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Dependência Química

Entenda o que é dependência química, conheça os tratamentos, o processo de desintoxicação, reabilitação e prevenção a recaídas. Saiba quando a internação psiquiátrica é necessária para resgatar o paciente.

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Visão geral da dependência química

A dependência de qualquer substância psicoativa, ou seja, que altere os comportamentos, é chamada de dependência química. Ela pode se referir a álcool, cocaína, crack, maconha e até mesmo medicamentos como calmantes. A dependência química é considerada como um transtorno mental resultante necessidade constante e uso abusivo de drogas.

Pessoas que convivem com dependência química precisam de ajuda para reconhecer o problema e se tratar. Muitas vezes a família e/ou os amigos são os primeiros os sinais do abuso de substâncias como álcool e drogas.

Algumas vezes, os dependentes químicos são vistos pela sociedade como pessoas que não possuem força de vontade, fracas e que deveriam simplesmente abandonar o vício. No entanto, é preciso entender que a dependência química faz com que o usuário de substâncias perca o controle do uso e, como consequência, perca também aos poucos, o controle emocional, físico e psíquico. Por isso, ao chegar nessa situação, é preciso buscar ajuda.

Se você ou alguém próximo estiver estiver passando por essa situação, não se desespere. A dependência química é considerada uma doença crônica e neste sentido existem tratamentos e terapias que ajudam na reabilitação e prevenção de crises.

Principais dependências e substâncias químicas

Sintomas da dependência química

A dependência química é um distúrbio mental com potenciais consequências físicas e psicológicas significativas. Essa condição é marcada pelo uso persistente e abusivo de substâncias psicoativas (drogas e álcool) que afetam principalmente o sistema nervoso central

Além de diversos efeitos adversos, a dependência química desencadeia uma série de alterações cognitivas, fisiológicas e comportamentais que surgem após a exposição repetida a determinada substância. Identificar os indícios de dependência química é crucial para prevenir e tratar esse problema com eficácia.

Se você suspeita que alguém próximo esteja enfrentando dependência química, continue a leitura e aprenda a reconhecer os principais sintomas desse transtorno. Ao fazer isso, estará mais preparado para intervir e oferecer apoio adequado.

Tolerância

A necessidade de consumir doses cada vez maiores da substância para obter os mesmos efeitos desejados.

Sintomas de abstinência

Quando a pessoa para de consumir a substância ou reduz a quantidade, podem surgir sintomas físicos como tremores, sudorese, náuseas, vômitos, ansiedade, irritabilidade, dores musculares, insônia, entre outros.

Problemas de saúde física

Dependendo da substância, podem ocorrer uma variedade de problemas de saúde física, incluindo danos aos órgãos, problemas respiratórios, danos cerebrais, distúrbios cardíacos, entre outros.

Alterações na aparência

O abuso crônico de substâncias pode levar a mudanças na aparência física, como perda ou ganho de peso, olhos vermelhos ou vidrados, pele pálida ou amarelada, entre outros.

Desejo compulsivo

Sentimentos intensos de desejo pela substância, levando a pensamentos constantes sobre como obtê-la.

Perda de controle

Incapacidade de controlar ou interromper o uso da substância, mesmo quando se deseja fazê-lo.

Negligência de responsabilidades

Priorização do uso da substância sobre obrigações pessoais, profissionais ou sociais.

Mudanças de humor

Oscilações frequentes de humor, irritabilidade, ansiedade, depressão e sentimentos de desesperança.

Negativa em aceitar o problema

Muitas pessoas com dependência química negam ou minimizam o problema, mesmo quando confrontadas com as consequências negativas de seu consumo.

Isolamento social

Retraimento social, afastamento de amigos e familiares e preferência por passar tempo sozinho para consumir a substância.

Desenvolvimento de rituais

Estabelecimento de rotinas específicas em torno do consumo da substância, como horários fixos de uso ou locais específicos para consumo.

Problemas financeiros

Gastos excessivos com a substância, comprometendo a estabilidade financeira e acumulando dívidas.

Comportamento arriscado

Engajamento em comportamentos perigosos ou ilegais para obter a substância, como dirigir sob influência, furtos, prostituição, entre outros.

Relações interpessoais prejudicadas

Problemas nos relacionamentos pessoais, familiares e profissionais devido ao comportamento relacionado ao uso da substância.

Diagnóstico da dependência química

O diagnóstico da dependência química geralmente é feito por profissionais de saúde mental, como psiquiatras, psicólogos ou médicos clínicos, por meio de uma avaliação cuidadosa que considera diversos aspectos. Aqui estão algumas das etapas e métodos comuns no diagnóstico:

São utilizados questionários padronizados e testes psicológicos para avaliar a gravidade da dependência, como o teste AUDIT (para álcool), DAST (para drogas) e outros instrumentos específicos.

