Saber o que são fobias, quais os tipos, as causas e os sintomas é importante para direcionar condutas terapêuticas mais adequadas e alcançar sucesso no tratamento. Muitas delas têm relação direta com os transtornos de ansiedade e exigem atenção especializada, visto que há o risco de evolução para quadros mais graves, principalmente aqueles associados à depressão e à síndrome do pânico.
Nessa perspectiva, vamos explicar o que são as fobias, listar os principais tipos e ajudar a identificar os sintomas. Confira, ainda, como funciona o tratamento para esse problema e entenda a importância de receber o diagnóstico correto e a medicação adequada.
Entenda o que são fobias
Medo de altura, aranhas, cobras, lugares fechados, multidões, andar de avião e de tempestades são apenas alguns exemplos típicos que causam ansiedade para muitas pessoas. Mas quando esses sentimentos produzem reações extremas que se tornam uma fobia é preciso buscar ajuda profissional e tratamento.
Um certo nível de medo e de ansiedade é normal, racional e, às vezes, funciona até como fator de proteção. Porém, fobias são diferentes, pois fazem com que a pessoa acredite que há um perigo que não existe. Assim, quem tem esse transtorno compromete sua qualidade de vida nos aspectos pessoais, sociais e profissionais.
Geralmente, mediante acontecimentos que causam fobias, a pessoa sente muita ansiedade mental e física e passa a evitar situações em que pode se deparar com o motivo causador desse problema. Por isso, saber o que são fobias e conhecer as alternativas mais eficazes para superar esse transtorno é essencial à reestruturação mental e ao ajuste emocional para se livrar disso de uma vez por todas.
Confira os principais sintomas
Geralmente, os episódios de fobia se manifestam já na primeira infância. Porém, eles podem surgir na pré-adolescência, juventude ou na fase adulta. Muitas vezes, as pessoas não sabem o que são fobias, o que faz com que o transtorno passe despercebido. Os portadores são, em sua maioria, jovens e pessoas que residem em cidades bem desenvolvidas, onde a interação social é, pelo menos teoricamente, maior.
Quem cresceu em ambientes familiares conflituosos e marcados por muito estresse e preocupação é mais propenso a desenvolver o transtorno. Além do mais, as experiências negativas, traumas ou situações mal resolvidas também exercem influência.
Logo, saber diferenciar os sintomas das fobias dos sinais e características de outras doenças emocionais — ou ligadas à desordem mental — auxilia bastante na correta identificação diagnóstica e na escolha do método terapêutico mais adequado.
Entre os sintomas que exigem uma investigação mais detalhada, os mais importantes são:
- palidez;
- sudorese;
- taquicardia;
- dor no peito;
- dor de barriga;
- dor de estômago;
- ataques de pânico;
- medo descontrolado;
- ansiedade excessiva;
- dificuldade de raciocínio;
- tremores das mãos e dos pés.
Conheça as fobias mais comuns
Assim como acontece com o medo, não há uma área especificamente responsável pelas fobias no cérebro. No entanto, muitas regiões dele e os trilhões de conexões ali existentes participam desse evento. Porém, o ato de sentir medo é importante para o processamento das emoções e a ativação do centro de aprendizado do cérebro, mais precisamente as áreas do hipocampo e das amígdalas cerebrais, que ajudam as pessoas na formação das memórias.
Há diversos tipos de fobias. Como esse é um problema ligado às emoções e que influencia bastante o comportamento, elas podem ter manifestações diferentes em cada indivíduo. Listamos as fobias mais comuns entre a população. Acompanhe:
- astrafobia: medo de trovões e relâmpagos;
- claustrofobia: medo de lugares apertados;
- brontofobia: medo de tempestades;
- autofobia: medo de ficar sozinho;
- gamofobia: medo de casamento;
- demofobia: medo de multidões;
- aracnofobia: medo de aranhas;
- criofobia: medo de gelo ou frio;
- hemofobia: medo de sangue;
- nefofobia: medo de nevoeiro;
- pluviofobia: medo de chuva;
- ofidiofobia: medo de cobras;
- zoofobia: medo de animais;
- acrofobia: medo de altura;
- hidrofobia: medo da água;
- nictofobia: medo da noite;
- aerofobia: medo de voar.
Saiba como funciona o tratamento para fobias
Há vários tipos de tratamentos para reduzir os impactos das fobias na saúde mental de quem enfrenta esse problema. Veja quais são!
Psicoterapia
Pessoas que convivem com fobias evitam ativamente o objeto ou a situação fóbica, ou são obrigadas a suportá-los com intenso medo ou ansiedade. Nesse sentido, a psicoterapia tem sido um tratamento mais eficaz para reverter os sintomas.
Os pacientes também são avaliados e têm seus sinais físicos que representam o medo mensurado de acordo com a evolução do tratamento. Nessa análise, a frequência cardíaca, a ansiedade, o estresse e a tensão muscular são fatores relevantes e considerados critérios de exclusão ou de preocupação durante o tratamento psicoterapêutico.
Exposição à causa da fobia
Nessa metodologia, ensina-se o cérebro a lidar com a visão ou com a proximidade do que o paciente teme. Ou seja, a pessoa é ensinada a enfrentar o elemento que causa fobia. Esse aprendizado significa que as conexões das células cerebrais estão sendo reorganizadas.
Há três tipos de terapias de exposição:
- in vivo (ou na vida real);
- realidade imaginal;
- e realidade virtual.
Nas sessões imaginárias, o terapeuta leva o paciente a pensar em sua fobia, enquanto nas sessões in vivo, ele vê o objeto na vida real. Às vezes, sessões de realidade virtual simulam voos de companhias aéreas para quem tem medo de altura, por exemplo. O objetivo é que, após exposições suficientes, o medo do paciente seja reduzido o suficiente para que ele consiga superar esses obstáculos com mais tranquilidade.
Medicações
As medicações usadas para os tratamentos de fobias objetivam controlar a ansiedade para que o paciente consiga conviver melhor com o motivo fóbico. Mas o acompanhamento médico é essencial para o efetivo controle e evitar dependência de remédios. Também é aconselhável a utilização de métodos combinados de terapias a fim de alcançar melhores resultados com o tratamento.
Além de prejudicar a qualidade de vida da pessoa e impedir o convívio social, por exemplo, os prejuízos à saúde podem evoluir cada vez mais e trazer dificuldades em um nível de complexidade elevado. Por isso, tão importante quanto saber o que são fobias é a submissão ao tratamento em instituições especializadas na reabilitação da saúde mental.
Ainda têm dúvidas sobre esse assunto? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica e conte conosco para o que precisar!