Visão Geral da Dependência de Nicotina
A nicotina é uma substância altamente viciante encontrada principalmente nos produtos do tabaco, como cigarros, charutos e tabaco para mascar. O consumo regular desses produtos pode levar à dependência física e psicológica da nicotina, tornando difícil para os usuários abandonarem o hábito.
A nicotina é a substância no tabaco (presente tanto em cigarros, charutos, cachimbo e tabaco de mascar como em cigarros eletrônicos) da qual os usuários se tornam dependentes. Além da nicotina, cigarros fumados contêm alcatrão e monóxido de carbono, juntamente com quase 4.000 outros ingredientes, muitos dos quais são tóxicos. A nicotina também é o princípio ativo em alguns produtos medicamentosos usados para ajudar a pessoa a parar de fumar. Quando administrada por meio de fumar cigarros, a nicotina atinge o cérebro rapidamente (no prazo de 10 segundos) e, por isso, é extremamente viciante.
Grande parte da exposição à nicotina ocorre ao fumar tabaco, embora as crianças possam, acidentalmente, comê-la (normalmente cigarros ou bitucas deixados em cinzeiros ou, às vezes, goma de mascar ou adesivos de nicotina ou líquido de cigarros eletrônicos); além disso, algumas pessoas usam tabaco sem fumaça. Quase todos os fumantes fumam cigarros. Uma pequena porcentagem de fumantes fuma charutos ou cachimbo.
A nicotina produz efeitos físicos e alterações do humor em seu cérebro que podem ser temporariamente agradáveis. Estes efeitos fazem você querer usar o tabaco compulsivamente, o que leva à dependência. Ao mesmo tempo, parar de fumar causa sintomas de abstinência, incluindo irritabilidade e ansiedade.
Embora seja a nicotina no tabaco que causa a dependência, os efeitos tóxicos do tabaco resultam de outras substâncias. Fumantes têm taxas muito mais elevadas de doenças cardíacas, derrames e câncer do que os não-fumantes, além de problemas respiratórios.
Sintomas da dependência a nicotina
Os sintomas da dependência de nicotina podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem uma forte ânsia de fumar, irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração, aumento do apetite e insônia quando se tenta parar de fumar. Muitas vezes, os fumantes continuam a fumar para evitar os sintomas desagradáveis de abstinência.
Ânsia por nicotina
Uma forte vontade de fumar que pode se manifestar como uma sensação de desconforto físico, como uma sensação de vazio no estômago ou aperto no peito.
Tolerância
Com o tempo, os fumantes podem precisar de quantidades crescentes de nicotina para sentir os mesmos efeitos, o que pode levar a um aumento no consumo de tabaco.
Sintomas de abstinência
Quando os fumantes tentam parar de fumar ou reduzir o consumo, podem experimentar uma série de sintomas físicos desagradáveis, como irritabilidade, insônia, dores de cabeça, aumento do apetite, tremores e sudorese.
Desejos intensos
Além das ânsias físicas, os fumantes podem experimentar desejos intensos e persistentes de fumar, mesmo em situações em que fumar não é possível ou socialmente aceitável.
Ansiedade e irritabilidade
A nicotina atua como um estimulante, e sua falta pode levar a sentimentos de ansiedade, irritabilidade e agitação.
Depressão
Alguns fumantes podem desenvolver sintomas depressivos quando tentam parar de fumar, devido à alteração dos níveis de neurotransmissores no cérebro.
Rituais de fumar
Os fumantes muitas vezes associam o ato de fumar a certas atividades ou situações, como tomar café, dirigir ou socializar. Esses rituais comportamentais podem se tornar fortes gatilhos para fumar.
Fumar como mecanismo de enfrentamento
Muitas pessoas usam o tabaco como uma forma de lidar com o estresse, a ansiedade ou outras emoções desconfortáveis. Isso pode levar a um padrão de comportamento onde o fumar é visto como uma solução para problemas emocionais.
Evitar situações de abstinência
Alguns fumantes podem evitar situações que desencadeiem sintomas de abstinência, como longos períodos sem fumar ou ambientes nos quais fumar não é permitido.
Esses sintomas físicos, psicológicos e comportamentais da dependência de nicotina podem tornar desafiador para os fumantes abandonarem o hábito do tabaco. No entanto, com o apoio adequado e estratégias eficazes de tratamento, é possível superar essa dependência e levar uma vida livre de tabaco.
Diagnóstico da Dependência de Nicotina
O diagnóstico da dependência de nicotina geralmente é baseado nos padrões de uso do tabaco e na presença de sintomas de abstinência quando se tenta parar de fumar. Os profissionais de saúde também podem usar questionários padronizados para avaliar a gravidade da dependência e ajudar a determinar o melhor curso de tratamento.
São utilizados questionários padronizados e testes psicológicos para avaliar a gravidade da dependência, como o teste AUDIT (para álcool), DAST (para drogas) e outros instrumentos específicos.
O diagnóstico é baseado nos critérios estabelecidos em manuais diagnósticos, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) ou a CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que incluem sintomas comportamentais, físicos e psicológicos associados à dependência química.
