Desde 2008 acontece a campanha “abril azul”, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e especialmente voltada para o conhecimento sobre o Autismo. De acordo com a ABRA (Associação Brasileira de Autismo), esse é um transtorno caracterizado por desvios na interação social, comunicação e na utilização da imaginação, os quais se manifestam desde a primeira infância.
Estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de autistas. No entanto, entender a patologia ainda é um grande desafio para muitas pessoas, principalmente aquelas que lidam com quem a tem. Desse modo, para trazer algumas informações importantes a respeito do Autismo, preparamos este post. Ficou interessado no assunto? Então, não deixe de continuar a leitura!
Sintomas do Autismo
O indivíduo autista pode apresentar uma série de sinais, porém, alguns são mais evidentes que outros. Vale ressaltar que o diagnóstico desse transtorno, na maioria das vezes, não acontece precocemente. Acompanhe a seguir os principais sintomas!
Dificuldade em interagir socialmente
A necessidade de estar com outras pessoas é uma característica inata do ser humano. Contudo, O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta a capacidade de interação e dá espaço à introspecção.
Por esse motivo, os autistas costumam se isolar, de modo a evitar qualquer tipo de contato físico.
Alterações no comportamento
Na infância, essas mudanças comportamentais incluem:
- repetir movimentos ou falas continuamente;
- evitar beijos e abraços;
- ter atitudes agressivas.
Já na fase adulta, observa-se as seguintes alterações:
- ficar mais tempo em casa;
- desenvolver sintomas de ansiedade;
- demonstrar interesse apenas por determinadas atividades.
Dificuldade na comunicação
Por mais que muitos autistas tenham um bom desenvolvimento da fala, é comum que eles não se expressem verbalmente e sejam resistentes à comunicação.
Causa do autismo
Embora o Autismo tenha sido identificado há muitos anos, a causa exata do problema ainda não foi descoberta. Entretanto, os estudos sobre esse tema indicam que questões genéticas estão ligadas ao desenvolvimento do transtorno. Veja abaixo outras possíveis causas!
- desordens metabólicas;
- infecções virais;
- lesões na formação do cérebro;
- complicações no parto ou gravidez.
Graus do Autismo
Anteriormente, a classificação do Autismo era feita em subgrupos, mas com o intuito de reduzi-los, dividiu-se o transtorno em apenas três categorias, de acordo com sua gravidade, ou seja, nível de apoio para suprir as necessidades. Acompanhe!
Nível 1 — Leve
Também denominado de Asperger. Nesse caso, há introspecção e dificuldade na comunicação, porém, o comprometimento é menor, e pode demorar mais tempo para ser diagnosticado.
Observa-se movimentos descoordenados e foco em apenas um assunto ou atividade de maior interesse.
Nível 2 — Moderado
No autismo de nível 2 a interatividade social é baixa, nota-se dificuldade ou ausência de comunicação verbal, bem como determinadas atitudes e movimentos repetitivos, que ficam mais em evidência. Trata-se de um tipo com características tanto do nível 1 quanto no nível 3.
Nível 3 — Severo
Entre todos, o nível 3 é o que provoca maior interferência nos diversos aspectos citados anteriormente. Considera-se grave o déficit cognitivo e nas habilidades para convívio social, o que torna indispensável um suporte grande para que as necessidades individuais sejam atendidas.
Como o transtorno interfere na vida de quem o tem
Se o transtorno não for tratado de maneira adequada, o autista pode ter o seu desenvolvimento intelectual amplamente comprometido, isolar-se socialmente e deixar de ser inserido no mercado de trabalho.
Porém, quando o diagnóstico acontece precocemente, é possível minimizar bastante as consequências do transtorno e, em algumas situações, o indivíduo consegue até ter uma vida normal.
Autismo na infância e aprendizagem
Normalmente, os primeiros sinais do Autismo se manifestam entre os 3 e 5 anos de idade. Tendo em vista que o processo de ensino-aprendizagem se inicia nessa fase e se mostra essencial para o desenvolvimento da criança, é preciso colocar em prática, desde cedo, atividades que estimulam a fala, a interatividade, socialização, a coordenação motora etc.
O estudo em escola regular aumenta as chances do aprendizado, uma vez que o contato diário com outras crianças também serve como estímulo. Para potencializar os resultados obtidos no ambiente escolar, pode-se recorrer ao atendimento educacional especializado — uma estratégia paralela à sala de aula regular, que trabalha diretamente os aspectos mais comprometidos pelo transtorno.
Com o suporte necessário, os pequenos podem até desenvolver talentos específicos em certas áreas do conhecimento.
Autistas e o mercado de trabalho
Infelizmente, os autistas ainda enfrentam muitos obstáculos para entrarem no mercado de trabalho — desafios, muitas vezes, ligados ao desconhecimento de suas capacidades pelos empregadores, cenário que mostra de forma ainda mais nítida a importância da campanha “Abril Azul”.
Os maiores problemas encontrados por um autista ainda são a desinformação e o preconceito. No entanto, isso tem mudado e, atualmente, encontramos pessoas com autismo que trabalham e conquistaram sua independência, mesmo com todas as particularidades do transtorno.
Como lidar com o diagnóstico de autismo
Ao descobrir que uma pessoa próxima a você tem o Transtorno do Espectro do Autismo, primeiramente, deve-se ter em mente que o apoio da família será primordial para que ela consiga se desenvolver o máximo possível e não tenha tanta interferência da patologia em sua vida.
Além disso, é preciso contar com o apoio de profissionais qualificados e uma instituição de referência como o Hospital Santa Mônica, que ofereça um tratamento capaz de proporcionar bem-estar aos autistas e mais tranquilidade para os familiares.
Embora o problema não tenha cura, existem medicamentos que podem ser administrados e que minimizam consideravelmente os sintomas. A caminhada é longa, mas a cada avanço conquistado, você perceberá que vale a pena o esforço para garantir boas condições a quem você ama.
Esperamos que o conteúdo apresentado tenha contribuído para a compreensão de aspectos fundamentais quando se trata do autismo. Sem dúvidas, a visibilidade trazida ao transtorno por meio da campanha “Abril Azul” é essencial para sensibilizar a sociedade e incentivar familiares a buscarem um acompanhamento profissional adequado, capaz de promover qualidade de vida ao indivíduo autista.
E aí, Gostou deste post e deseja tirar dúvidas sobre o tratamento do autismo? Então, entre em contato com a gente. Será um prazer atendê-lo!