O diagnóstico é baseado nos critérios estabelecidos em manuais diagnósticos, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que incluem sintomas comportamentais, físicos e psicológicos associados à dependência química.

Podem ser realizados exames físicos e laboratoriais para avaliar o estado de saúde geral do paciente, identificar possíveis complicações físicas relacionadas ao uso de substâncias e descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas.

O profissional avalia como o uso de substâncias está afetando as diversas áreas da vida do paciente, como relacionamentos, trabalho, finanças e saúde mental.

É importante avaliar a disposição do paciente para buscar ajuda e fazer mudanças em seu comportamento relacionado ao uso de substâncias.

Com base nessas informações e avaliações, o profissional de saúde pode fazer o diagnóstico da dependência química e recomendar um plano de tratamento adequado, que pode incluir terapia individual ou em grupo, medicamentos, suporte familiar, entre outras intervenções.

Tratamento para dependência química

Uma variedade de programas de tratamento (ou recuperação) para o abuso de substâncias estão disponíveis em regime de internação ou ambulatório. Os programas considerados são geralmente baseados no tipo de substância abusada. 

O tratamento da dependência química com um médico psiquiatra geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar para ajudar o paciente a superar sua dependência e promover sua recuperação. O psiquiatra avalia o paciente, realiza uma avaliação detalhada de sua condição mental e física, e desenvolve um plano de tratamento personalizado. Isso pode incluir:

Avaliação e diagnóstico

O psiquiatra avalia o histórico médico e psiquiátrico do paciente, assim como o padrão de uso de substâncias. Ele também pode realizar testes para identificar condições médicas ou psiquiátricas subjacentes que possam contribuir para a dependência química.

Gestão da desintoxicação

Em casos de dependência física, o psiquiatra pode prescrever medicamentos para ajudar o paciente a passar pelo processo de desintoxicação de forma segura e confortável, minimizando os sintomas de abstinência.

Aconselhamento e psicoterapia

O psiquiatra pode fornecer aconselhamento e psicoterapia para ajudar o paciente a entender os fatores que contribuem para sua dependência, desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis e lidar com questões emocionais subjacentes.

Monitoramento e ajuste do tratamento

O psiquiatra monitora de perto o progresso do paciente durante o tratamento, ajustando a abordagem conforme necessário para garantir que o paciente receba o suporte adequado durante todo o processo de recuperação.

Em muitos casos a internação psiquiátrica, voluntária ou involuntária, é necessária para resgatar e desintoxicar o indivíduo e assim ajudá-lo a alcançar a sua harmonia e restaurar sua autoestima rumo a uma vida autônoma e livre de vícios. Há situações que a perturbação mental coloca a pessoa com dependência química de tal forma alterada, que passa a representar uma ameaça a si própria ou para outras pessoas.

Durante a internação, o paciente recebe cuidados médicos e psiquiátricos intensivos em um ambiente seguro e estruturado. Isso pode incluir desintoxicação sob supervisão médica, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência química e desenvolvimento de habilidades de enfrentamento. A internação psiquiátrica oferece um ambiente protegido onde o paciente pode se concentrar na sua recuperação sem as distrações e tentações do ambiente externo.

Terapia cognitivo-comportamental – TCC

Ajuda o paciente a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento prejudiciais associados ao uso de substâncias.

Terapia de grupo

Permite que o paciente compartilhe experiências e receba apoio de outras pessoas que estão passando por desafios semelhantes.

Terapia familiar

Envolve membros da família no processo de tratamento, visando melhorar a comunicação e resolver conflitos familiares que possam contribuir para a dependência química.

Terapia ocupacional

Ajuda o paciente a desenvolver habilidades práticas e a se envolver em atividades construtivas para ocupar seu tempo de forma saudável.

Grupo de apoio

Um fórum para terapia e troca de experiências entre pessoas com uma condição ou objetivo similar, como a depressão, ansiedade ou esquizofrenia.

Psicoeducação

Aprendizado sobre saúde mental que também serve para apoiar, valorizar e dar autonomia aos pacientes, de forma que possam conviver com a depressão.

Medicamentos para redução de desejos

Como naltrexona ou acamprosato, que podem ajudar a reduzir os desejos por álcool ou outras substâncias.

Medicamentos para controle de sintomas

Como benzodiazepínicos para ajudar a controlar a ansiedade durante a desintoxicação ou antidepressivos para tratar a depressão coexistente.

