No ambiente digital, casos como o da “boneca momo” se popularizam e chamam a atenção de pais de crianças e adolescentes sobre a segurança ao navegar e utilizar as mídias sociais. Semelhante ao desafio Baleia Azul, jogo em que as vítimas eram incitadas ao suicídio, a boneca é utilizada por criminosos que se passam por um espírito maligno.
No avatar do WhatsApp, a foto de uma mulher assustadora, com olhos esbugalhados, anuncia a momo. A partir do aplicativo, ela entra em contato e faz com que os jovens pratiquem atos violentos contra si mesmos. A imagem utilizada para representá-la é a de uma escultura chamada “Mother Bird” ou “Mulher Pássaro”, em português, de um museu de Tóquio, no Japão.
De automutilação a suicídio, a boneca momo envia materiais de ódio e violência explícita e pode também recolher informações sigilosas sobre o usuário, a partir de um robot capaz de ter acesso a outros aplicativos com dados pessoais.
Continue a leitura do texto para entender como os pais podem instruir os jovens em relação a casos como esse. Boa leitura!
1. Mantenha o diálogo e alerte sobre os riscos da boneca momo
A lenda urbana se popularizou após a suposta ligação do perfil da boneca com um garoto de 9 anos de Recife, encontrado com sinais de enforcamento no quintal de casa. Embora a relação não tenha sido comprovada, profissionais que lidam com a saúde mental de crianças e adolescentes têm alertado sobre a importância dos pais informarem seus filhos dos riscos.
A melhor estratégia é manter o diálogo e orientar sobre os riscos de dar atenção a perfis desconhecidos em aplicativos como WhatsApp e Messenger, por maior que seja o medo que eles despertem. É necessário também instruir crianças e jovens a não compartilharem dados pessoais e a informarem alguém de confiança caso algum perfil suspeito entre em contato, por mais que sejam coagidos a não fazer isso. Somente dessa forma é possível garantir a segurança deles mesmos e da família.
2. Monitore as atividades dos filhos
É possível acompanhar a utilização que os filhos fazem das redes sociais, aplicativos e sites sem comprometer a privacidade deles. Estipule horários de utilização de dispositivos tecnológicos, converse sobre o bloqueio de alguns sites e monitore os contatos com os quais eles mais conversam.
Não é necessário ler todas as conversas e publicações, justamente para não haver uma invasão de privacidade, mas fazer uma verificação constante de condutas e diálogos que possam soar perigosos é essencial.
3. Incentive o uso da internet em áreas comuns da casa
Crianças e adolescentes frequentemente gostam de utilizar dispositivos móveis e computadores em seus quartos, longe dos olhos dos adultos. Nem sempre eles optam por isso para se colocarem em situações perigosas ou desafiadoras, mas vale a pena incentivar que eles façam uso da internet de forma saudável, próximos a outras pessoas da família.
Explique a eles que isso não representa um monitoramento em tempo real, e sim uma forma de confiança recíproca e um hábito saudável para todos, já que dessa forma todos podem ficar atentos a situações perigosas.
4. Converse também com a escola
Falar no ambiente escolar sobre os receios e riscos que a boneca momo representa é uma forma de incentivar o diálogo também nesse espaço, uma vez que o poder de educação é uma excelente ferramenta para conscientizar jovens.
Explique sua preocupação a professores e diretores, de forma que todos possam acompanhar o comportamento dos jovens e colaborar a favor da prevenção de quaisquer acontecimentos trágicos.
Embora pareça bastante assustadora, a boneca momo apenas reacende a importância de manter o diálogo aberto com os filhos e de criar uma relação de confiança com eles, a fim de evitar que, movidos por seus medos, atentem contra si mesmos.
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