Visão geral dos alucinógenos
Alucinógenos como LSD, psilocibina (presente em cogumelos mágicos), DMT e mescalina alteram profundamente a percepção e o pensamento do usuário, levando a experiências sensoriais intensas e muitas vezes perturbadoras. Essas substâncias são consumidas principalmente por seus efeitos psicodélicos, buscando-se experiências de expansão da consciência ou introspecção.
Os alucinógenos distorcem e intensificam as sensações, mas os efeitos efetivos variam bastante e são extremamente imprevisíveis. Os principais perigos são os efeitos psicológicos e o discernimento prejudicado que eles provocam. A maioria das pessoas tem consciência de que está tendo alucinações e é possível conversar racionalmente com elas.
Os alucinógenos podem ser derivados de plantas ou ser produtos químicos artificiais (sintéticos), por exemplo:
- LSD ou dietilamida do ácido lisérgico derivado de um fungo
- Psilocibina derivada de vários tipos de cogumelos
- Mescalina derivada do cacto peiote
- Novos compostos estão sendo sintetizados e a lista de alucinógenos é crescente
Sintomas da dependência de alucinógenos
Alterações na percepção sensorial
Visões, sons e sensações táteis distorcidas podem ocorrer durante o uso de alucinógenos, mas também podem persistir após o uso, especialmente em casos de uso crônico.
Alterações na coordenação motora
Pode haver dificuldade em coordenar movimentos simples devido aos efeitos dos alucinógenos no sistema nervoso central.
Sudorese excessiva
O aumento da sudorese é comum durante o uso de alucinógenos e pode ser um sintoma físico de abstinência em alguns casos.
Alucinações
Experimentar sensações perceptivas que não estão presentes na realidade é uma característica distintiva dos alucinógenos. Essas alucinações podem ser visuais, auditivas, táteis ou olfativas.
Despersonalização
Sentir-se desconectado ou separado do próprio corpo ou da realidade circundante é comum durante e após o uso de alucinógenos.
Pensamento desorganizado
Os pensamentos podem se tornar caóticos e difíceis de seguir, levando a uma dificuldade de concentração e comunicação.
Ansiedade e paranoia
Sensações de medo intenso, ansiedade extrema e paranoia podem ocorrer durante ou após o uso de alucinógenos, especialmente em doses elevadas ou em indivíduos suscetíveis.
Isolamento social
O uso excessivo de alucinógenos pode levar a um isolamento social, à medida que o indivíduo prioriza o consumo da substância sobre atividades sociais e relacionamentos interpessoais.
Busca compulsiva pela substância
A pessoa pode passar a maior parte do tempo pensando em usar alucinógenos e pode se envolver em comportamentos de busca compulsiva para obter a substância, mesmo que isso cause consequências negativas em sua vida.
Negligência das responsabilidades
O uso problemático de alucinógenos pode levar à negligência das responsabilidades pessoais, profissionais e acadêmicas, resultando em problemas financeiros, perda de emprego e dificuldades acadêmicas.
Comportamentos de risco
Sob a influência dos alucinógenos, o indivíduo pode se envolver em comportamentos de risco, como dirigir sob a influência da substância ou participar de atividades perigosas que podem resultar em lesões físicas ou morte.
Esses sintomas podem variar em intensidade e gravidade dependendo do indivíduo, do tipo de alucinógeno usado e da frequência e duração do uso. O tratamento da dependência de alucinógenos geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que visa abordar esses sintomas e ajudar o indivíduo a alcançar a recuperação e o bem-estar.
Diagnóstico da dependência de alucinógenos
O diagnóstico da dependência de alucinógenos é geralmente feito por profissionais de saúde mental, que avaliam os padrões de uso da substância, os sintomas físicos e psicológicos apresentados pelo indivíduo e o impacto do uso na vida cotidiana. É importante considerar também quaisquer condições coexistentes, como transtornos de ansiedade ou depressão, que possam influenciar o quadro clínico.