Medicamentos para tratamento de condições psiquiátricas

Como antidepressivos ou estabilizadores de humor para tratar transtornos mentais coexistentes, como depressão ou transtorno bipolar.

Antidepressivos

Reduzem ou melhoram quaisquer sintomas ligados à tristeza profunda.

Ansiolíticos

Reduzem os efeitos da ansiedade e ajudam o paciente a lidar com preocupações excessivas devido ao diagnóstico depressivo.

Antipsicóticos

Ajudam a controlar tremores e a evitar psicoses.

É importante ressaltar que o tratamento da dependência química deve ser individualizado para atender às necessidades específicas de cada paciente e pode exigir uma abordagem integrada que combine diferentes modalidades terapêuticas. O acompanhamento contínuo com um médico psiquiatra ou equipe de tratamento especializada é essencial para garantir uma recuperação bem-sucedida e duradoura.

Internação para dependentes químicos

internação voluntária (com autorização do paciente) ou internação involuntária (contra a vontade do paciente) são meios de resgatar o indivíduo que geralmente não tem mais controle dos seus pensamentos e atitudes, que perdeu sua capacidade de autodeterminação ou a capacidade de se autogerir.

A internação para pacientes com dependência química é um meio de resgate e tratamento, em estágios mais avançados, uma questão de vida ou morte. Dessa forma, em situações em que se constata um considerável risco e perigo às vidas de outras pessoas, é difícil imaginar forma mais eficiente de tratamento, considerando-se que outras vias tais quais remédios e terapias podem exigir um tempo mínimo para que seus efeitos sejam manifestados. Sendo assim, neste período pode ser requerida uma vigilância estreita em um hospital psiquiátrico.

Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.

De acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.

Neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.

Fale com o Hospital Santa Mônica

O Hospital Santa Mônica oferece todos os recursos da psiquiatria moderna aliada a uma equipe multidisciplinar preparada para tratar pacientes e promover o bem-estar. Somos o primeiro hospital psiquiátrico privado de São Paulo com Certificação ONA 3 – Acreditado com Excelência Ouro – que atesta os padrões da qualidade assistencial, a segurança do paciente e a excelência em gestão.

Terapias e atividades que complementam o tratamento psiquiátrico hospitalar

Terapia em grupo

Atuação de psicólogos e um grupo pacientes para trabalhar questões que envolvem a depressão, crise de ansiedade, transtorno do pânico, dependência de substâncias, dentre outras questões.

Hidroginástica

Supervisionada pela equipe de fisioterapeutas utiliza as propriedades da água como complemento das terapias convencionais. Os exercícios físicos são indicados como auxílio no tratamento de doenças mentais.

Pilates e alongamento

Eficaz ao combinar exercícios de fisioterapia, técnicas da ioga, aparelhos e acessórios específicos no tratamento de dores, em idosos e pessoas com déficits neurológicos como os causados por derrames.

Musicoterapia

Utiliza a música e os instrumentos musicais para reabilitação da saúde mental e física. Promove o relaxamento, melhora a comunicação, auxilia na expressão e integra os pensamentos, sentidos e emoções.

Dançaterapia

Atividade terapêutica muito utilizada para a reabilitação de pacientes. Explora, com bastante habilidade técnica, o uso da dança e a execução de movimentos como complemento das intervenções clínicas.

Terapia com cães

A terapia com cães têm sido amplamente utilizada como ponto de apoio emocional para melhorar a saúde e o bem-estar de pacientes, sobretudo de indivíduos que têm constantes crises depressivas ou de ansiedade.

Futebol, vôlei e basquete

Esportes beneficiam a mente e agem no cérebro das pessoas. Melhora o humor, aumenta a concentração, reduz o estresse e a depressão, melhora o sono, desenvolve a auto-confiança e liderança.

Pintura e artesanato

A pintura e artesanato potencializam e valorizam as formas singulares do processo de livre criação, elevação da autoestima, melhora do equilíbrio emocional e minimização dos efeitos negativos da doença mental.

Espiritualidade e emoções

A espiritualidade e controle emocional pode reduzir o estresse psicológico que provoca dor. Gera esperança, otimismo e resiliência. Pode ser grande aliada na manutenção da saúde mental e emocional.

Leitura

A pratica da leitura pode gerar benefícios cognitivos entre aqueles que mantém o hábito de ler regularmente. Ajuda a entender melhor o sentimento e emoções de outras pessoas e também melhora a capacidade de mudança no dia a dia.

Grupo de apoio familiar

Espaço onde os familiares de pacientes podem se reunir para compartilhar suas experiências de uma maneira que ajude a reduzir o isolamento e a solidão. Tem como objetivo esclarecer dúvidas sobre transtornos mentais.

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