo a você que apresente um quadro depressivo. Assim, a pessoa pode evitar crises e, em casos de emergência psiquiátrica, ter a quem recorrer.
Mas quais atitudes você pode adotar para ajudar as pessoas com depressão a evitarem momentos ruins e situações de risco? Confira em nosso artigo algumas boas práticas para esse problema.
Evite expor a pessoa com depressão a situações desconfortáveis
O excesso de eventos, fotos, pessoas empolgadas e a necessidade de interações sociais, juntos, podem ser pesadelos para quem convive com a depressão. Às vezes, em uma festa de Natal, há lembranças ruins, como a saudade de algum ente que partiu ou a divisão de famílias, em casos de separações matrimoniais.
A pressão dos familiares, nesses eventos, também é um fator ao qual se deve ter atenção. Não à toa, ela expõe o indivíduo com o transtorno a uma situação de vulnerabilidade em que podem conversar com ele sobre sua aparência, eventuais fracassos no trabalho, dificuldades de concluir um projeto ou rompimentos com pessoas, tal qual um término de namoro causado pela depressão.
Ao acompanhar a pessoa nesses momentos e afastá-la dos locais ou das rodas de conversa em que os assuntos afloram, evita-se que ela seja invadida por tristeza extrema, ansiedade e pânico.
Ajude a pessoa com depressão a ficar próximo de quem é querido
Assim como as festas de fim de ano funcionam como gatilhos de quem já apresenta problemas de saúde mental, elas também podem auxiliar ao unir esses indivíduos a pessoas que façam com que se sintam melhores.
Um amigo ou um parente distante que dê atenção, carinho e paciência já é um excelente porto seguro e um aliado ao ouvir o desabafo e ajudar a sensação ruim a passar.
Escute a opinião da pessoa e permita que ela exponha seus sentimentos
Embora uma conversa amiga não substitua a psicoterapia, pode aliviar sintomas momentâneos de estresse e ansiedade.
Com as redes sociais e a propaganda feita em cima do Natal e do Ano Novo, parece que é obrigatório estar feliz nas festas de fim de ano, então é fundamental que o paciente compreenda, apesar de tudo, que nem todos se sentem assim e é comum ficar triste, ainda que o sentimento, nesse caso, seja agravado pela doença.
Ao falar sobre suas sensações, tem a chance de receber gestos de empatia responsáveis por tornar todos os momentos mais fáceis.
Ainda que o período difícil das festas de fim de ano nem sempre chegue a situações extremas, para quem tem depressão, toda atenção dada é importante a fim de que possa haver intervenções. Em casos de emergências psiquiátricas, como surtos, tentativas de suicídio, ataques de tristeza ou de violência, não hesite ao entrar em contato com uma instituição especializada para pedir a remoção psiquiátrica, feita com respeito e segurança pelo paciente.
Precisa de ajuda? Então fale conosco, do hospital psiquiátrico especializado Santa Mônica, e saiba como podemos ajudar você com uma equipe preparada para lidar com transtornos mentais e promover novamente o equilíbrio emocional de nossos pacientes.