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Infantojuvenil

Depressão em crianças e adolescentes se manifesta de maneira diferente

Pais devem ficar atentos quando os filhos ficam isolados no quarto e sem interesse por atividades antes prazerosas, como sair com amigos

Filho quieto no quarto nem sempre indica que tudo vai bem.  Mas isso pode ser alerta de depressão, segundo a médica Dra. Alexandrina Meleiro, psiquiatra membro da Associação Brasileira de Estudo e Prevenção de Suicídio (ABEPS) e membro da  Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos  (ABRATA).

Ela destaca como os sintomas da depressão se manifestam de maneira diferente entre as crianças, os adolescentes quando comparado com os adultos. “Na criança e no adolescente, há mais queixas somáticas, irritabilidade, tristeza e um enfadonhamento das coisas”, explica a Dra. Alexandrina Meleiro.  “Eles vão se isolando e ficando no quarto, o que muitos pais interpretam como tranquilidade, mas é um sinal de alerta”, afirma a psiquiatra. Esse isolamento pode indicar tristeza profunda, sinais de depressão e deve ser monitorado, especialmente quando o jovem deixa de participar das atividades sociais e passa a evitar amigos e familiares.

Mudanças de comportamento são alerta

Além disso, mudanças de comportamento, como ficar muito tempo recluso, perder o interesse em atividades que antes eram prazerosas, como assistir filmes ou sair com amigos, podem ser sinais de que algo mais sério está acontecendo. “Devemos observar se o adolescente começa a mudar o vestuário para esconder partes do corpo, pois automutilação pode ser uma estratégia que ele usa para lidar com a dor”, acrescenta Alexandrina. Esse comportamento pode ser sinal de que o jovem está desenvolvendo um quadro depressivo que, se não tratado, tende a evoluir para pensamentos suicidas.

A psiquiatra também faz um apelo sobre o uso excessivo de tecnologia, como celulares e videogames, que pode agravar a depressão. “O uso excessivo de tecnologia pode favorecer a diminuição da autoestima e o sentimento de inutilidade”, explica Alexandrina. Ela ressalta que o jovem muitas vezes busca refúgio nas redes sociais ou jogos porque já está deprimido, e isso pode criar um ciclo vicioso de isolamento e piora dos sintomas depressivos. Por isso, é fundamental equilibrar o tempo de tela com atividades presenciais que promovam interação social e desenvolvimento cognitivo.

Relação suicídio x abuso de drogas

Outro ponto crucial levantado por Alexandrina é a relação entre o comportamento suicida e fatores de risco, como a depressão e o abuso de álcool e drogas, comuns nessa faixa etária. “O uso de álcool e drogas pode inicialmente parecer uma fuga, mas acaba agravando a depressão”, pontua. Ela destaca que, além dos transtornos mentais, a falta de pertencimento a um grupo social ou familiar pode deixar o adolescente mais vulnerável ao suicídio. “É importante estar sempre presente, ouvir mais do que falar, e nunca repreender ou minimizar os sentimentos do jovem”, aconselha.

A psiquiatra também enfatiza a importância de estimular atividades que promovam o pertencimento social e ajudem o adolescente a desenvolver resiliência. “Devemos incentivá-los a participar de atividades esportivas e sociais, como jogar vôlei ou futebol, onde possam se sentir valorizados e integrados”, sugere Alexandrina.

Hora de buscar ajuda

Além disso, ela ressalta que o momento de buscar ajuda especializada é quando o isolamento e a mudança de comportamento começam a afetar significativamente a rotina do jovem, como o desempenho escolar e as interações sociais. “Muitas vezes uma abordagem psicoterapêutica é suficiente, mas, em alguns casos, o acompanhamento psiquiátrico também é necessário”, conclui.

Com essa abordagem cuidadosa e preventiva, é possível não só identificar sinais de alerta, mas também ajudar jovens a lidarem com suas emoções de maneira saudável, evitando que a depressão se agrave e leve a consequências trágicas, como o suicídio.

Como o Hospital Santa Mônica pode ajudar

O Hospital Santa Mônica pode ser um aliado essencial no tratamento da depressão em crianças e adolescentes, especialmente nos casos em que o isolamento e a perda de interesse por atividades prazerosas começam a surgir. Com uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, psicólogos e terapeutas especializados em saúde mental infantojuvenil, o hospital oferece um ambiente seguro para que jovens possam expressar suas emoções e receber o suporte necessário.

Além de intervenções psicoterapêuticas, o Hospital Santa Mônica disponibiliza tratamento psiquiátrico infantojuvenil quando necessário, abordando tanto as questões emocionais quanto comportamentais. A instituição é equipada para identificar sinais de alerta precocemente, incluindo comportamentos autolesivos e o uso excessivo de tecnologia, que podem indicar um quadro depressivo mais grave. Programas personalizados também são oferecidos, voltados para o desenvolvimento da resiliência e o fortalecimento das relações sociais, essenciais para ajudar os jovens a lidarem com suas emoções.

A experiência do hospital no tratamento de transtornos mentais também abrange o atendimento a jovens que enfrentam desafios relacionados ao uso de álcool e drogas, oferecendo uma abordagem integrada que envolve o apoio psicossocial e familiar. A rede de especialistas está preparada para acolher não apenas o adolescente, mas também os familiares, orientando-os sobre como lidar com a situação de forma adequada e contribuir para o sucesso do tratamento.

Assim, o Hospital Santa Mônica é uma referência em acolhimento e tratamento para jovens com depressão, ajudando a prevenir que o quadro evolua para pensamentos suicidas e oferecendo um caminho para a recuperação emocional.

Em caso de dúvida, entre em contato conosco e obtenha mais informações sobre o tratamento de depressão em crianças e adolescentes.

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