A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, anualmente, o número de mortes em decorrência do consumo de cigarro e similares ultrapassa 8 milhões. Nesse contexto, a celebração do Dia Mundial sem Tabaco — em 31 de maio — torna essa data um marco importante para a divulgação de campanhas sobre os perigos do cigarro.
Mediante isso, o psicólogo do Hospital Santa Mônica, Antonio Chaves Filho, apresenta informações relevantes sobre o Dia Mundial sem Tabaco, os riscos do hábito de fumar, a dependência química de nicotina. Ainda, saiba quando essa data foi criada e quais são os seus objetivos em termos de promoção da saúde. Acompanhe!
Descubra como surgiu o Dia Mundial sem Tabaco
Em 1987, a data foi escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para celebrar o Dia Mundial Sem Tabaco. O objetivo é alertar sobre os males causados pelo cigarro.
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) são os responsáveis pela divulgação e elaboração da campanha. Essas instituições aproveitam a ocasião como oportunidade para divulgar materiais técnicos com dados e informações sobre os prejuízos que o tabagismo representa para a saúde coletiva.
Ainda que a relação entre cigarro e câncer seja bem conhecida, é necessário manter tais campanhas para conscientizar os fumantes — e as pessoas que convivem com eles — sobre esses riscos. Segundo os dados do Inca, as mortes causadas por câncer de traqueia, brônquios e pulmões representam 13,8 % do total de óbitos anuais no país.
Logo, criar o Dia Mundial sem Tabaco foi uma excelente ideia para fomentar ações em prol do reconhecimento dos males que o tabagismo representa. Além das milhões de mortes causadas pelo uso do cigarro anualmente, a inalação da fumaça de derivados do tabaco também causa danos irreversíveis em não fumantes que respiram o ar contaminado por essas substâncias tóxicas.
Reconheça a importância dessa data
Assim como o Dia Nacional de Combate ao Fumo — celebrado em 29 de agosto — o Dia Mundial sem Tabaco visa a reforçar a mobilização da sociedade quanto à necessidade de mudanças de hábito. Por isso, profissionais de saúde e de educação se envolvem em ações centradas na redução dos danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo fumo.
Logo, reconhecer a importância do Dia Mundial sem Tabaco é crucial para induzir à reflexão do público sobre essa problemática. Celebrar essa data possibilita, ainda, trazer à tona importantes discussões referentes aos prejuízos gerados pelo hábito de fumar e aos impactos do tabagismo passivo.
Nessa perspectiva, diferentes ações resultam em práticas que se assemelham pelo intuito de disseminar, ainda mais, informações que relacionam o tabagismo a diversas doenças. Logo, ao destacar a complexidade dos malefícios causados pelo consumo do cigarro, pode-se demonstrar, estatisticamente, a necessidade de mudanças comportamentais.
Entenda qual é a relação entre o tabagismo e a Covid-19
Recentemente, descobriu-se que a relação entre a Covid-19, doença causada pelo vírus denominado SARS-CoV-2, e o hábito de fumar é muito próxima. Entre outros caracteres, essa doença sistêmica é marcada por sintomas associados a um importante componente respiratório.
Nas fases mais avançadas, o aparelho respiratório fica debilitado devido à ação desse vírus nos pulmões. Assim, o SARS-CoV-2 pode provocar desde uma síndrome respiratória aguda, em grau leve, até quadros incompatíveis com a vida. Porém, em pacientes fumantes, o risco de evolução é muito maior devido às condições funcionais dos pulmões.
Quando comparados, os casos simples de Covid-19, em pacientes não-fumantes, são considerados de média complexidade nos fumantes. Isso acontece porque a dinâmica respiratória de quem fuma é muito prejudicada pelos componentes do cigarro. Logo, nesses indivíduos, há baixa resistência às infecções respiratórias e risco aumentado para complicações.
Outro fator, que não pode ser ignorado em tempos de pandemia, é que o próprio ato de fumar possibilita constante contato dos dedos com a boca e eleva o risco de manipular cigarros contaminados. O contato com os lábios e o possível compartilhamento de cigarros ou de narguilé aumentam a chance de transmitir o vírus para a boca.
Portanto, diante do atual cenário pandêmico, configurado por uma das maiores crises globais de saúde dos últimos tempos, o Inca também apresentou diretrizes relacionando o hábito de fumar com as complicações do novo coronavírus. A razão é óbvia: o tabagismo — que também é visto pela OMS como uma pandemia — tem um importante papel no agravamento dessa crise.
Saiba por que é urgente parar de fumar
Em 2020, ano marcado pela primeira onda da pandemia, a OMS fez uma campanha global para conscientizar os jovens sobre a relação do tabagismo com a Covid-19. Além disso, o órgão também alertou sobre as táticas de manipulação da indústria, que minimizam a relação entre cigarro e o câncer de pulmão.
Ademais, se esse hábito também for associado às neoplasias bucais, as estatísticas são ainda mais preocupantes. Logo, os malefícios do cigarro não se limitam apenas aos números do câncer, mas estão inseridos em outros contextos que desafiam a saúde pública. Nessa perspectiva, é preciso considerar os impactos negativos do tabagismo de forma mais contextualizada.
Os elementos presentes no cigarro provocam variadas inflamações no corpo e prejudicam, especialmente, os mecanismos estruturais de defesa. Por conta disso, os fumantes têm maior risco de infecções bacterianas, virais e fúngicas. Ainda, doenças como sinusite, faringite, bronquite, pneumonia e tuberculose são mais comuns nesse grupo.
Com base nesses motivos, órgãos responsáveis pela monitoração da saúde pública — como o Inca e a OMS — têm encorajado as pessoas a modificarem o estilo de vida. Além de proteger a saúde de outros prejuízos, parar de fumar também minimiza os riscos associados à infecção pela Covid-19.
Portanto, se você conhece alguém que necessita de suporte especializado para superar o vício em cigarro ou desafios semelhantes, aproveite a proximidade do Dia Mundial sem Tabaco e procure o Hospital Santa Mônica. Nossos diferenciais são a infraestrutura do local e a oferta de tratamentos com profissionais experientes na reabilitação da saúde integral.
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