Podem ser realizados exames físicos e laboratoriais para avaliar o estado de saúde geral do paciente, identificar possíveis complicações físicas relacionadas ao uso de substâncias e descartar outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas.
O profissional avalia como o uso de substâncias está afetando as diversas áreas da vida do paciente, como relacionamentos, trabalho, finanças e saúde mental.
É importante avaliar a disposição do paciente para buscar ajuda e fazer mudanças em seu comportamento relacionado ao uso de substâncias.
Tratamento da Dependência a Nocotina
O tratamento da dependência de nicotina pode incluir uma variedade de abordagens, desde terapias comportamentais até o uso de medicamentos. Terapias comportamentais, como a terapia cognitivo-comportamental, podem ajudar os fumantes a identificar e lidar com os gatilhos que os levam a fumar, além de desenvolver estratégias para lidar com os sintomas de abstinência.
Além disso, existem vários medicamentos aprovados pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) para ajudar as pessoas a pararem de fumar, incluindo adesivos de nicotina, gomas de mascar, pastilhas, inaladores e medicamentos de prescrição, como bupropiona e vareniclina. Esses medicamentos ajudam a reduzir os sintomas de abstinência e os desejos de nicotina, aumentando as chances de sucesso ao parar de fumar.
A abordagem do tratamento para a Depressão e o Transtorno Depressivo Maior começa com a busca por ajuda de um psiquiatra, o profissional especializado em realizar o diagnóstico preciso dessas condições e em desenvolver um plano de tratamento personalizado para cada indivíduo.
Em muitos casos a internação psiquiátrica, voluntária ou involuntária, é necessária para resgatar e desintoxicar o indivíduo e assim ajudá-lo a alcançar a sua harmonia e restaurar sua autoestima rumo a uma vida autônoma e livre de vícios. Há situações que a perturbação mental coloca a pessoa com dependência química de tal forma alterada, que passa a representar uma ameaça a si própria ou para outras pessoas.
Grupo de apoio
Um fórum para terapia e troca de experiências entre pessoas com uma condição ou objetivo similar, como a depressão, ansiedade ou esquizofrenia.
Psicoeducação
Aprendizado sobre saúde mental que também serve para apoiar, valorizar e dar autonomia aos pacientes, de forma que possam conviver com a depressão.
Terapia familiar
Aconselhamento psicológico que permite que as famílias resolvam, juntas, seus problemas e aprendam a lidar com a situação difícil pela qual o paciente depressivo passa.
Terapia cognitiva comportamental
Analisa interpretações distorcidas da realidade que levam a falsas crenças, pensamentos distorcidos que levam-no paciente ao sofrimento psíquico.
Terapia de grupo
Tipo de psicoterapia na qual o terapeuta trabalha com clientes em grupo, em vez de sessões individuais. Pode ser uma boa alternativa para desabar sobre as dores de quem lida diariamente com a depressão.
Antidepressivos
Reduzem ou melhoram quaisquer sintomas ligados à tristeza profunda.
Ansiolíticos
Reduzem os efeitos da ansiedade e ajudam o paciente a lidar com preocupações excessivas devido ao diagnóstico depressivo.
Antipsicóticos
Ajudam a controlar tremores e a evitar psicoses.
Internação para dependência de nicotina
Em casos graves de dependência de nicotina, a internação em uma clínica de reabilitação especializada pode ser necessária. Durante a internação, os pacientes recebem suporte 24 horas por dia de profissionais de saúde especializados em dependência química. Eles têm acesso a uma variedade de terapias e tratamentos intensivos para ajudá-los a superar sua dependência e adotar um estilo de vida livre de tabaco.
Em conclusão, a dependência química de nicotina é uma condição séria que requer intervenção e tratamento adequados. Com uma combinação de terapias comportamentais, medicamentos e, em alguns casos, internação, é possível superar essa dependência e levar uma vida saudável e livre de tabaco.
Se o paciente está ciente de sua situação e dos problemas com os quais convive, além de sofrer pelos sintomas da depressão, capazes de impactar vida, autoestima, trabalho e, principalmente, relacionamentos, a internação voluntária a ajuda a estar em contato com uma equipe multidisciplinar apta a zelar por seu tratamento e a reabilitá-lo de modo que possa voltar a conviver bem com si mesmo e com aqueles que ama.
De acordo com a lei (10.216/01), o familiar pode solicitar a internação involuntária, desde que o pedido seja feito por escrito e aceito pelo médico psiquiatra. A lei determina que, nesses casos, os responsáveis técnicos do estabelecimento de saúde têm prazo de 72 horas para informar ao Ministério Público da comarca sobre a internação e seus motivos. O objetivo é evitar a possibilidade de esse tipo de internação ser utilizado para a prática de cárcere privado.
Neste caso não é necessária a autorização familiar. O artigo 9º da lei 10.216/01 estabelece a possibilidade da internação compulsória, sendo esta sempre determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a sua condição psicológica e física.
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