Visão geral do alcoolismo
O alcoolismo, também conhecido como dependência do álcool, é caracterizado pelo consumo excessivo e compulsivo de bebidas alcoólicas, apesar das consequências negativas que isso possa acarretar. Esse comportamento pode resultar em uma série de problemas físicos, psicológicos e sociais, tornando-se uma verdadeira doença que requer intervenção e tratamento adequados.
O alcoolismo é uma condição crônica e progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Essa doença, muitas vezes subestimada, pode causar devastação não apenas na vida do indivíduo afetado, mas também em seus relacionamentos, carreira e saúde geral. Vamos explorar mais detalhadamente essa questão, abordando sua visão geral, sintomas, diagnóstico, tratamento e a opção de internação.
Sintomas do alcoolismo
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode provocar diferentes sintomas na mente e no corpo. Todavia, o nível dos desequilíbrios orgânicos expressos nessas condições dependem de distintos fatores. Por essa razão, é necessário considerar, minimamente, o grau alcoólico, os hábitos de consumo e as condições fisiológicas do indivíduo.
Os sintomas do alcoolismo podem variar de leves a graves e incluem desde a necessidade frequente de consumir álcool até a incapacidade de controlar o consumo, mesmo quando se reconhece o dano que ele está causando. Outros sintomas comuns incluem irritabilidade, tremores, alterações de humor, negligência nas responsabilidades cotidianas, problemas de saúde física, como cirrose hepática e danos cerebrais, e dificuldades nos relacionamentos pessoais e profissionais.
Tolerância ao álcool
A necessidade de consumir quantidades cada vez maiores de álcool para sentir os mesmos efeitos.
Sintomas de abstinência
Quando a pessoa para de beber ou reduz a quantidade de álcool consumida, podem surgir sintomas físicos como tremores, sudorese, náuseas, vômitos, ansiedade e até convulsões em casos graves.
Prejuízos na saúde física
O alcoolismo está associado a uma série de problemas de saúde física, incluindo danos ao fígado (como cirrose), problemas cardíacos, danos cerebrais, danos no sistema digestivo e aumento do risco de câncer.
Deterioração da aparência
O abuso crônico de álcool pode levar a uma aparência descuidada e envelhecida, com pele seca, olhos avermelhados, inchaço facial e perda de cabelo.
Tremores e instabilidade
Tremores nas mãos e dificuldade em manter o equilíbrio podem ser sinais físicos de dependência do álcool.
Negligência de responsabilidades
O alcoolismo frequentemente leva a problemas no trabalho, em relacionamentos e em outras áreas da vida devido à priorização do álcool sobre as obrigações e responsabilidades.
Negativa em aceitar o problema
Muitas pessoas com dependência do álcool negam ou minimizam o problema, mesmo quando confrontadas com as consequências negativas de seu consumo excessivo.
Mudanças de humor
Oscilações frequentes de humor, irritabilidade, ansiedade e depressão podem ser observadas em pessoas com alcoolismo.
Desejo compulsivo pelo álcool
O pensamento constante sobre beber e a incapacidade de controlar o consumo de álcool, mesmo quando se deseja parar ou reduzir, são sinais psicológicos de dependência.
Isolamento social: O alcoolismo pode levar ao afastamento de amigos e familiares, resultando em isolamento social e perda de apoio emocional.
Consumo frequente e em grandes quantidades
Beber regularmente e em quantidades excessivas, mesmo em situações inadequadas ou prejudiciais, é um sinal claro de dependência do álcool.
Persistência no uso apesar das consequências negativas
Continuar a beber, mesmo quando isso resulta em problemas legais, financeiros, de saúde ou relacionados ao trabalho.
Desenvolvimento de rituais em torno do consumo de álcool
Estabelecer rotinas específicas em torno do consumo de álcool, como beber em horários fixos todos os dias ou frequentar os mesmos bares regularmente.
Perda de interesse por atividades antes apreciadas
Abandonar hobbies, interesses ou responsabilidades sociais em favor do consumo de álcool.
Esconder o consumo de álcool
Tentar esconder ou disfarçar a quantidade de álcool consumida, incluindo esconder garrafas vazias ou mentir sobre o consumo.
Diagnóstico do alcoolismo
Diagnosticar o alcoolismo pode ser desafiador, pois muitas vezes os indivíduos que sofrem desse transtorno podem negar ou minimizar seu problema. No entanto, os profissionais de saúde utilizam uma variedade de ferramentas e critérios para avaliar o consumo de álcool de uma pessoa, incluindo questionários, entrevistas e exames físicos. É crucial que o diagnóstico seja feito precocemente para que o tratamento adequado possa ser iniciado.
A investigação diagnóstica de um paciente com dependência alcoólica é feita por meio de uma análise comportamental dos últimos três meses. São consideradas algumas questões, como a dificuldade para conter o desejo incontrolável de consumir bebida alcoólica e os impactos sobre a vida social e profissional.