São utilizados questionários padronizados e testes psicológicos para avaliar a gravidade da dependência, como o teste AUDIT (para álcool), DAST (para drogas) e outros instrumentos específicos.
O diagnóstico é baseado nos critérios estabelecidos em manuais diagnósticos, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que incluem sintomas comportamentais, físicos e psicológicos associados à dependência química.
Podem ser realizados exames físicos e laboratoriais para avaliar o estado de saúde geral do paciente, identificar possíveis complicações físicas relacionadas ao uso de substâncias e descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas.
O profissional avalia como o uso de substâncias está afetando as diversas áreas da vida do paciente, como relacionamentos, trabalho, finanças e saúde mental.
É importante avaliar a disposição do paciente para buscar ajuda e fazer mudanças em seu comportamento relacionado ao uso de substâncias.
Tratamentos da dependência de alucinógenos
O tratamento da dependência de alucinógenos geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia de grupo, terapia familiar e, em alguns casos, medicamentos para ajudar a controlar sintomas como ansiedade e depressão. A psicoterapia é frequentemente utilizada para ajudar o indivíduo a compreender os padrões de pensamento e comportamento subjacentes ao uso de alucinógenos, desenvolver estratégias para lidar com gatilhos de recaída e aprender habilidades de enfrentamento mais saudáveis.
A abordagem do tratamento para a Depressão e o Transtorno Depressivo Maior começa com a busca por ajuda de um psiquiatra, o profissional especializado em realizar o diagnóstico preciso dessas condições e em desenvolver um plano de tratamento personalizado para cada indivíduo.
Em muitos casos a internação psiquiátrica, voluntária ou involuntária, é necessária para resgatar e desintoxicar o indivíduo e assim ajudá-lo a alcançar a sua harmonia e restaurar sua autoestima rumo a uma vida autônoma e livre de vícios. Há situações que a perturbação mental coloca a pessoa com dependência química de tal forma alterada, que passa a representar uma ameaça a si própria ou para outras pessoas.
Grupo de apoio
Um fórum para terapia e troca de experiências entre pessoas com uma condição ou objetivo similar, como a depressão, ansiedade ou esquizofrenia.
Psicoeducação
Aprendizado sobre saúde mental que também serve para apoiar, valorizar e dar autonomia aos pacientes, de forma que possam conviver com a depressão.
Terapia familiar
Aconselhamento psicológico que permite que as famílias resolvam, juntas, seus problemas e aprendam a lidar com a situação difícil pela qual o paciente depressivo passa.
Terapia cognitiva comportamental
Analisa interpretações distorcidas da realidade que levam a falsas crenças, pensamentos distorcidos que levam-no paciente ao sofrimento psíquico.
Terapia de grupo
Tipo de psicoterapia na qual o terapeuta trabalha com clientes em grupo, em vez de sessões individuais. Pode ser uma boa alternativa para desabar sobre as dores de quem lida diariamente com a depressão.
Antidepressivos
Reduzem ou melhoram quaisquer sintomas ligados à tristeza profunda.
Ansiolíticos
Reduzem os efeitos da ansiedade e ajudam o paciente a lidar com preocupações excessivas devido ao diagnóstico depressivo.
Antipsicóticos
Ajudam a controlar tremores e a evitar psicoses.
Internação para Dependência a Alucinógeno
Em casos graves de dependência de alucinógenos, onde o indivíduo corre risco imediato de prejudicar a si mesmo ou aos outros, a internação em uma clínica de reabilitação pode ser necessária. Durante a internação, o paciente recebe suporte médico e psicológico intensivo, participa de programas de desintoxicação, terapia individual e em grupo, e recebe educação sobre os efeitos nocivos do uso de alucinógenos.
A internação pode oferecer um ambiente seguro e estruturado para o início do processo de recuperação, permitindo ao paciente se afastar das influências e gatilhos que contribuíram para o seu uso de substâncias. Após a internação, é importante continuar o acompanhamento ambulatorial e participar de programas de apoio à recuperação para aumentar as chances de manter a sobriedade a longo prazo.
Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.
De acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.
Neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.
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