Durante essa avaliação individual, o médico ou o psicólogo precisa verificar aspectos que definam se há dependência alcoólica ou somente o uso nocivo dessa substância. Tais observações são fundamentais à identificação do nível de gravidade do problema para adotar as condutas mais adequadas.
São utilizados questionários padronizados e testes psicológicos para avaliar a gravidade da dependência, como o teste AUDIT (para álcool), DAST (para drogas) e outros instrumentos específicos.
O diagnóstico é baseado nos critérios estabelecidos em manuais diagnósticos, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que incluem sintomas comportamentais, físicos e psicológicos associados à dependência química.
Podem ser realizados exames físicos e laboratoriais para avaliar o estado de saúde geral do paciente, identificar possíveis complicações físicas relacionadas ao uso de substâncias e descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas.
O profissional avalia como o uso de substâncias está afetando as diversas áreas da vida do paciente, como relacionamentos, trabalho, finanças e saúde mental.
É importante avaliar a disposição do paciente para buscar ajuda e fazer mudanças em seu comportamento relacionado ao uso de substâncias.
Tratamentos do alcoolismo
O tratamento do alcoolismo geralmente envolve uma abordagem multifacetada, que pode incluir terapia individual, terapia em grupo, medicamentos para ajudar a controlar os desejos pelo álcool, e apoio psicossocial. A terapia comportamental cognitiva e a terapia motivacional são frequentemente usadas para ajudar os indivíduos a entender e mudar seus padrões de pensamento e comportamento em relação ao álcool. O apoio da família e de grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos, também desempenha um papel fundamental no processo de recuperação.
A abordagem do tratamento para a Depressão e o Transtorno Depressivo Maior começa com a busca por ajuda de um psiquiatra, o profissional especializado em realizar o diagnóstico preciso dessas condições e em desenvolver um plano de tratamento personalizado para cada indivíduo.
Em muitos casos a internação psiquiátrica, voluntária ou involuntária, é necessária para resgatar e desintoxicar o indivíduo e assim ajudá-lo a alcançar a sua harmonia e restaurar sua autoestima rumo a uma vida autônoma e livre de vícios. Há situações que a perturbação mental coloca a pessoa com dependência química de tal forma alterada, que passa a representar uma ameaça a si própria ou para outras pessoas.
Grupo de apoio
Um fórum para terapia e troca de experiências entre pessoas com uma condição ou objetivo similar, como a depressão, ansiedade ou esquizofrenia.
Psicoeducação
Aprendizado sobre saúde mental que também serve para apoiar, valorizar e dar autonomia aos pacientes, de forma que possam conviver com a depressão.
Terapia familiar
Aconselhamento psicológico que permite que as famílias resolvam, juntas, seus problemas e aprendam a lidar com a situação difícil pela qual o paciente depressivo passa.
Terapia cognitiva comportamental
Analisa interpretações distorcidas da realidade que levam a falsas crenças, pensamentos distorcidos que levam-no paciente ao sofrimento psíquico.
Terapia de grupo
Tipo de psicoterapia na qual o terapeuta trabalha com clientes em grupo, em vez de sessões individuais. Pode ser uma boa alternativa para desabar sobre as dores de quem lida diariamente com a depressão.
Antidepressivos
Reduzem ou melhoram quaisquer sintomas ligados à tristeza profunda.
Ansiolíticos
Reduzem os efeitos da ansiedade e ajudam o paciente a lidar com preocupações excessivas devido ao diagnóstico depressivo.
Antipsicóticos
Ajudam a controlar tremores e a evitar psicoses.
Internação para pessoas alcoólatras
Em casos mais graves de alcoolismo, a internação pode ser necessária. A internação oferece um ambiente seguro e supervisionado, onde os pacientes podem receber tratamento intensivo, incluindo desintoxicação, monitoramento médico 24 horas, e terapia intensiva. Essa opção é especialmente útil para aqueles que enfrentam complicações médicas graves devido ao abuso crônico de álcool ou para aqueles que não conseguem se manter abstinentes em um ambiente ambulatorial.
O alcoolismo é uma doença complexa e debilitante que requer atenção e intervenção adequadas. Com o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o apoio contínuo, é possível alcançar a recuperação e levar uma vida saudável e produtiva livre do álcool. A internação, quando necessária, pode fornecer o suporte intensivo necessário para iniciar esse processo de cura e transformação.
A internação voluntária (com autorização do paciente) ou internação involuntária (contra a vontade do paciente) são meios de resgatar o indivíduo que geralmente não tem mais controle dos seus pensamentos e atitudes, que perdeu sua capacidade de autodeterminação ou a capacidade de se autogerir.
Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.
De acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.
Neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.
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